PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS

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N3

Não há tonto para seu proveito.

Não há torto nem direito que não tenha seu jeito.

Não há trabalho sem trabalhos.

Não há traição como a dos amigos.

Não há trigo sem joio.

Não há trigo tão joeirado que não tenha alguma ervilhaca.

Não há uma sem duas, nem duas sem três.

Não há uste que não custe.

Não há veneno pior que o da língua.

Não há vício ou manjar que não enfade.

Não há vício que a si mesmo não se puna.

Não há vilão sem ser ruim, nem ruim sem ser vilão.

Não haja dó de quem tem muita roupa e faz má cama.

Não hajas compaixão de quem tem cama e dorme no chão.

Não hajas dó de quem tem muita roupa e faz má cama.

Não hajas dó de quem tem muito.

Não hajas medo de quem vai preso pelo pelo.

Não haveria má palavra, se não fosse mal tomada.

Não hei medo ao frio nem à geada, senão à chuva porfiada.

Não houve filho desperdiçado, que não tivesse pai aproveitado.

Não houve pai desperdiçado que não tivesse filho aproveitado.

Não importa, não importa, e deu com sete navios à costa.

Não jogo aos dados, mas faço outros piores baratos.

Não julgues a casa pela fronteira.

Não julgues da montada pelo arreio.

Não julgues ninguém pelos teus próprios atos.

Não julgues pelas aparências.

Não julgues rápido de ninguém, nem para mal, nem para bem.

Não julgues os cabos pelos começos.

Não junta reais quem não poupa tostões.

Não junta tostão quem não poupa reais.

Não levantes espada contra quem peça perdão.

Não levantes lebre que outrem leve.

Não lhe chega à sola dos pés.

Não lhe dá pelo bico do sapato.

Não lhe vivo no casal.

Não louves até que proves.

Não louves o homem enquanto vive.

Não mates a galinha que põe ovos de ouro.

Não mates mais do que podes salgar.

Não me apraz chave que em muitas portas cabe.

Não me apraz chave que em muitas portas serve.

Não me apraz porta que muitas chaves faz.

Não me aquenta nem me arrefenta.

Não me chames bem-fadada até me veres enterrada.

Não me contenta nada moça com leite, nem borracha com água.

Não me contes bulas.

Não me dês que fazer, dá-me que comer.

Não me empacho com tais frioleiras.

Não me enganas a mim, que sou cão velho.

Não me fio em soldado que as armas caem da mão.

Não me fio nem da camisa que trago vestida.

Não me fio nem da mãe que me pariu.

Não me importa que a burra jogue: eu quero é que os arreios agüentem.

Não me importa que a burra pinoteie: eu quero é que os arreios me agüentem.

Não me leves, ano, que eu te irei alcançando.

Não me olhe de banda, que eu não sou quitanda, nem me olhe de lado, que eu não sou melado.

Não me pago do amigo que come o seu só e o meu comigo.

Não me pesa de meu filho enfermar, senão pelo costume que lhe há de ficar.

Não me pesa de rogar, senão que te queres desquitar.

Não me pesa do que meu filho enfermou, mas da ruim manha que lhe ficou.

Não me venta muito bem por esse lado.

Não medra a maledicência contra as virtudes viris.

Não medram galinhas em casa de raposas.

Não medram galinhas onde a raposa mora.

Não merece o doce quem não prova do amargo.

Não merece o doce quem não provou do amargo.

Não metas a foice em seara alheia.

Não metas a mão em prato onde te fiquem as unhas.

Não metas a mão entre a bigorna e o martelo.

Não metas a mão onde te fiquem as unhas.

Não metas as mãos em pratos onde te fiquem as unhas.

Não metas dinheiro em saco, sem veres se tem buraco.

Não metas em casa quem dois olhos haja, senão trigo e cevada.

Não metas foice em seara alheia.

Não metas o bedelho onde não fores chamado.

Não metas o nariz onde não és chamado.

Não metas o nariz onde não fores chamado.

Não metas o nariz onde não foste chamado.

Não meterei com ele pé em barca.

Não meterei com ele pé em barco.

Não mexas em casa de marimbondos.

Não mexas no santo, que borras a pintura.

