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O4

O que o berço dá, só a cova o tira.

O que o berço dá, só o túmulo tira.

O que o carcará deixa, urubu não enjeita.

O que o diabo dá, o diabo o leva.

O que o diabo dá, o diabo torna a levar.

O que o diabo não pode, a mulher o faz.

O que o diabo não pode, consegue-o a mulher.

O que o diabo tem de levar, antes se dê a Deus.

O que o dinheiro não fizer neste mundo, nada mais faz.

O que o doido faz à primeira, faz o sisudo à derradeira.

O que o jogo dá, o jogo leva.

O que o juízo dos pais acumula, a loucura dos filhos desbarata.

O que o lobo faz, ao lobo apraz.

O que o marido proíbe, a mulher o quer.

O que o menino ouviu ao lar, di-lo ao portal.

O que o menino ouviu no lar, repete no portal.

O que o olho não veja, o coração não deseja.

O que o olho vê, crê o coração.

O que o povo diz, ou é, ou quer ser.

O que o rio achega, o rio leva.

O que o sábio faz primeiro, faz o néscio derradeiro.

O que o sábio guarda no coração, tem na boca o beberrão.

O que o vento traz, o vento carrega.

O que o vento traz, o vento leva.

O que olhos não vêem, coração não deseja.

O que os maus não levam, as paredes o acham.

O que os olhos não vêem, o coração não sofre.

O que os olhos não vêem, o coração não sente.

O que os olhos não vejam, coração não sente.

O que ouro é, ouro vale.

O que outrem usa, pouco dura.

O que ouvires dos outros, escuta de ti.

O que para ti não queres, não faças a outro.

O que para uns é mal, para outros é sal.

O que para uns é mel, para outros é fel.

O que para uns é sal, para outros é mal.

O que passou, passou.

O que pedir a vilão, pede em vão.

O que pega é catapora.

O que perde Cristo, ganha o fisco.

O que perde o mês, não perde o ano.

O que perdeu nos alhos, quer cobrar nas cebolas.

O que plantas, isso colhes.

O que poucas coisas sabe, depressa tem dito o que sabe.

O que pouco sabe, depressa o reza.

O que prejudica, ensina.

O que queres que os outros não digam, deves ser o primeiro a calar.

O que reparte, toma a melhor parte.

O que sabe recear, sabe os riscos evitar.

O que se aprende na mocidade, toda a vida dura.

O que se aprende no berço, dura até a sepultura.

O que se aprende no berço, sempre dura.

O que se contenta com pouco, tem mais que quem mais deseja.

O que se corre de na igreja estar em pé, suspeito é na fé.

O que se dá de graça é "bom dia!".

O que se dá pedido e rogado, já custa tanto como comprado.

O que se diz, ou é, ou quer ser.

O que se faz de noite, de dia aparece.

O que se ganha pela força, também por ela se perde.

O que se há de cozer, asse-se.

O que se há de dever aos santos, pede-se a Deus.

O que se há de fazer ao tarde, faça-se ao cedo.

O que se há de pedir aos santos, peça-se a Deus.

O que se pede, não se alcança de graça.

O que se perde no fogo, na cinza aparece.

O que se roga, sai caro.

O que se tem de empenhar, se venda logo.

O que se tem de empenhar, vende-se logo.

O que se tem de fazer num dia, não se deixe para outro dia.

O que se toma por gosto, regala a vida.

O que se usa, não se escusa.

O que será, será.

O que tarda, arrecada.

O que te adula, te vende.

O que te cai da mão, dá-o a teu irmão.

O que te disser o espelho, não te dirão em conselho.

O que te disser o espelho, não to dirão em conselho.

O que te tocou por forte, não o tenhas por sorte.

O que tem de ser, não se precisa empurrar.

O que tem de ser feito, tem de ser feito.

O que tem de ser feito, tem de ser bem feito.

O que tem de ser, não precisa empurrar.

O que tem de ser nosso, às nossas mãos vem parar.

O que tem de ser, será.

O que tem de ser, tem mesmo de ser.

O que tem de ser, tem muita força.

O que tem Judas com a alma dos pobres?

O que tem pronta a língua, não tem prontas as mãos.

O que teme sofrer, começa a sofrer o que teme.

O que todos dizem, ou é, ou quer ser.

O que todos dizem, ou foi, ou é, ou quer ser.

O que tu sabes, já eu me esqueci.

O que um faz, outro aproveita.

O que um não pode, muitos fazem.

O que uma amora tinge, outra destinge.

O que urubu come e morre, eu como e engordo.

O que vai por gosto, regala a vida.

O que vale a pena ser feito, vale a pena ser bem feito.

O que vale é a beleza interior.

