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A6

Abundância de bens é licença de males.

Abundância de lei não desfaz lei.

Abundância gera fastio.

Acaba-se a amizade, quando começa a familiaridade.

Acaba-se a prudência, quando acaba a paciência.

Acaba-se o dia, acaba-se a romaria.

Acaba-se o haver, fica o saber.

Acabada a festa, desarma-se o trono.

Acabada a vindima, lavam-se os cestos.

Acabado de passar, acabado de esquecer.

Acabado e concluído.

Acabar a festa, tomar o panete.

Acabou-se a festa, tomai o fole.

Acabou-se a festa, tomai o panete.

Acabou-se o dia, acabou-se a romaria.

Acabou-se o que era doce.

Acalenta a serpente, que ela te arrancará o olho.

Acalenta a serpente, que ela te dará o pago.

Acaricia um cão, que te sujará a roupa.

Acauã cantou, inverno chegou.

Acautela-te de quem te lisonjeia.

Aceita o bem, conforme vem.

Aceita, sem receio, azeite de cima, mel do fundo, vinho do meio.

Aceitar um benefício é vender a liberdade.

Acenai ao discreto, dai-o por feito.

Acender uma vela a Deus e outra ao diabo.

Acerta quem casa.

Acha o ladrão que todos o são.

Achado não é roubado.

Achaque tem o odre que sabe a pez.

Achaques, à sexta-feira, pelo não jejuar.

Achaques tem o odre que sabe a pez.

Achar e guardar é furtar.

Achar forma para o seu pé.

Achar o princípio em tudo é difícil.

Achar-se em quarto-minguante a respeito de cobres.

Achou a velha um ceitil.

Achou o cego um dinheiro.

Achou Pedro o seu cajado.

Açafrão não é para boi.

Aço que não serve, enferruja.

Açoite, grande mezinha.

Açoite, grande mezinha é.

Acolhi o rato no meu buraco.

Acometa quem quiser, que o forte espera.

Acometer para vencer.

Acomodar o pé ao sapato, e não o sapato ao pé.

Aconteça o que acontecer.

Açor e falcão, na mão.

Acordar o cão que dorme.

Acordar o cão que está dormindo.

Acordar o cão que jaz dormindo.

Acomodar o pé ao sapato, e não o sapato ao pé.

Acordou a preguiçosa e deitou o fogo à casa.

Acordou a preguiçosa e deitou o fogo à roca.

Acordou o preguiçoso e pôs fogo à casa.

Acostume-se cada um à sua sorte, não se queixará dela.

Acudi-me, cachopas, que já tenho botas.

Adão vivia no paraíso porque não tinha sogra.

Adeus, Anica, se o teu galo canta, o meu repenica.

Adeus, minhas encomendas.

Adiar até o dia de São Nunca, à tarde.

Adivinha quem te deu.

Adivinhar, adivinhar, tome o demo quem não acertar.

Adivinhar é bom, mas saber ainda é melhor.

Adivinhar é errar.

Adivinhar é proibido.

Adoram-se os altares por causa dos santos.

Adquire fama e deita-te a dormir.

Adquirir e poupar, eis o verdadeiro segredo para converter o chumbo em ouro.

Aduba as terras, verás como medras.

Adular não é meio de vida, mas ajuda a viver.

Adversário quieto, inimigo dobrado.

Afaga a tua galinha para que te dê galinhos.

Afaga a tua galinha para te parir galinhos.

Afaga a tua galinha para te parir pintos.

Afanar, afanar, e nunca medrar.

Afastamento, esquecimento.

Afeição cega a razão.

Afeita um cepo, parecerá mancebo.

Aferrar-se com unhas e dentes.

Afinar a rabeca à custa do próximo.

Afoga-se mais gente em vinho do que em água.

Afogar-se em pingo d'água.

Afogar-se em qualquer água, é embaraçar-se com qualquer dificuldade.

Afogar-se num copo d'água.

Afronta muitos, quem ameaça um.

Afrontar a morte para viver na história, é baratear a vida por um pingo de tinta.

Afrouxar a corda.

Agarrar com unhas e dentes.

Agarram-se os pássaros pelo bico e os homens pela língua.

Age depressa, se desejas acertar; mas pensa devagar.

Agora dá pão e mel; depois dará pão e fel.

Agora dá pão e mel; depois dará pau e fel.

Agora de pobre bispo, pobre serviço.

Agora é tarde, Inês é morta.

Agora, frades, agora, que o guardião está fora.

Agora lhe lembra a morte de João Grande.