Não mexe um pé sem pedir licença ao outro.

Não mistures alhos com bugalhos.

Não morde a abelha senão a quem trata com ela.

Não morde a abelha senão a quem trata dela.

Não mores em despovoado, nem esmoles do furtado.

Não morram os devedores, que as dívidas logo se pagam.

Não mostres em comunidade a tua habilidade.

Não mostres o fundo nem da bolsa, nem da alma.

Não mover uma palha.

Não mudes de moleiro sem lhe pagar primeiro.

Não nasci ontem.

Não negues o louvor, senão a quem to pedir.

Não nos devemos fiar em mulher morta.

Não o façais, não vo-lo dirão.

Não o hei pelo ovo, senão pelo foro.

Não o levou por mal cozinhado.

Não o pariu sua mãe.

Não o quero, não o quero, deita-mo neste avental.

Não o tenha e não o deva.

Não o tive pelo ovo, senão pelo foro.

Não ocupa mais pés de terra o papa que o sacristão.

Não ofende, muitas vezes, o que se diz, senão o modo de dizê-lo.

Não ofende quem quer, mas quem pode.

Não onde nasces, mas onde pasces.

Não onde nasces, senão onde pasces.

Não passes o pé além da mão.

Não peças a quem pediu, não devas a quem deveu, nem sirvas a quem serviu.

Não peças a quem pediu, não devas a quem deveu, nem sirvas a quem serviu; pede a quem o herdou, que não sabe o que lhe custou.

Não peças a quem pediu, nem sirvas a quem serviu.

Não peças auxílio de outrem no que puderes fazer só.

Não peças por favor o que podes haver por força.

Não pede louvor quem o merece.

Não pendures o chapéu onde a mão não alcança.

Não peques na lei, não temerás rei.

Não percas o siso pelo doido do teu vizinho.

Não perde o ano por farto.

Não perde um sem outro ganhar.

Não perde venda, senão quem não tem que venda.

Não perder por esperar.

Não perdoa o vulgo tacha de ninguém.

Não permitas à língua que se perca o equilíbrio dos pés.

Não pode colher pepinos quem semeia tomates.

Não pode o cego distinguir cores.

Não pode o corvo ser mais negro que as asas.

Não pode o filho de Adão sem trabalho comer pão.

Não pode o olmeiro dar peras.

Não pode ser amado quem sempre quer ser irado.

Não pode ser meu amigo o amigo do meu inimigo.

Não pode ser socorrido quem não é dócil ao conselho.

Não podemos gozar sem sofrer: o mal é ocasião de inumeráveis bens.

Não podemos ser livres sem sermos escravos das leis.

Não podendo o caluniador emparelhar com o homem de bem, trata, difamando-o, de chegá-lo a si.

Não poder com um gato pelo rabo.

Não põe Deus tempo em mudar tempo.

Não ponhas o carro à frente dos bois.

Não ponhas o chapéu onde a mão não alcança.

Não ponhas todos os ovos debaixo da mesma galinha.

Não ponhas todos os ovos na mesma cesta.

Não ponhas todos os ovos no mesmo cesto.

Não por causa do abuso ser repreensível deixa o uso de ser lícito.

Não posso assobiar e chupar cana.

Não posso ter a boca cheia d'água e assoprar no fogo.

Não posso ter a boca cheia de água e assoprar no fogo.

Não poupa a morte nem o fraco, nem o forte.

Não preparar a cama sem ver a noiva.

Não procures chifre em cabeça de cavalo.

Não procures sarna para te coçar.

Não prometas a pobre e não devas a rico.

Não provam bem as senhoras que se metem a doutoras.

Não proves amigo em coisa de interesse.

Não proves o amigo em coisa de interesse.

Não provou bocado em todo o santo dia.

Não pude passar o mar sem da fortuna me queixar.

Não quebra por delgado, senão por gordo e mal fiado.

Não quedar asno por besta, nem besta por letra.

Não queira o sapateiro tocar rabecão.

Não queiras nunca do teu amigo mais do que ele quiser contigo.

Não queiras potro, nem mulher doutro.

Não queiras ser cuspe antes de ser catarro.

Não quer quem tarde quer.

