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©1998/2001
Alvaro A. de Almeida

 
 
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LIVROS DE FICÇÃO CIENTÍFICA
 
"Contato"
Carl Sagan, Guanabara, Rio de Janeiro, 1986, 502 pag. 
Um dos melhores livros de ficção científica que eu já li (e eu o li quatro vezes). Sagan revela-se não só um excelente divulgador de ciência, mas também um excelente romancista, capaz de construir personagens fortes e humanos. A protagonista Eleonor Arroway nada tem daqueles personagens bidimensionais de Asimov e outros, mas é uma pessoa real, dotada de opiniões e sentimentos próprios. Tenho minhas dúvidas se Jodie Foster, que interpretou Eleonor no filme homônimo, embora excelente atriz, faz juz ao papel.

Em relação ao enredo, Sagan não poderia ter previsto a evolução da vida na Terra. A estória, escrita antes da queda do muro de Berlin, é passada no futuro, mas em clima de guerra fria. Os soviéticos têm um papel relevante no livro, mas ficaram naturalmente fora do filme. Na verdade, várias coisas ficaram de fora do filme, mas, de qualquer forma, não se pode esperar que 502 páginas de texto possam ser comrpimidas convenientemente em menos de duas horas de filme 
 

 
"Jogo do Exterminador"
Orson Scott Card, Editora Aleph, São Paulo, 1985/1991 (2a. ed), 236 pag
Que tema poderia ser mais banal do que a invasão da Terra por seres alienígenas insetóides ? Orson Scott Card, autor da nova geração de ficção científica, toma este tema e mostra que o que importa mesmo é como se conta a estória e não a estória em si. O leitor comum da FC traduzida no Brasil, acostumado a oscilar entre Asimov, Clarke, Heinlein e Bradbury, encontrará um pouco de cada um deles em Card. Ou talvez não encontre nenhum, dependendo da leitura. Card é um humanista apaixonado e sua ficção não pode ser descrita nem como totalmente "hard" (como em Asimov), nem totalmente "soft" (como em Bradbury). Seus personagens são seres humanos atormentados pelo inevitável e pela condição humana, que muitas vezes os torna vítimas de si mesmos. Além disso, ao contrário da maioria dos escritores de FC da "era de ouro", Card é religioso (um mórmom), mas é capaz de traduzir sua religião em termos puramente humanos e não-dogmáticos. Assim, os personagens de Card manifestam uma grande esperança de redenção e tentam mudar o mundo de maneira quase evangélica, espalhando a verdade por meio de livros (outra das paixões de Card). Finalmente, é interessante notar que, embora o livro tenha sido escrito em 1985, Card antevê um governo de coalisão mundial e uma rede mundial de computadores, capaz de dissiminar informações rapidamente e eficientemente. A edição da Editora Aleph traz uma biografia do autor e um curto dicionário de termos científicos. 
 
 
"Orador dos Mortos"
Orson Scott Card , Editora Aleph, São Paulo, 1990, 334 pag. 
 O Orador dos Mortos não é ninguém mais a não ser Andrew (ou "Ender") Wiggin, o genocida. Nesta continuação de "O Jogo do Exterminador", Orson Scott Card transfere a cena para uma colônia habitada por brasileiros no planeta Lusitânia. Parece estranho, mas o fato é que Card, embora seja tão americano quanto um sucrilhos, morou no Brasil e fala português. Por isso, alguns personagens também falam português e há alguns elementos da cultura brasileira no livro (nada de samba e futebol, entretanto). No planeta Lusitânia, colonizado por estes brasileiros especialistas em genética, são descobertos alienígenas inteligentes semelhantes a porquinhos. Não há como descrever o choque cultural e psicológico nessas poucas linhas, e Card faz isto muito melhor, mas garanto que o resultado é de tirar o fôlego. Lusitânea também é o lar da "Descolada", um vírus mortal para os seres humanos, mas do qual os "porquinhos", os habitantes nativos, necessitam para se tornarem adultos. É neste planeta estranho que Ender pretende depositar o último ovo da rainha dos Insecta, de modo a reflorescer a civilização que ele destruiu ... bem , desculpem-me por contar o final de "O Jogo do Exterminador", mas quando se começa a ler um livro com este título o final já está implícito ... eu acho. 
 
 

Xenocide 

"Xenocide"
Orson Scott Card
Tor Books, New York, 1992, 592 pag.

