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©1998/2001
Alvaro A. de Almeida

 
 
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LIVROS BIOGRÁFICOS
 

Sutil é o Senhor-Vida e Pensamentos de Albert Einstein

 "Sutil é o Senhor-Vida e Pensamentos de Albert Einstein"

Abraham Pais, Gradiva, Lisboa, trad. Fernando Parente e Viriato Esteves, 1993, 655 pag.

Os portugueses chegaram na nossa frente ao traduzir esta fantástica biografia de Albert Einstein. O autor, um físico renomado e não um biógrafo profissional, esforçou-se em escrever uma biografia mais intelectual do que intimista, mesmo por que esta última seria quase impossível no caso de Einstein. O livro foi escrito antes de "Cartas de Amor" e das afirmações de que a teoria da relatividade seria obra de Mileva Maric, primeira esposa de Eintein. Não é um livro fácil, especialmente ao não iniciado, mas o esforço vale a pena. 

O título do livro refere-se a uma opinião de Einstein a respeito da Mecânica Quântica, expressa em carta a Max Born: "Deus não joga dados com o Universo. Ele é sutil, mas não maldoso". Esta frase encontra-se também gravada acima da lareira do Fuld Hall, em Princeton, onde Einstein passou os últimos anos. Depois de Einstein descobrimos, não só que Deus joga dados com o Universo, mas também que , por vezes, ele os joga onde não podem ser vistos. A interpretação probabilística da Mecânica Quântica, conhecida como "Interpretação de Copenhagen", e à qual Einstein se opunha radicalmente, mostrou ser a mais viável. Para desespero do físico alemão, a Mecânica Quântica parece, nesse fim de século, ser uma teoria completa. Além disso, temos o Caos, ciência que Einstein não conheceu em vida, mas que trouxe o indeterminismo (os dados que, agora sabemos, Deus adora jogar) também para o mundo macroscópico.

 

Feynman - A Natureza do Gênio

"Feynman - A Natureza do Gênio"

James Gleick, Gradiva, Lisboa, trad. Ana Falcão Bastos e Luís Leitão, 1993, 538 pag.. 

James Gleick é um repórter científico, notabilizado por ter escrito "Caos - A Criação de Uma Nova Ciência". Por esta razão, esta biografia de Feynman é menos científica do que o célebre físico mereceria, mas é uma ótima leitura. Contudo, o autor parece acentuar demais as características "humanas" de Feynman, como se fosse mais incomum encontrá-las em um físico do que em uma outra pessoa qualquer. A participação de Feynman no Projeto Manhatan é examinada com profundidade, mas algum tempo é perdido com detalhes que parecem meio desconexos, tais como a invenção da penicilina. Não há ligação alguma entre Feynman e a penicilina, a não ser pelo fato de que a primeira mulher dele morreu de tuberculose em uma época em que este medicamento não existia. O autor usa este fato para tecer algumas argumentações sobre a evolução da ciência que parecem fora de propósito. Uma confusão desculpável, sem dúvida, especialmente se comparada à dramaticidade empregada por Gleick em "Caos - A Criação de Uma Nova Ciência". Assim como este último, esta biografia é uma leitura fácil e pouco técnica. 
 

Estás a Brincar Sr. Feynman !

 "Estás a Brincar Sr. Feynman !"

Richard P. Feynman, Gradiva, Lisboa, trad. Isabel Neves, 1988, 325 pag.

Esta é a auto-biografia de Richard Feynman, o homem que inventou a Eletrodinâmica Quântica, as Integrais de Feynman, os Diagramas de Feynman e participou do Projeto Manhatan, que deu ao mundo a Bomba Atômica. O livro causou algum furor quando foi lançado nos Estados Unidos, por razões diferentes em diferentes segmentos da sociedade. Feynman havia ficado conhecido do grande público por causa dos trabalhos na comissão de investigação do acidente com o ônibus espacial Chalenger. A publicação deste livro fez com que todos percebessem que ele não era somente um físico ganhador do prêmio Nobel, mas também um ser humano comum, dotado de sentimentos e paixões e diferente do estereótipo do cientista. Para os físicos, contudo, Feynman teria falado muito sobre sua vida pessoal e muito pouco sobre física. Não se pode mesmo contentar a todos, mas logo após a publicação do livro, Feynman foi arguido por um professor de física sobre o porquê do  pouco conteúdo de física. Feynman teria respondido: "Isso ficou para o próximo livro". Por coincidência, esta tradução portuguesa de "Surely you're Joking ..." apareceu em fevereiro de 1998, o mês e ano de falecimento de Feynman. Infelizmente não haverá outro livro. 
 
 

Nem Sempre a Brincar, Sr. Feynman!

 "Nem Sempre a Brincar, Sr. Feynman!"

Richard P. Feynman, Gradiva, Lisboa, trad. Maria Georgina Segurado, 1989, 261 pag.

Feynman nunca escreveu o livro auto-biográfico sobre física que tinha em mente. "Nem Sempre a Brincar" é uma obra póstuma, compilada por Ralph Leighton a partir de conversas com Feynman e de alguns escritos. A estória que dá o título a livro - que em inglês se chama "What Do You Care What Other People Say ?" - é também a estória do envolvimento de Feynman com Arlene, sua primeira mulher, que morreu de tuberculose nos vasos linfáticos quando os dois eram jovens. Não é uma estória fácil de ler, pelo conteúdo emocional, e foi recentemente reproduzida no cinema ("Infiniy", com Mathew Brodrick e Patricia Arquete). 

Uma das mais famosas aventuras de Feynman, a sua participação na investigação do acidente com a Chalenger, foi também a sua última. Ele vinha lutando contra um câncer estomacal há dez anos e morreu em 5 de fevereiro de 1998, duas semanas após sua última aula no Caltech. Cerca de metade do livro é dedicada ao relato das investigações do acidente com o ônibus espacial (que os portugueses chamam de "vaivém espacial !). 

Ao final do livro fica-se com uma impressão estranha, como se a obra fosse uma grande colagem, à maneira do que se costuma fazer com canções inéditas de cantores falecidos. Entretanto, é uma leitura indispensável aos "feynmanólogos", os quais, acreditem , existem às dúzias ... ao menos, como diria Feynman, naquela terra maravilhosa ... a Califórnia.

 
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