KABALA NUMEROLOGIA |
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Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, que foi eleito “príncipe dos
poetas brasileiros”, depois do desaparecimento de Alberto Oliveira, nasceu no
Rio de Janeiro, a 16 de dezembro de 1865. Foi também fundador da Academia
Brasileira de Letras. O mais rutilante dos poetas parnasianos. Escreveu conferências,
discursos, contos e teatro infantil. Como poeta, deixou: Sagres, Poesias, Tarde,
Poesias Infantis. Faleceu na cidade onde nascera, em 28 de dezembro de 1918.
VIA LÁCTEA
XIII
“Ora (direis) ouvir estrelas ! Certo
Perdeste
o senso!” E eu vos direi, no entanto, Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E
abro as janelas, pálido de espanto...
E
conversamos toda a noite, enquanto
A
via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila.
E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda
as procuro pelo céu deserto.
Direis
agora: “Tresloucado amigo!
Que
conversas com elas? Que sentido
Tem
o que dizem, quando estão contigo?”
E
eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois
só quem ama pode ter ouvido
Capaz
de ouvir e de entender estrelas.”
INANIA
VERBA
Ah!
quem há de exprimir, alma impotente e escrava,
O
que a boca não diz, o que a mão não escreve?
—
Ardes, sangras, pregada à tua cruz e, em breve,
Olhas,
desfeito em lodo, o que te deslumbrava...
O
Pensamento ferve, e é um turbilhão de lava:
A
Forma, fria e espessa, é um sepulcro de neve...
E
a Palavra pesada, abafa a Idéia leve,
Que,
perfume e clarão, refulgia e voava.
Quem
o molde achará para a expressão de tudo?
Ai!
quem há de dizer as ânsias infinitas
Do
sonho? e o céu que foge à mão que se levanta?
E
a ira muda? e o asco mudo? e o desespero mudo?
E
as palavras de fé que nunca foram ditas?
E
as confissões de amor que morrem na garganta?
(Poesias) |
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ANTOLOGIA DOS POETAS BRASILEIROS
Esta antologia é baseada em trabalho de |