O que vale é a intenção.

O que vale é a maneira de dar.

O que vale para Pedro, tem de valer para João.

O que vem de baixo não me atinge.

O que vive mal, pouco vive.

O que vive na montanha pensa que tem alguma coisa, e não tem nada.

O querer e não poder faz andar falando só.

O rabo é o pior de esfolar.

O rabo sempre cheira ao que larga.

O raio não cai em pau deitado.

O rato, depois de velho, para fazer penitência, meteu-se no queijo.

O rato sempre foge para a palha.

O reconhecimento é a memória do coração.

O rei das abelhas não tem aguilhão.

O rei deve ser teriaga contra a mentira.

O rei dos dentes é o alho.

O rei é como o sol, que, quanto vê, alenta.

O rei faz fidalgos, mas não dá fidalguia.

O rei moço, reino perigoso.

O rei morreu! Viva o rei!

O rei não erra.

O rei não morre.

O rei reina, mas não governa.

O relógio das paixões nunca regula certo.

O remédio de um porre é outro porre.

O remorso mais atormenta os perversos que os corrige.

O repouso repara as forças.

O rico come, e o pobre alimenta-se.

O rico e o porco, depois de morto.

O rico e o porco, só depois de morto.

O rico em todo lugar se deleita, o pobre em todo lugar se deita.

O rico mais enriquece, e o pobre mais empobrece.

O rico que é avarento, não é rico.

O ridículo mata.

O rigor enxota a confiança.

O rio aumenta com água suja.

O rio corre para o mar.

O rio corre, porque seu fim é se acabar.

O rio corre sempre para o mar.

O rio entre pedrinhas serpenteia.

O rio passado, o santo já não é lembrado.

O rio passado, o santo já não lembrado.

O rir e o zombar não há de passar de brincar.

O risco que corre a broca, corre a marreta.

O risco que corre o pau, corre o machado.

O riso abunda na boca do tolo.

O riso é contagioso.

O riso está perto do pranto.

O robalo, quem o quiser, há de escamá-lo.

O rogado é mais caro que o comprado.

O rosário na mão e o diabo no corpo.

O rosto é o espelho da alma.

O rouxinol na gaiola não canta.

O ruim barbeiro não deixa couro nem cabelo.

O ruim boi folgado se descorna.

O ruim cuida que é indústria a maldade.

O ruim me compre o amigo, que o bom logo é vendido.

O saber é para a alma o que a saúde é para o corpo.

O saber escondido, da ignorância vista, pouco dista.

O saber não está todo numa cabeça.

O saber não está todo numa cabeça só.

O saber não ocupa lugar.

O saber não pesa na cabeça.

O sábio desabafa escrevendo, e o néscio, maldizendo.

O sábio sabe que não sabe, e o néscio cuida que sabe.

O sábio só deve ter a si por guardião do seu segredo.

O saco do genro nunca é cheio.

O saco do genro nunca está cheio.

O saco do pedinte nunca é cheio.

O saco redondo leva tanto quanto o comprido.

O sacristão sabe que o santo é de pau.

O sal, quanto salga, tanto vale.

O sandeu trata do alheio, deixando o seu.

O sandeu trata do alheio e deixa o seu.

O sangue puxa ao sangue.

O sangue se herda, e o vício se pega.

O são ao doente, em regra, mente.

O São Pedro tapa o rego.

O sapo não pula por boniteza, mas por precisão.

O "se eu soubera" anda sempre atrás.

O "se eu soubesse" é santo que nunca valeu para ninguém.

O segredo é a alma do negócio.

O segredo mais bem guardado é o que a ninguém é revelado.

O segredo melhor guardado é o que a ninguém é revelado.

O seguro morreu de velho.

O seguro morreu de velho e Dona Prudência foi-lhe ao enterro.

O seguro morreu de velho, e o desconfiado ainda está vivo.

O senso comum não é comum.

O servilismo é a ambição das almas baixas.

O seu a seu dono.

O seu chora por seu dono.

O silêncio é a alma do sossego.

O silêncio é a virtude do ignorante.

O silêncio é de ouro.

O sino chama para a missa, mas não vai a ela.

O sisudo e o doido descobrem-se no jogo.

O sisudo não ata o saber à estaca.

O soberbo contra o fraco, e o fraco contra o forte.

O sol aquece igualmente o rico e o indigente.

O sol brilha para todos.

O sol da manhã não dura sempre.

O sol da manhã não dura todo o dia.

O sol da verdade tem seus dias e suas noites.

O sol me luza, que do lume não hei cura.

O sol não é quem faz a sombra.

O sol nasce para quem compra e se põe para quem vende.

O sol nasce para todos.

