AURELIANO LESSA

Aureliano Lessa foz companheiro de Álvares de Azevedo. Este se tornou célebre ao passo que o poeta diamantinense pouco relevo ganhou em nossas letras. Nasceu no ano de 1828 e faleceu em 1861. Há do autor apenas Poesias Póstumas.

             SONETO

Há tormentos sem nome, há desenganos

Mais negros que o horror da sepultura;

Dores loucas, e cheias de amargura,

E momentos mais longos que os anos.

Não são da vida os passageiros danos

Que dobram minha fronte; a desventura

Eu a desdenho... A minha sorte dura

Fadou-me dentro da alma outros tiranos.

As dores da alma, sim; ela somente,

Algoz de si, acha um prazer cruento

Em torturar-se ao jogo lentamente.

Oh! isto é que é sofrer! nenhum tormento

Vale um gemido só da alma fremente,

Nem séculos as dores de um momento!

(Poesias Póstumas)  

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Esta antologia é baseada 

em trabalho de

Osmar Barbosa

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