Não querer nem por sombra.

Não quero bácoro com chocalho.

Não quero bácoro nem o chocalho.

Não quero escudela de ouro em que haja de cuspir sangue.

Não quero gabão, se me há de encher de cabelos.

Não quero, não quero, meta-mo aqui neste capelo.

Não quero rabos de palha, nem cão com guizo.

Não quero saber quem fui, quero saber quem sou.

Não quero saber se peba põe: quero ver é a ninhada.

Não quero um tostão, quero meus cinco vinténs.

Não rasgues um lençol para remendar outro.

Não receia dar brado quem tem o direito do seu lado.

Não responder é resposta.

Não ruge, nem muge.

Não sabe a mão direita o que faz a esquerda.

Não sabe da missa a metade.

Não sabe falar, quem não sabe calar-se.

Não sabe governar quem a todos quer contentar.

Não sabe governar quem não sabe obedecer.

Não sabe mandar quem nunca soube obedecer.

Não sabe o asno que coisa são alféloas.

Não sabe o couro onde aperta o sapato.

Não sabe o homem a hora em que morre.

Não sabe o mato em que há de ir fazer lenha.

Não sabe o que é doce quem nunca experimentou o amargo.

Não sabe qual a sua mão direita.

Não saber é mau, e não querer saber é pior.

Não saber o sinal da cruz.

Não saber para onde se virar.

Não saber para que lado se virar.

Não sai farinha branca dum saco de carvão.

Não saias ao luar, que não sabes quem te quer bem e quem te quer mal.

Não saias de casa sem capa e merenda, para que ao fim do dia não te arrependas.

Não saias fora da tua esfera.

Não saiba a mão esquerda o que faz a direita.

Não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita.

Não são as formosas para os formosos.

Não são as pulgas dos cães que fazem miar os gatos.

Não são boas as leis porque mandam, mas porque se guardam.

Não são homens todos os que mijam na parede.

Não são iguais os dedos da mão.

Não são os empregos que honram os homens, mas os homens que honram os empregos.

Não são os tacões que fazem o gigante.

Não são todos os dias iguais.

Não são todos os homens que mijam à parede.

Não se adquire o supérfluo, senão à custa do necessário.

Não se afoga no mar o que lá não entrar.

Não se amarra cachorro com lingüiça.

Não se apanham moscas com vinagre.

Não se apanham pássaros velhos com redes novas.

Não se apanham trutas com as barbas enxutas.

Não se apanham trutas com as bragas enxutas.

Não se aprecia o que se vê a cada dia.

Não se aquenta água para o chimarrão dos outros.

Não se arrancando a silveira, perece a videira.

Não se arrancando a silveira, sofre a videira.

Não se atiram pedras senão às árvores que têm frutos.

Não se bate em homem deitado.

Não se bate em homem morto.

Não se bebe sem ver, nem se assina sem ler.

Não se bota anel de ouro em focinho de porco.

Não se briga com quem usa saia.

Não se caça a moça boa na praça.

Não se caçam lebres tocando tambor.

Não se chora antes do tempo.

Não se chora pelo leite derramado.

Não se come manteiga sem melar a mão.

Não se comem trutas a barbas enxutas.

Não se comem trutas a bragas enxutas.

Não se compra galinha gorda por pouco.

Não se conta com os ovos na barriga da galinha.

Não se correm duas lebres a um tempo.

Não se corta o galho onde se está sentado.

Não se cospe no prato em que se come.

Não se cutuca onça com vara curta.

Não se dá murro em ponta de faca.

Não se dá passo maior que a perna.

Não se deita vinho novo em odres velhos.

Não se deite à albarda a culpa do burro.

Não se deixa caminho por atalho.

Não se deixa para amanhã o que se pode fazer hoje.

Não se deixa estrada por atalho.

Não se deixa o certo pelo duvidoso.

Não se deixa para amanhã o que se pode fazer hoje.

Não se deseja o que o olhar não veja.

Não se deve aumentar a aflição do aflito.

Não se deve bater na mulher, nem com uma flor.

Não se deve botar o carro adiante dos bois.

Não se deve cantar vitória antes de ter vencido.