Agora, peguem-no pelo rabo.

Agora, que tenho ovelha e borrego, todos me dizem: Deus te salve, Pedro.

Agora, que tenho ovelha e borrego, todos me dizem: Venhais embora, Pedro.

Agora seja o que Deus quiser.

Agosto, mês de desgosto.

Agouros, nem crê-los nem experimentá-los.

Agradecimentos, vizinhos, que quereis bem a meus filhos.

Agrado é que demora viagem.

Água ao melro, que lhe seca o bico.

Água cansada prados acha.

Água colhe em joeira, quem se crê de ligeira.

Água corrente esterco não consente.

Água corrente não mata a gente.

Água dá, água o leva.

Água da massa é que farta a casa.

Água danificada, fervida e coada.

Água danificada, fervida ou coada.

Água de mina ou de nascente, fresca de verão e no inverno quente.

Água de morro abaixo, fogo de morro acima, e gravidez, é muito difícil parar no meio.

Água de morro abaixo, fogo de morro acima, e mulher quando quer dar, ninguém segura.

Água de serra é sombra de pedra.

Água de trovão cala até o chão.

Água de trovão, em parte dá, em parte não.

Água de trovão, em partes dá, em partes não.

Água de trovão numa parte dá e noutra não.

Água de trovão, numa parte dá, noutra não.

Água detida, má para a bebida.

Água distante não apaga fogo vizinho.

Água e conselho, só se dá a quem pede.

Água e conselhos só se dão a quem os pede.

Água é fria, mas mais é quem com ela convida.

Água e lenha, cada dia venha.

Água e lenha, todo dia venha.

Água e pão, comida de cão.

Água e pão de corrida se vão.

Água e pão, jantar de cão.

Água e vento são meio sustento.

Água em palha é difícil de achar.

Água fervida tem mão na vida.

Água fria e pão quente nunca fizeram bom ventre.

Água fria não escalda pirão.

Água fria sarna cria.

Água fria sarna cria; água quente, nem a são nem a doente.

Água fria sarna cria, e água roxa sarna escoxa.

Água leva a seu moinho.

Água má, fervida e coada.

Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

Água mole em pedra dura tanto dá até que a fura.

Água morro abaixo, fogo morro acima e mulher devassa não têm jeito.

Água não quebra osso.

Água não tem cabelo.

Água o dá, água o leva.

Água o deu, água o levou.

Água parada fede.

Água parada não mata nada.

Água parada não move moinho.

Água passada não toca monjolo.

Água por morro abaixo e fogo por morro acima.

Água que deres a teu senhor, não a olhes ao sol.

Água que não hás de beber, deixa-a correr.

Água que veja o sol; sem cor, sem cheiro e sem sabor.

Água quente, nem a são nem a doente.

Água salobra na terra seca é doce.

Água quente, saúde para o ventre.

Água silenciosa, a mais perigosa.

Água sobre água, nem suja, nem lava.

Água sobre mel, sabe mal e não faz bem.

Água suja também lava.

Água vertida não é toda colhida.

Águas calmas são profundas.

Águas passadas não movem engenho.

Águas passadas não movem moinho.

Águas passadas não movem moinhos.

Águas profundas são tranqüilas.

Águas quietas são profundas.

Águas tranqüilas, águas profundas.

Águia não pilha moscas nem moscardos.

Águias não caçam moscas.

Águias não pegam moscas.

Agulha em palha difícil é de achar.

Agulha em palheiro é difícil de achar.

Agulha sem fundo não arrasta linha.

Ai, Cristo, olhai para isto!

Aí é que a porca torce o rabo.

Aí te dói, aí te darei.

Aí tem gato.

Aí tem gato escondido.

Aí torce a porca o rabo.

Ainda agora comem pão da boda.

Ainda bem não põe o pé, e logo faz pegada.

Ainda cheira a cueiros.

Ainda cheira aos cueiros em que nasceu.

Ainda contra ti, jamais faltes à verdade.

Ainda Deus está onde estava.

Ainda está para nascer o que agrada a todos.

Ainda está para nascer, quem de ovelhas há de entender.

Ainda estas lamas hão de ser pó.

Ainda João Vaz tem besta, não deixou de lhe apontar à testa.

Ainda João Vaz tem besta, não deixou de lhe dar na cabeça.

Ainda mesmo contra ti, não faltes à verdade.

Ainda não comi ovo de sua galinha.

Ainda não deu meio-dia em São Paulo.

Ainda não é nascida e já espirra.

Ainda não está na cabaça e já é vinagre.

