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LIVROS
DE FILOSOFIA
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"Particles and Paradoxes-
The Limits of Quantum Logic"
Peter Gibbins, Cambridge University Press,
1987, 181p.
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Este livro é um pouco decepcionante. O autor faz
um grande ensaio em torno da teoria quântica e seus (aparentes)
paradoxos. Fica no ar, nos capítulos iniciais, a impressão de
que a chamada lógica quântica irá esclarecer tais paradoxos
(EPR, Gato de Schrodinger, etc). Entretanto, a lógica quântica
resulta ser apenas uma lógica clássica não-distributiva. A justificativa
é que o substrato matemático da mecânica quântica (espaço de
Hilbert) é construído sobre a lógica clássica e uma trabalho
enorme deve ser realizado para tornar tal substrato totalmente
quântico. Mesmo assim, vale a leitura, embora não seja indicado
para o leitor iniciante na teoria quântica.
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"Auto-Engano"
Eduardo Giannetti, Companhia
das Letras, 1998, 269p.
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Depois de ler "O Mundo Assombrado Pelos Demônios",
esta é uma excelente pedida, embora seja um livro sobre filosofia
e não sobre ciências. Raramente nos damos conta do quanto o
auto-engano está presente em nossas vidas. Alguns exemplos citados
são clássicos e há uma grande complementariedade entre este
livro, o de Sagan ("O Mundo Assombrado Pelos Demônios") e "O
Animal Moral". O autor é evidentemente muito capacitado, dono
de uma prosa elegante e agradável, embora talvez não seja uma
leitura leve e que agrade a todos. |
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"Sophie's World"
JosteinGaarder, BerkleyBooks,
NewYork, 1996, 523p
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Esta é uma obra de ficção que é também uma deliciosa
história da filosofia ocidental. O autor, que lecionou filosofia
durante onze anos nas escolas de segundo grau da Noruega, leva-nos
a refletir sobre a evolução do pensamento ocidental por meio
de Sophie, uma adolescente norueguesa que começa a receber um
curso de filosofia por correspondência, elaborado por um autor
misterioso. Recheado de mistério, magia e um quê de sobrenatural,
o livro é altamente legível e nada pretencioso. Nas mãos de
Gaarder a filosofia se torna uma ferramenta para a descoberta
da verdade, e não "um abuso sistemático de uma linguagem inventada
justamente para esse fim". Infelizmente, ainda estamos longe
de responder às duas primeiras perguntas endereçadas para Sophie
pelo filósofo misterioso: "Quem é você ?" e "De onde vem o mundo
?". P.S.: Há também uma tradução para o português que fez relativo
sucesso no Brasil. P.S.S: Dizem que é um livro para adolescentes,
mas duvido que você não se apaixone por Sophie.
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"Discurso Sobre o Método"
René Descartes, Hemus, São Paulo, 1978, 136p.
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Este é o célebre tratado de Descartes sobre o método
concebido por ele para a descoberta da verdade. Pretencioso
até a última linha, Descartes se esquece de usar o método que
ele mesmo inventou, chegando a conclusões absurdas sobre vários
assuntos (veja os comentários do livro "O Erro de Descartes"). Certamente, quando alguém fala de "raciocínio
cartesiano" deve estar se referindo a todas as adições subsequentes
e não a Descartes em si. Mesmo assim, este filósofo deve ser
admirado por ter lançado as bases de uma filosofia da dúvida
e por ter se atrevido a provar a existência de Deus em uma época
na qual quem duvidava disso tinha a fogueira como destino.
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