Não se deve confundir licença com liberdade.

Não se deve contar com o ovo na bunda da galinha.

Não se deve contar com o ovo no cu da galinha.

Não se deve contar com o ovo no rabo da galinha.

Não se deve contar com os ovos dentro das galinhas.

Não se deve deixar o certo pelo duvidoso.

Não se deve despir um santo para vestir outro.

Não se deve ensinar o padre a rezar missa.

Não se deve ensinar o padre-nosso ao vigário.

Não se deve falar ao mestre do que ele ensina mal.

Não se deve fazer de uma via dois mandados.

Não se deve fazer nem tudo o que se pode, nem tudo o que se quer.

Não se deve festejar o santo antes de seu dia.

Não se deve ir contra a corrente.

Não se deve julgar o merecimento de um homem por suas grandes qualidades, mas pelo uso que faz delas.

Não se deve julgar pelas aparências.

Não se deve matar a galinha dos ovos de ouro.

Não se deve meter a foice em seara alheia.

Não se deve mexer com o cão que dorme.

Não se deve misturar alhos com bugalhos.

Não se deve pôr o carro na frente dos bois.

Não se deve ser mais realista do que o rei.

Não se deve tapar o sol com a peneira.

Não se deve ter o olho maior do que a barriga.

Não se deve tomar remédio em vários copos.

Não se deve trocar o certo pelo duvidoso.

Não se deve vender a pele do lobo antes de o matar

Não se devem arriscar todos os trunfos de uma só vez.

Não se devem fazer as coisas pela metade.

Não se devem misturar alhos com bugalhos..

Não se é bom juiz em causa própria.

Não se é feliz senão moderando as próprias paixões.

Não se encomendam botas aos alfaiates.

Não se endireita a sombra duma vara torta.

Não se entretêm os leões na caça dos tubarões.

Não se fala em corda em casa de enforcado.

Não se farta a cobiça com a riqueza.

Não se faz fritada sem quebrar ovos.

Não se faz omelete sem quebrar ovos.

Não se faz tudo de pancada.

Não se fez Roma em um dia.

Não se fia nem da camisa que traz vestida.

Não se ganha boa fama em cama de penas.

Não se ganham trutas a bragas enxutas.

Não se ganhou Samora em uma hora.

Não se guarde verdade ao mentiroso.

Não se há de dar com a barca no monte por qualquer coisa.

Não se há de festejar o santo antes do seu dia.

Não se há de lançar a corda atrás do caldeirão.

Não se há de levar tudo ao cabo.

Não se há de meter os tomentos todos num buraco.

Não se ladre, se não se pode morder.

Não se lembra a sogra que foi nora.

Não se lembra a sogra que já foi nora.

Não se malha em ferro frio.

Não se manda aladura senão a quem tem corpo.

Não se me dá que o meu menino tenha mal, mas da manha que lhe há de ficar.

Não se mente, quando se vai morrer.

Não se mete o nariz onde não se é chamado.

Não se metem os pés em duas jangadas.

Não se muda de cavalo no meio do banhado.

Não se olha o pelo de cavalo dado.

Não se pega em sapato de defunto.

Não se pescam trutas a bragas enxutas.

Não se pode abraçar o mundo com as duas mãos.

Não se pode agradar a gregos e troianos.

Não se pode agradar a todos e a seu pai.

Não se pode assobiar e chupar cana.

Não se pode assobiar e chupar cana ao mesmo tempo.

Não se pode assobiar e tocar flauta ao mesmo tempo.

Não se pode bater o sino e carregar o andor.

Não se pode cavar a um tempo na vinha e no bacelo.

Não se pode chupar cana e assobiar.

Não se pode chupar cana e assobiar ao mesmo tempo.

Não se pode comer o bolo e guardar o bolo.

Não se pode dar passo maior do que a perna.

Não se pode deixar de atirar carne às feras.

Não se pode exigir que uma goiabeira dê laranjas.

Não se pode despir um homem nu.

Não se pode dizer o muito em pouco.

Não se pode fazer a par comer e assoprar.

Não se pode fazer nada diante de menino.

Não se pode nadar contra a correnteza.

Não se pode pegar o que passou.