Ainda não me tiveste o pé a ferrar.

Ainda não montamos, já cavalgamos.

Ainda não saiu do á-bê-cê.

Ainda não saiu dos cueiros.

Ainda não se acabou o dia de hoje.

Ainda não selamos e já cavalgamos.

Ainda não tem cueiro e já quer ter calças.

Ainda não vi as cruzes do dinheiro.

Ainda nem morto e já esfolado.

Ainda o mundo não se acabou.

Ainda que a garça vá alta, o falcão a mata.

Ainda que a garça voe alta, o falcão a mata.

Ainda que a garça voe alto, o falcão a mata.

Ainda que a malícia escurece a verdade, não a pode apagar.

Ainda que a malícia escurece a verdade, não a pode apanhar.

Ainda que a moça é tosca, bem vê ela a mosca.

Ainda que a traição agrade, o traidor sempre aborrece.

Ainda que doce seja o mel, a mordidela da abelha é cruel.

Ainda que enterrem a verdade, a virtude não se sepulta.

Ainda que enterrem a verdade, não sepultam a virtude.

Ainda que entres na vinha e voltes o gibão, se não trabalhares, não te darão pão.

Ainda que estejas mal com tua mulher, não é bom conselho cortar o aparelho.

Ainda que estejas mal com tua mulher, não é bom conselho cortares o aparelho.

Ainda que estejas mal com tua mulher, não é bom conselho que cortes o aparelho.

Ainda que mude a pele a raposa, seu natural não despoja.

Ainda que mude a pele a raposa, seu natural nunca despoja.

Ainda que na desgraça, jamais te humilhes.

Ainda que não falemos, bem nos queremos.

Ainda que não leiamos pelos livros, também somos gente.

Ainda que não nos falemos, bem nos queremos.

Ainda que negro é, alma tem, honra e fé.

Ainda que negros somos, gente somos, alma temos.

Ainda que no pobre haja fingimento, a esmola não perde o merecimento.

Ainda que o galo não cante, a manhã sempre rompe.

Ainda que o galo deixe de cantar, as manhãs sempre aparecem.

Ainda que seja doce o mel, a picada da abelha é cruel.

Ainda que sejas prudente e velho, não desprezes conselho.

Ainda que sejas prudente e velho, nunca desprezes o bom conselho.

Ainda que somos negros, gente somos e alma temos.

Ainda que sou tosca, bem vejo a mosca.

Ainda que teu amigo seja de mel, não o lambas tu.

Ainda que teu sabujo é manso, não o mordas no beiço.

Ainda que vistas a mona de seda, mona se queda.

Ainda tem muitas noites que dormir fora.

Ainda temos muito que ver.

Ajoelhou, tem que rezar.

Ajuda a Deus, e ele te ajudará.

Ajuda a Deus, que ele te ajudará.

Ajuda demais atrapalha.

Ajuda-te, e o céu te ajudará.

Ajuda-te, que Deus te ajudará.

Ajude-me Deus com o que é meu.

Ajude-o Deus, não caia no atoleiro.

Ajuntam-se uns para outros.

Ajuntaram-se três para o peso de seis.

Al cuida o baio e al quem o sela.

Al cuida o bailo e al quem o sela.

Al é vê-la e al tratá-la.

Alazão, ou muito bom, ou muito ladrão.

Alazão tostado, antes morto que cansado.

Albarda nova em burro velho, matadura pela certa.

Albarda-se o burro à vontade do dono.

Albarde-se o burro à vontade do dono.

Alcaide, busca-me aqui alguém?

Alcaide de campo, coxo ou manco.

Alcaide em andar e moinho em moer ganham de comer.

Alcaide em mandar, moinho em moer, sempre ganham que comer.

Alcaide sem alma, ladrões à praça.

Alcança quem não cansa.

Alcança quem não se cansa.

Aldeã é a galinha, e come-a o de Coimbra.

Aldeã é a galinha e vai à mesa da rainha.

Alegria de pobre dura pouco.

Alegria de urubu é carniça.

Alegria, entrudo, que amanhã será cinza.

Alegria não pode ser tamanha, que achar gente vizinha em terra estranha [Camões].

Alegria secreta, candeia morta.

Além de queda, coice.

Além ou aquém, sempre vejas com quem.

Alentejanos, algárvios e cães de caça, é tudo da mesma raça.

Alfaiate de encruzilhada põe as linhas de sua casa.

Alfaiate de encruzilhada, que põe as linhas de sua casa.

Alfaiate mal vestido, sapateiro mal calçado.