O sol nasce para todos, e até para que não merece.

O sol nascente tem mais adoradores que o sol poente.

O sol, quando nasce, é para todos.

O sol todo dia se põe, mas todo dia nasce.

O soldado paga com o sangue a fama do capitão.

O somítico avarento, por um real, perde um cento.

O sono é a imagem da morte.

O sono é bom conselheiro.

O sono é irmão da morte.

O sono é parente da morte.

O sono é um alimento.

O sucesso leva ao sucesso.

O surdo faz falar o mudo.

O talento não tem sexo, pátria, idade ou cor.

O tédio e a preguiça curam-se com o trabalho.

O temor da morte é a sentinela da vida.

O temor de Deus é o princípio da sabedoria.

O temor é mortal dor.

O temor é uma mortal dor.

O temor governa o mundo; a esperança o consola.

O temor sempre suspeita o pior.

O tempo anda e desanda.

O tempo baralha tudo.

O tempo corre e tudo descobre.

O tempo dá conselho.

O tempo dá remédio onde falta o conselho.

O tempo da sazão vem com a própria estação.

O tempo de tudo triunfa, exceto da virtude.

O tempo derriba tudo aquilo que ele eleva.

O tempo dirá.

O tempo do amor é não tê-lo.

O tempo e a honra, uma vez perdidos, nunca mais se recuperam.

O tempo e a hora não se atam com a soga.

O tempo e a hora não se atam com soga.

O tempo e a maré não esperam por ninguém.

O tempo e a ocasião mostram o que se deve fazer.

O tempo e a ocasião não esperam por ninguém.

O tempo é como a honra: uma vez perdido, nunca mais se recupera.

O tempo é dinheiro.

O tempo é mestre.

O tempo é mestre de tudo.

O tempo é o grande mestre da vida.

O tempo é o mestre de tudo.

O tempo é o relógio de tudo.

O tempo é o senhor da razão.

O tempo é que cura as meadas.

O tempo é remédio para todos os males.

O tempo é um grande mestre.

O tempo faz o ano.

O tempo faz tudo da sua cor.

O tempo fortifica a amizade e enfraquece o amor.

O tempo gasta tudo.

O tempo mostra o amigo.

O tempo não anda para trás.

O tempo não respeita o que é feito sem o seu concurso.

O tempo não tem asas para o cativo.

O tempo passado é mestre do presente e do porvir.

O tempo perdido não se recupera.

O tempo perdido não volta mais.

O tempo que se perde, não se torna mais a achar.

O tempo que vai, não volta.

O tempo rende muito quando é aproveitado.

O tempo rói o ferro, quanto mais o amor.

O tempo só é ruim para quem não pode esperar.

O tempo tanto anda como desanda.

O tempo tudo amansa.

O tempo tudo cura.

O tempo tudo cura, menos velhice e loucura.

O tempo tudo cura, tudo o tempo põe no esquecimento.

O tempo tudo descobre.

O tempo tudo devora.

O tempo tudo gasta.

O tempo tudo traz.

O tempo vai e não volta.

O tempo vai-se, e com ele nós vamos.

O tempo vale ouro.

O tempo voa.

O tempo voa para quem goza, arrasta-se para quem padece.

O testamento do pobre é breve, na unha se escreve.

O testamento do pobre na unha se escreve.

Ó tio, ó tio, deite cá o batel.

O tiro às vezes sai pela culatra.

O tiro saiu pela culatra.

O tolo aprende à sua custa.

O tolo aprende à sua custa, e o sabido à custa do tolo.

O tolo aprende à sua própria custa, o avisado, à custa do tolo.

O tolo calado passa por avisado.

O tolo calado passa por sabido.

O tolo faz o jantar e o esperto come-o.

O tolo orgulhoso almoça com a abundância, janta com a pobreza e ceia com a vergonha.

O tolo, se é calado, por sábio é reputado.

O tolo, se é calado, por sisudo é reputado.

O tom faz a música.

O tonel não pode dar senão do vinho que tem.

O tonel nunca perde o cheiro do vinho.

O tostão do ladrão não tem senão.

O trabalho da mulher não acaba nunca.

O trabalho dá o que a natureza nega.

O trabalho dá o que a sorte nega.

O trabalho dá saúde.

O trabalho é a primeira das virtudes.

O trabalho é que faz o homem.

O trabalho enobrece, e cansa.

O trabalho enriquece, e a preguiça empobrece.

O trabalho foi feito para três: preto, burro e português.

O trabalho mostra o que o homem é.

O trabalho não mata ninguém.

O trabalho nos alegra o corpo e a vida; é o melhor tempero da comida.

O trabalho paga dívidas.

O trabalho regula a paga.

