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ÁLBUM DE RECORDAÇÕES

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IMAGENS HISTÓRICAS

(1)

INTRODUÇÃO

Dentro do espírito desta página, que é a abordagem de temas relacionadas com a fauna bravia, caça e caçadores de Moçambique,  iniciamos nesta data a publicação de "Imagens Históricas", que recolhemos ao longo da nossa actividade em Moçambique ou que nos sejam fornecidas por pessoas que se interessam por esta mesma temática.

 

1-                    Reserva do Maputo

 

  A Reserva Especial de Elefantes do Maputo encontra-se situada no extremo Sul de Moçambique, na margem direita do rio Maputo. Foi criada em 1932 e aberta ao público apenas em 1965 depois de importantes trabalhos ali introduzidos, nomeadamente: alteração e delimitação dos seus limites, contrução de vedações, abertura de picadas e construção do acampamento turístico do Fúti.

A imagem mostra o monumento alusivo à inauguração oficial do referido acampamento, em 1964, pelo Governador-Geral da ex-Colónia, Almirante Sarmento Rodrigues.

   

  O Fiscal de Caça João Carreira, muito conhecido e respeitado na região Sul de Moçambique nas décadas de  40, 50 e 60. Foi o primeiro administrador residente da Reserva do Maputo a partir de 1961. Esta foto foi tirada em 1964, no dia da inauguração oficial do acampamento do Fúti, vendo-se à direita outro elemento histórico da caça em Moçambique, o caçador-guia Rui Quadros.

 

 

2 – Um famoso par de presas de elefante de       Moçambique

 Este par de presas de elefante, que pesam individualmente 75 Kg e medem 2,10 metros, são património do Museu de História Natural de Maputo. Não é conhecido o caçador que abateu este elefante e há apenas informações (pouco seguras) que terá sido abatido na região do rio Save.

Estas presas têm uma história: foram salvas da exportação graças a uma medida cautelar decretada pelo tribunal judicial da Beira, no início da década de 60, em processo movido contra um comerciante e negociante de marfim.

 Depositadas no Museu da Camara Municipal da Beira viriam mais tarde a ser utilizadas pelos Serviços da Fauna Bravia numa representação de Moçambique na Exposição Mundial de Caça de 1964 em Itália. Após este evento, foram entregues ao Museu do Parque Nacional da Gorongosa e em 1977 enviadas para o Palácio da Presidência, em Maputo, para decoração do respectivo salão nobre, mas acabaram por ser remetidas ao Museu  por se ter verificado serem demasiado grandes como peças decorativas daquele Palácio.

Devido à falta de controle dos troféus durante o período colonial antecedente à  criação das leis de caça que acabaram com a caça profissional virada para a carne, peles e marfim, em finais da década de 50, apenas é conhecido o abate de um elefante, em Moçambique, com presas de peso superior ao destas duas e que infelizmente saíram do país. Trata-se de um elefante abatido em 1953, na Província de Tete, pelo caçador profissional Harry Manners e que pesavam 83 e 84 quilogramas, respectivamente, e foram registadas em quarto lugar no livro Records of Big Game, do Rowland Ward’s (1).

Esta foto foi tirada em 1977, no Chitengo (Parque Nacional da Gorongosa), no dia em que o célebre par de presas foi enviado para Maputo. Reconhecem-se, no centro, Graciete Cepriano e filha, e Rita Bens, rodeadas de alguns funcionários do Parque que não é possível identificar devido à fraca qualidade da foto.

                (1) - Dados colhidos do livro "Ventos de Destruição - Memórias e aventuras de caça

                        em Moçambique" (pag. 75), de Adelino Serras Pires (ex-caçador guia e industrial de safaris) 

                        e Fiona Claire Capstick

                      

 

 

 3 – Casa dos leões do Parque da Gorongosa

  A célebre “Casa dos Leões” do Parque Nacional da Gorongosa. Trata-se de um dos edifícios do primeiro acampamento construído no PNG na década de 40 e que nunca viria a ser utilizado devido ao local ser inundado com frequência na época das chuvas. O seu abandono motivou os leões a utilizarem-no como seu local de repouso e observação dos animais dos tandos circundantes.

Na foto pode ver-se uma leoa descendo as escadas de acesso ao terraço.

 

4 – ASTRONAUTAS AMERICANOS EM                           MOÇAMBIQUE

 Moçambique, através da empresa de safaris SAFRIQUE, recebeu, em 1971,  os célebres astronautas americanos,  Stuart Roosa (em baixo à esquerda) e James Lovell (em baixo ao centro), ambos figuras que se destacaram nas viagens à Lua das Apollos 8, 13 e 14. Eles vieram caçar nas coutadas de Manica e Sofala, tendo abatido animais com troféus muito valiosos que muito contribuíram para a excelente cotação de Moçambique no ranking  dos safaris em África.

Na foto, tirada no acampamento de Inhamacala (Coutada 6), estão ainda o Dr Armando Rosinha, director dos Serviços da Fauna Bravia (em baixo à direita) e, em cima, da esquerda para a direita, Celestino Gonçalves, António Rosinha e um funcionário da SAFRIQUE.

 

O astronauta JAMES LOVEL, que nos ofereceu a sua fotografia oficial

 com uma simpática dedicatória.

 

 

O mesmo astronauta da foto anterior, com a esposa, posando junto 

de um belo exemplar de elefante que ele abateu na Coutada 6 – Inhamacala.

 

Marrabenta, Abril de 2003

Celestino Gonçalves

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