KABALA NUMEROLOGIA |
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MANUEL BANDEIRA
Obras: A Cinza das Horas; Carnaval; Poesia; O Ritmo Dissoluto; Libertinagem;
Estréia da Manhã; Poesias Escolhidas; Poesias Completas; Poemas Escolhidos;
Mafuá do Malungo; Opus 10; 50 Poemas Escolhidos pelo Autor; O Melhor Soneto de
Manuel Bandeira; Um Poema de Manuel Bandeira; Obras Poéticas; Poemas
Traduzidos; Poemas Musicados.
Bandeira nasceu em Recife, em 19 de abril de 1886, e morreu no Rio de
Janeiro, em 1968.
PROFUNDAMENTE
Quando ontem adormeci Na noite de São João Havia alegria e rumor Estrondos de bombas luzes de Bengala Vozes cantigas e risos Ao pé das fogueiras acesas.
No meio da noite despertei Não ouvi mais vozes nem risos Apenas balões Passavam errantes Silenciosamente Apenas de vez em quando O ruído de um
bonde Cortava o silêncio Como um túnel. Onde estavam os que há pouco Dançavam Cantavam E riam Ao pé das fogueiras acesas?
— Estavam todos dormindo Estavam todos deitados Dormindo Profundamente Quando eu tinha seis anos Não pude ver o fim da lesta Porque adormeci Hoje não ouço mais Minha avó Meu avô Totônio Rodrigues Tomásia Rosa Onde estão eles? — Estão todos dormindo Estão todos deitados Dormindo Profundamente.
De São João as vozes daquele tempo
MOMENTO
NUM CAFÉ
Quando o enterro passou Os homens que se achavam no café Tiraram o chapéu maquinalmente Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida Absortos na vida Confiantes na vida.
Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado Olhando o esquife longamente Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade Que a vida é traição E saudava a matéria que passava Liberta para sempre da alma extinta.
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ANTOLOGIA DOS POETAS BRASILEIROS
Esta antologia é baseada em trabalho de |