O trabalho tenaz vence todas as dificuldades.

O trabalho traz consigo o contentamento, a abundância e a consideração.

O trabalho tudo vence.

O trágico não vem a conta-gotas.

O tramposo asinha engana o cobiçoso.

O travesseiro é bom conselheiro.

O travesseiro é o melhor conselheiro.

O trem apita é na curva.

O trigo e a teia, à candeia.

O último a chegar é mulher do padre.

O último a sair apague a luz.

O último a sair apague as luzes.

O último grau de perversidade é o fazer servirem as leis à injustiça.

O último que vem que feche a porta.

O último sempre paga o pato.

O uso do cachimbo faz a boca torta.

O uso do cachimbo põe a boca à banda.

O uso do cachimbo põe a boca torta.

O uso é louvável, o abuso, repreensível.

O uso é rei, porque faz lei.

O uso faz o mestre.

O valor produz vencedores; a concórdia, invencíveis.

O velho a estirar, o diabo a arrugar.

O velho e o forno pela boca se aquentam.

O velho e o peixe ao sol aparecem.

O velho em sua terra e o moço na alheia mentem quanto querem.

O velho muda conselho.

O velho põe a vinha e o velho a vindima.

O velho, por não poder, e o moço, por não saber, deitam as coisas a perder.

O velho, por não poder, e o moço, por não saber, deitam muita coisa a perder.

O velho que de si cura, cem anos dura.

O velho torna a engatinhar.

O veludo e a seda apagam o fogo da cozinha.

O vencido, vencido; o vencedor, perdido.

O veneno está na cauda.

O vento ajunta a palha, mas depois espalha.

O vento assopra onde quer.

O ventre em jejum não ouve a nenhum.

O ventre ensina às pegas, beijo as mãos a vossa mercê.

O ventre sacia-se; os olhos, não.

O verdadeiro nem sempre é verossímil.

O verão colhe, e o inverno come.

O verdadeiro mérito é modesto.

O vício alheio desagrada até os viciosos.

O vício da natureza até a sepultura chega.

O vício é o tirano de si mesmo.

O vilão morde a mão que o afaga, e beija o pé que o esmaga.

O vilão quer ser espremido como o limão.

O vinagre e o limão são meio cirurgião.

O vinho e o amigo, do mais antigo.

O vinho é o espelho da alma.

O vinho é o leite dos velhos.

O vinho faz bem aos homens quando são as mulheres que o bebem.

O vinho faz falar os mudos.

O vulgo não perdoa tacha de ninguém.

O xexéu e o cancão, cada qual com sua canção.

O xexéu e o vira-bosta, cada qual do outro gosta.

O zelo muitas vezes não é senão a febre do egoísmo.

O zombar não tem resposta.

Obedece e saberás mandar.

Obra apressada, obra estragada.

Obra começada, meio acabada.

Obra começada, não ta veja sogra nem cunhada.

Obra de comum, obra de nenhum.

Obra de comum, obra de um.

Obra de nenhum, obra de um.

Obra de prudente é, podendo fazer mal, não o fazer.

Obra de vilão, atirar a pedra e esconder a mão.

Obra desmente sinal.

Obra é de vilão, atirar a pedra e esconder a mão.

Obra feita, dinheiro à unha.

Obra feita dinheiro espera.

Obra meninal põe o patrão na cadeia e o mestre no hospital.

Obra paga, braços quebrados.

Obra puxa obra.

Obrar bem, que Deus é Deus.

Obras desmentem sinais.

Obras falam, palavras calam.

Obras más desacreditam boas palavras.

Obras são amores, e não palavras doces.

Obras são amores, que não boas razões.

Obreiro de janeiro pão te comerá, mas obra te fará.

Obreiro em janeiro muito pão te comerá, mas, quanto mais to comer, mais obra te fará.

Ocasião perdida não volta mais na vida.

Ociosa, nunca serás proveitosa.

Ociosa, viciosa.

Oco como uma cabaça.

Ocupamo-nos muito conosco, e com os outros por amor de nós.

Ódio de irmãos, ódio de diabos.

Ódio velho não cansa.

Odre por odre, algum sai podre.

Ofende os bons quem poupa os maus.

Oferecer e não dar é dever e não pagar.

Oferecer uma corda bem ensebada, com laço corredio.

Oficial do mesmo ofício, detrator do trabalho alheio.

Oficial do mesmo ofício meu inimigo é.

Oficial do teu ofício, teu inimigo.

Oficial do teu ofício teu inimigo é.

Oficial que vai à caça, não há mercê que Deus lhe faça.

Oficial tem ofício e al.

Ofício alheio custa dinheiro.

Ofício de albardeiro mete palha e custa dinheiro.

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