Não se pode pôr três homens em quatro filas.

Não se pode repicar e ir na procissão.

Não se pode ser burro em tempo de moscas.

Não se pode ser e ter sido.

Não se pode ser juiz com tais mordomos.

Não se pode ser juiz em causa própria.

Não se pode ser moeda de vinta patacas para agradar a todos.

Não se pode ser sensível ao prazer e insensível à dor.

Não se pode servir a Deus e ao diabo ao mesmo tempo.

Não se pode servir a dois senhores.

Não se pode servir a um tempo a dois senhores.

Não se pode ter sol na eira e chuva no nabal.

Não se pode ter tudo.

Não se pode tirar leite de pedra.

Não se pode tocar sanfona e bailar a marca.

Não se pode tocar sino e acompanhar a procissão.

Não se pode ver o bosque por causa das árvores.

Não se pode viver de vento.

Não se pode viver sem amigos.

Não se pode voar sem asas.

Não se põe remendo velho em roupa nova.

Não se ponha o carro adiante dos bois.

Não se queixe do engano quem pela amostra compra o pano.

Não se recupera o tempo perdido.

Não se tem inveja a defuntos e apartados, senão a vizinhos e a chegados.

Não se tira leite de pedra.

Não se tiram dois proveitos de um saco só.

Não se tomam trutas a bragas enxutas.

Não se triunfa da calúnia, senão desprezando-a.

Não se troca de cavalo no meio do banhado.

Não se vence perigo sem perigo.

Não se vive de vento.

Não sei o que faça, se case, ou se assente praça.

Não sei que faças, se filhós, se papas.

Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe.

Não sejas forneira, se tens cabeça de manteiga.

Não sejas mais papista que o papa.

Não sejas mel, que as abelhas te comem.

Não sejas pobre, morrerás honrado.

Não sejas preguiçoso, não serás desejoso.

Não sejas preguiçoso, não serás invejoso.

Não sejas vaidoso nem orgulhoso, pois o orgulho e a vaidade custam mais caro do que a fome e a sede.

Não separe o homem o que Deus uniu.

Não ser pai de pançudo.

Não ser peixe nem carne.

Não serás abastado, se primeiro não fores honrado.

Não serás amado, se de ti só tens cuidado.

Não serás amado, se em ti só tens cuidado.

Não serve de nada deitar pérolas a porcos.

Não soltes foguetes antes do tempo.

Não somos tudo o que queremos, porque não nos atrevemos a tudo o que podemos.

Não sou camaleão, que me mantenha com vento.

Não sou mineiro, nem compro bonde.

Não sou rio por não tornar atrás.

Não suba o sapateiro além da canela.

Não suba o sapateiro além da chinela.

Não subas, sapateiro, acima da sandália.

Não sujes a água que hás de beber.

Não sustenta cão, quem não lhe sobeja pão.

Não sustente cão, quem não lhe sobeja pão.

Não sustente cão, quem não lhe sobeje pão.

Não tapes a boca ao boi que debulha.

Não tarda quem vem.

Não tarda quem vem, nem tarda quem arrecada.

Não tardo mais em armar-me do que enquanto a briga se acaba.

Não te abaixes por pobreza, nem te levantes por riqueza.

Não te aconselhes sobre tua riqueza com quem está em pobreza.

Não te alegres com meu doilo, que quando o meu for velho, o teu será novo.

Não te alegres com meu mal, que quando o meu for velho, o teu será novo.

Não te alegres do meu luto; quando ele for velho, o teu será novo.

Não te arrependas nunca de ter comido pouco.

Não te arrisques a nadar onde pé não podes achar.

Não te assanhes com o castigo, que não te dá teu inimigo.

Não te dê Deus mais mal que muitos filhos e pouco pão.

Não te deixes enganar pelas aparências.

Não te deves fiar senão daquele com quem já comeste um moio de sal.

Não te direi que te vás, mas far-te-ei obras para isso.

Não te eleves com a riqueza, nem te aviltes com a pobreza.

Não te enchas, não arrebentarás.

Não te envaideças do que sabes e repara no que fazes.

Não te exaltes pela riqueza, nem te abaixes por pobreza.

Não te faças de alfenim.

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