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LIVROS
DE ECONOMIA
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"As Seis Lições"
Ludwig von Mises, 4.ed, Instituto Liberal, Rio de Janeiro,
1993, 98 pag.
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Ludwig von Mises é praticamente desconhecido no Brasil,
mas foi um dos economistas responsáveis pelo renascimento do
pensamento liberal após a Segunda Guerra Mundial. Nascido em
1881, foi um dos representantes da "Escola Austríaca" de economia. "As
Seis Lições" é um livro resultante de conferências proferidas
na Argentina em 1958 e editadas postumamente em 1979, por iniciativa
de sua mulher Margit von Mises, que também prefaciou o livro.
Os seis caítulos, que descrevem as seis lições, são: 1) Capitalismo;
2) Socialismo; 3) Intervencionismo; 4) Inflação; 5) Investimento
Estrangeiro; 6) Política e Idéias.
Lembrem-se que o livro foi publicado em
1979, mas as idéias são de 1958. Contudo, parece que estamos
lendo um jornal dos dias de hoje, tal a atualidade das idéias
de Mises. Em menos de 100 páginas de uma leitura fácil, Mises
esboça sua visão liberal sobre o capitalismo, critica o socialismo,
o intervencionismo e a política inflacionária do keynesianos.
Ele já tinha uma idéia de que o socialismo não sobreviveria
e, tendo falecido em 1973, não sobreviveu para ver a queda
do Muro de Berlim e a globalização da economia, fatos que
corroborariam algumas das idéias deste livro. Entretanto,
a prosa fácil de Mises pode levar o leitor a esquecer dos
males causados pelo liberalismo em excesso, tais como a formação
de trustes, cartéis, oligopólios e dumpings.
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"O Horror Econômico"
Viviane Forrester,
Unesp, 1997, 154 pag.
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Este livro, parodiando o título, é um horror. Mau
estruturado, recheado de demagogia, é incrível que tenha se
tornado um best seller. Quando da sua tradução para o português,
recebeu uma crítica mordaz do deputado Roberto Campos (Folha
de São Paulo, 6 de julho de 1997): "Da França ... chega-nos
agora uma leiturinha estilo de diretório acadêmico, com um tempero
dernier cri... Há alguma coisa na opinião púplica desse país
que explica porque um palavreado retórico, com discurso "social"
de nível estudantil, se transforma em um best seller". Madame
Forrester ataca os males do desemprego francês como sendo culpa
do capitalismo desenfreado, norteado apenas pelo lucro. Entretanto,
é sabido que os índices de desemprego dos EUA da economia de
mercado, que praticamente não têm legislação trabalhista, são
muito baixos quando comparados com os da Europa do bem-estar
social. Mesmo países europeus que flexibilizaram sua legislações
trabalhistas, como a Holanda e a Inglaterra, já conseguiram
diminuir o desemprego. Roberto Campos conclui: "O perigo francês
é que, recuando na abertura competitiva, por receio do "horror
econômico" da tecnologia "desalmada", acabe o país caindo no
"torpor" econômico. O verdadeiro horror é estagnação". No Brasil
da recessão pós-desvalorização este perigo é ainda maior.
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