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  Este livro acaba de ser traduzido para o português, mas tive a oportunidade de lê-lo no original, mesmo que em edição de bolso. Trata-se da continuação de "Orador dos Mortos". Como podemos adivinhar, o Congresso Estelar não ficou muito feliz em saber que um vírus letal habitava um planeta do qual poderia escapar e enviou uma nave para destruir Lusitânia. O único problema é que a nave desapareceu ... No universo criado por Card a comunicação, mesmo entre os planetas mais distantes, é instantânea, mas o transporte só pode ser feito a velocidades menores do que a da luz. Isto cria certas dificuldades logísticas e Card se aproveita disto e da relatividade especial para contar a continuação da estória de Andrew Wiggin. Trata-se do mais profundo dos três livros e, provavelmente, do mais fantasioso. Por mais que eu quisesse, não conseguiria descrever toda a complexidade do enredo. O próprio título é curioso: de quem é o Xenocício ? Dos porquinhos ? Dos Insecta, que agora habitam uma região remota e se preparam para deixar o planeta antes que as naves da destruição cheguem ? Ou será o xenocídio da descolada, o vírus mortal que agora se descobre ser dotado de uma espécie de inteligência ? Ou será dos próprios seres humanos ? Ou seria de Jane, a entidade cibernética que emergiu da rede mundial de computadores e de cuja existência o Congresso suspeita ? A missão de Ender, o xenocida, é impedir que isso aconteça, mas não há realmente uma solução para todos os problemas. Algumas coisas ficam no ar e outras na esperança. Talvez Card tenha levantado questões demais, que só serão respondidas no próximo livro "Children of the Mind" (que ainda não li, mas se eu contar por que acho que o livro tem este título terei de contar o fim de Xenocide...melhor para por aqui). 
 
 

Worthing Saga 

"Worthing Saga"
Orson Scott Card, Tor Books, New York, 1990, 463 pag.    

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Esta coletânea de contos de Card, também traduzida recentemente para o português, reúne as estórias sobre Jason Worthing, escritas quando o autor tinha dezenove anos. Não há relação com Ender e o universo narrativo é completamente diferente. Como o próprio autor admite, as estórias foram muito influenciadas pela leitura de Asimov e quem ler este livro depois de ter lido a saga de Ender se decepcionará um pouco. Vale um advertência para os leitores: a primeira parte do livro forma uma única narrativa, por meio de estórias curtas separadas em capítulos. A parte final não forma um todo; são contos totalmente separados do ponto de vista de enredo, unidos unicamente pelo tema. Aos escritores iniciantes fica a mensagem de que mesmo os grandes escritores, nos primórdios, escreveram livros imperfeitos e extensamente baseados em outros autores, muito embora muito distante de um plágio. 
 
 

The Dispossessed - An Ambiguous Utopia 

"The Dispossessed - An Ambiguous Utopia"
Ursula Le Guin, Harper Prism, 1974/1994, 387p

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  Ursula Le Guin é uma mestra em construir ambientes alienígenas com uma grande riqueza de detalhes. Os despossuídos do título são os habitantes do planeta Urras, que deixaram o riquíssimo planeta Anarres para viver uma utopia comunista. Na verdade, Urras é uma lua de Anarres e o comunismo parece funcionar melhor por lá do que jamais funcionou, ou funcionará, na Terra. Escrito em 1974, antes da queda do Muro de Berlin, o livro não é uma defesa do comunismo ou do capitalismo, mas uma boa estória envolvendo choques culturais e mudança de mentalidade. Apesar de tudo, muitos comunistas e sindicalistas (existe diferença ?) teriam detestado ... se fossem capazes de ler em inglês. 
 
 
"O Parque dos Dinossauros"
Michael Crichton, Ed. Best Seller, 1991, 473 pag. 
 Quando Michael Crichton escreveu este livro talvez não tivesse idéia do sucesso de bilheteria em que o filme homônimo iria se tornar. Neste livro, Crichton retoma uma tese que lhe é muito cara: o "complexo de Frankenstein", ou a ciência vista como instrumento de destruição da humanidade. De fato, este é o tema central de livros como "Esfera", "O Enigma de Andrômeda" e "O Homem Terminal", todos traduzidos para a linguagem cinematográfica. O leitor desavisado pode ficar com a idéia de que a ciência é má, pois Crichton não balanceia muito bem a opinião dos personagens. O filme, por outro lado, é uma superprodução com "jeitão" de filme classe B. É claro que os dinossauros de Spielberg não sofrem mais do Mal de Parkinson, como os dinossuaros de antigamente feitos em "slow motion", mas o filme apresenta erros de continuidade dignos de um Ed Wood. Isso sem falar dos erros conceituais propriamente ditos. Por exemplo, aquele garoto pendurado na cerca nunca poderia ter tomado um choque elétrico, pois simplesmente não havia caminho para fechar a corrente. 
 
 
Alvaro Augusto - Soluções Empresariais
 

 

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