Alfaiate pobre, a agulha se lhe dobra.

Algo temos de fazer para embranquecer.

Alguazil em andar e moinho em moer ganham de comer.

Alguém sempre precisa de alguém.

Algum dia a minha pereira dará peras.

Algum dia fomos gente.

Algum dia a minha pereirinha terá peras.

Algum dia será festa da nossa terra.

Alguma coisa se há de sofrer, para embranquecer.

Alguma hora a minha pereira terá peras.

Alguma hora dareis duas voltas à orelha e não deitarás sangue.

Alguma hora gato comerá pepino.

Alho e pimenta, o fastio ausenta.

Alho e vinho puro levam a porto seguro.

Alma corrupta tudo faz de sua qualidade.

Alma e corpo deu ao demo.

Alma enamorada de pouco é ensombrada.

Alma namorada de pouco é assombrada.

Alma que vai e não volta.

Alma ruim é que faz visagem.

Alma sã em corpo são.

Almoço cedo cria carne e sebo, e tarde, nem sebo nem carne.

Almocreve cavaleiro não ganha dinheiro.

Almocreve cavaleiro, não ganhadeiro.

Almocreve cavaleiro nunca é bom ganhadeiro.

Alquimia é provada, ter renda e não gastar nada.

Alquimia é provada, ter renda e não pagar nada.

Alta e baixa aprenderei e, como me tangerem, assim bailarei.

Alta vai a velha na asna.

Altas ou baixas, em abril vêm as páscoas.

Altercar por dá cá aquela palha.

Alto para vau, baixo para barco.

Alto para vau, baixo para barco, ruim para nada.

Alto para vau e baixo para barca.

Alto para vau e baixo para barco.

Alto, vareta, comigo ninguém se meta.

Alvoradas à vila, que berinjelas há no açougue.

Ama a cruz, que ao céu te conduz.

Ama a quem não te ama, andarás carreira vã.

Ama a quem não te ama, responde a quem não te chama, andarás carreira vã.

Ama a quem te ama, responde a quem te chama, andarás carreira chã.

Ama ao bom para que te ame, e ao mau para que não te difame.

Ama com amigo, nem a tenhas, nem a dês a teu amigo.

Ama el-rei a traição e o traidor não.

Ama el-rei a traição, mas o traidor não.

Ama gorda, pouco leite.

Ama-me ou deixa-me!

Ama o próximo como a ti mesmo.

Ama-se a traição, aborrece-se o traidor.

Ama-se a traição e aborrece-se o traidor.

Ama-se bem quando de amor se morre.

Ama-se bem, quando se morre de amor.

Ama-se o liberal para o desfrutar.

Ama teu vizinho, mas não derrubes a tua cerca.

Amanhã, amanhã, o carneiro perdeu a lã.

Amanhã é outro dia.

Amanhã nem sempre é o dia que se espera.

Amanhã o carneiro perdeu a lã.

Amanhã será outro dia.

Amanhã também é dia.

Amanhecerá, far-nos-á Deus mercê.

Amanse sua sanha quem por si mesmo se engana.

Amante frio, mofino sem saber.

Amar e reinar, nunca dois a par.

Amar e saber não pode ser.

Amar e saber só a Deus se concede.

Amar e saber só a Deus pode ser.

Amar é sofrer.

Amar é viver duas vezes.

Amar sem ser amado é ser desventurado.

Amarelo, salgado, cru e mau, chama o povo ao bacalhau.

Amarga sempre o não, por mais que o confeites.

Amargo como fel.

Amarra o burro à vontade do dono.

Amarra-se o burro à vontade do dono.

Amarra-se o burro como o dono manda.

Amarra-se o burro onde o dono manda.

Amarra-se o jegue onde o dono manda.

Ameaça muitos, quem afronta um.

Amiga e bom amigo mais agüentam que bom lenho.

Amigado com fé casado é.

Amigo a gente escolhe, parente a gente atura.

Amigo a pedir, inimigo a restituir.

Amigo, amigo, de longe te trouxe um figo; assim que te vi, eu o comi.

Amigo anojado, inimigo dobrado.

Amigo anojado, não mais consertado.

Amigo até a bolsa.

Amigo até o altar.

Amigo certo conhece-se na fortuna incerta.

Amigo certo conhece-se na hora incerta.

Amigo, como a cabra, do cutelo.

Amigo de aldeia, teu seja.

Amigo de bom tempo muda-se com o vento.

Amigo de Deus, inimigo do padre.

