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©1998/2001
Alvaro A. de Almeida

 
 
Alvaro Augusto - Soluções Empresariais
 
LIVROS DE ADMINISTRAÇÃO
 

O Glorioso Acidente

 "O Glorioso Acidente"

Clemente Nóbrega, Objetiva, Rio de Janeiro, 1998, 258 pag. 

O difícil com os livros de Clemente Nóbrega é saber como classificá-los. O primeiro, "Em Busca da Empresa Quântica", era certamente um livro sobre administração, mas também sobre marketing, jogos e teoria da complexidade. Este "O Glorioso Acidente" pode ser classificado como um livro de biologia, por tratar do cérebro humano, mas também pode ser classificado como um livro sobre teoria dos jogos, por descrever extensamente alguns jogos em que os organismos se empenham em busca da sobrevivência. Resolvi colocá-lo aqui, com o perdão do autor, apenas para ficar mais perto do primeiro livro.

O Glorioso Acidente, cujo longo subtítulo é "A Ciência e o Acaso da Mente, Einstein x Frankenstein, O Eterno Combate - Razão x Instinto", procura explicar como a mente pode entender a própria mente. Nada de esoterismos, Nova Era, astrologia e assemelhados. Clemente Nóbrega, um físico, mestre em Engenharia Nuclear e diretor de Marketing da Amil, apoia-se na Ciência, e mais nada. A visão resultante certamente parecerá crua demais a alguns leitores: somos robôs biológicos, "macacos cabeçudos" empenhados em sobreviver usando uma multiplicidade de sistemas primitivos e tentando dar sentido ao mundo. Em outros tempos Nóbrega teria sido queimado vivo após um julgamento sumário.

O glorioso acidente de que o livro trata é o acidente evolucionário que fez com que, há uns dois milhões de anos, uma certa espécie de chimpanzé tenha se desviado de sua linhagem original e dado início ao crescimento exponencial do cérebro. De fato, toda a evidência genética aponta na direção de que nós, os chimpanzés e os bonobos (chimpanzé anão) somos apenas três espécies de chimpanzés que seguiram caminhos evolutivos diferentes. Somos irmãos, e não apenas primos.

A convivência em grupo, característica de todos os grandes primatas, produz uma tensão entre as necessidades de sobrevivência do indivíduo e as necessidades do grupo. É aí que aparecem Einstein (a razão) e Frankenstein (a emoção). A seguir, Nóbrega usa vários exemplos para mostrar que a inteligência pode nos livrar da didatura do gene egoísta e ainda expõe as idéias de Richard Dawkins sobre os "memes" (vírus da mente, ou infecções culturais que atravessam as gerações sem explicação lógica).

Visite também o site do autor:  Clemente Nobrega - Home Page .

 

The Ten-Day MBA

 "The Ten-Day MBA"

Steven Silbiger, Quill, New York, 1993, 378 pag. 

Peça "The Ten-Day MBA" ainda hoje ! 

A proposta deste livro não é, naturalmente , que alguém possa fazer um curso de MBA em dez dias, mas sim que a linguagem da área de negócios e administração seja apresentada rapidamente. O autor atinge este objetivo, mas a visão é um pouco superficial em alguns pontos e fica-se com a impressão de que o tão falado "jargão dos MBAs" nada mais é do que uma coleção de palavras elaborada com o objetivo de esconder a falta de conhecimento em muitas situações. Apesar dessas desvantagens, esperadas até certo ponto, o livro pode servir como um guia de referência rápida, útil quando se quer mostrar, por exemplo, que taxas de juros diferentes devem ser usadas para avaliar projetos com diferentes riscos. 

Trata-se de um livro fácil de ser lido em menos de dez dias e capaz de fornecer conhecimento quase instantâneo ao não-especialista que não quer ficar perdido em reuniões lotadas de MBAs. "The Ten-Day MBA" foi recentemente traduzido para o português, mas é interessante que aqueles que puderem leiam o original. Nessa época de globalização nunca é demais conhecer alguns termos financeiros também em inglês. 

 

The Living Company 

"The Living Company"

Arie de Geus, Harvard Business School Press, Boston, 1997, 215 pag. 

 Peça "The Living Company" e acorde sua empresa ! 

 Arie de Geus foi diretor da Royal Dutch/Shell e atualmente é professor da London Business School e membro do MIT Center for Organizational Learning. O autor tem duas notícias a dar aos executivos, uma boa e uma ruim. A boa é que sua empresa está viva. A ruim é que pode ser que ela não viva muito tempo, pois, segundo pesquisas, a média de vida de grandes empresas é de cerca de 40 anos. O assunto parece estar em moda e o autor é feliz em apresentar a idéia de que a principal função de uma empresa é permanecer viva, ao contrário do que fazem as "empresas econômicas", cujo principal objetivo seria (apenas) dar lucro. O autor também se vira contra as práticas empresariais de fusões e aquisições, deixando claro que, do ponto de vista da empresa viva, uma fusão pode servir para introduzir um parasita no organismo empresarial. Uma parte impressionante é a "receita para destruir uma empresa em doze meses": (1) Declare que a empresa não é lucrativa o suficiente e que um determinado índice de retorno sobre o capital deve ser especificado como meta; (2) Desenvolva um plano de ação especificando quais ativos deverão ser cortados para atingir tal meta; (3) Siga o plano. Impressionante, não é mesmo ? Ainda mais quando paramos para pensar que todas as empresas fazem isso ... Bem, espero que ao menos a Shell não faça. De fato, uma das impressões finais ao se ler o livro é a de que a Shell seria uma dessas "empresas vivas" e o autor deixa claro que as empresas vivas sabem mudar de atividade quando um mercado se esgota, como acontecerá, cedo ou tarde, com o petróleo. Daí é que veremos. 
 
 
  
Em Busca da Empresa Quântica

"Em Busca da Empresa Quântica"

Clemente Nóbrega, Ediouro, 1995, 381 pag. 

Este livro me atraiu por ser o autor simultaneamente um físico e um "marqueteiro", trabalhando atualmente em Marketing. A tese principal da obra é comparar a evolução do pensamento administrativo com a evolução do pensamento sobre o mundo físico, que já passou pela revolução quântica. Não concordo totalmente com isto e acho que metáforas quânticas são complicadas e passíveis de má interpretação, mas é óbvio que precisamos de uma revolução. Prefiro pensar em uma empresa como um organismo complexo e não linear, sujeito ao caos determinístico. Este assunto também foi abordado por Nóbrega, mas me parece que um livro com o título "Em Busca da Empresa Caótica" não seria exatamente um sucesso de vendas. Um fato que fica evidente é que nosso pensamento empresarial ainda é cartesiano - ou newtoniano, segundo o autor - demais. Precisamos de mais não-linearidades e de mais "wholeness". A grande empresa do próximo século será notadamente diferente das empresas atuais. O autor está de parabéns por apresentar ao público brasileiro um assunto palpitante e atual, sobre o qual vários livros e artigos têm sido escritos. Uma nota no final do livro apresenta o e-mail do autor, que é muito solícito e realmente responde a qualquer questionamento. 

Depois de comprar o livro visite também o site do autor:  Clemente Nobrega - Home Page 
 

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