Amigo de mesa não é de firmeza.

Amigo de meu amigo meu amigo é.

Amigo de seu proveito.

Amigo de todos, amigo de nenhum.

Amigo de todos, amigo de nenhum, tudo é um.

Amigo de todos, amigo de ninguém.

Amigo de todos, e ainda mais da verdade.

Amigo de todos, e da verdade mais.

Amigo de todos e de nenhum, tudo é um.

Amigo de todos iguais, e da verdade mais.

Amigo de um, inimigo de nenhum.

Amigo diligente é melhor que parente.

Amigo disfarçado, inimigo dobrado.

Amigo do meu amigo meu amigo é.

Amigo do meu compadre, mas mais da verdade.

Amigo do meu compadre, porém mais da verdade.

Amigo do peito, tormento sem jeito.

Amigo é para essas coisas.

Amigo fiel e prudente é melhor que parente.

Amigo fingido, conhecê-lo-ás no arruído.

Amigo irado, inimigo dobrado.

Amigo não empata amigo.

Amigo que esquecemos vivo, está morto.

Amigo que fala verdade, é espelho da alma.

Amigo que não presta e faca que não corta, que se percam, pouco importa.

Amigo que não serve e faca que não corta, que se perca, pouco importa.

Amigo que não valha e faca que não talha, não me dá migalha.

Amigo que pede, inimigo que devolve.

Amigo quebrado soldará, mas não sarará.

Amigo reconciliado, inimigo dobrado.

Amigo reconciliada, nunca dele bom bocado.

Amigo remendado, café requentado.

Amigo só de beijo-vo-las-mãos.

Amigo só de chapéu.

Amigo velho é o melhor espelho.

Amigo velho é parente.

Amigo velho mais vale que dinheiro.

Amigo velho vale mais que dinheiro.

Amigo, vinho e café, o mais antigo.

Amigo, vinho e café, o mais antigo melhor é.

Amigos, amigos, negócios à parte.

Amigos, amigos, no tempo dos figos.

Amigos até onde não se ofenda a religião.

Amigos de bom tempo mudam-se com o vento.

Amigos de longe, contas de perto.

Amigos de todos, e ainda mais da verdade.

Amigos dos meus amigos, meus amigos são.

Amigos e mulas falecem a duras.

Amigos e livros, poucos e bons.

Amigos e pichéis de vinho, tudo acaba.

Amigos, nem muitos, nem nenhum.

Amigos, poucos e bons.

Amigos que desaparecem, esquecem.

Amigos que o lembrem, ricos que o abonem.

Amigos que pelejam sobre um pedaço de pão de centeio, ou a fome é grande, ou o amor é pequeno.

Amigos que se desavêm por um pão de centeio, ou a fome é muita, ou o amor, pequeno.

Amigos reconciliados, inimigos disfarçados.

Amigos são aqueles que não te invejam.

Amigos só de beijo-vo-las mãos.

Amizade de genro, sol de inverno.

Amizade de sogra e nora, só dos dentes para fora.

Amizade de um dia, recordação de um minuto.

Amizade é como o vinho: quanto mais velha, melhor.

Amizade que pode envelhecer, não deve morrer.

Amizade quebrada pode soldar, mas não há de sarar.

Amizade reconciliada, chaga mal cicatrizada.

Amizade reconciliada, chaga mal fechada.

Amizade remendada, café requentado.

Amo impertinente faz criado desobediente.

Amor adquirido a pau nunca é bom, sempre é mau.

Amor adquirido a pau sempre é mau.

Amor, amor: princípio mau e fim pior.

Amor antigo não enferruja.

Amor antigo não enferruja, e, se enferrujar, limpa-se.

Amor apaixonado não admite arrazoado.

Amor ausente, amor para sempre.

Amor com amor se paga.

Amor com amor se paga, e com desdém se apaga.

Amor com dor se paga.

Amor de amos e água em cesto, entra tarde e sai presto.

Amor de asno é coice e dentada.

Amor de asno entra a coices e bocados.

Amor de asno entra a coices e dentadas.

Amor de asno entra a coices, sai a dentadas.

Amor de bugios, que mata os filhos pelos apertar muito.

Amor de irmão, amor em vão.

Amor de menino, água em cestinho.

Amor de menino, amor pequenino.

Amor de mulher, amor de cão, nada vale, se nada lhe dão.

Amor de mulher e festa de cão, afagos são sempre para bolsa ou para mão.

Amor de mulher e festa de cão só atentam para a mão.

Amor de mulher e festa de cão só olham para a mão.

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