PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
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A8
Ao médico e ao abade fale-se sempre a verdade.
Ao médico, confessor e ao letrado, não os tenhas enganados.
Ao médico, confessor e letrado, não o tenhas enganado.
Ao medo sobejam olhos.
Ao meio-dia, ou carrega, ou alivia.
Ao melhor amigo, o melhor tiro.
Ao melhor galgo escapa a lebre.
Ao melhor letrado cai a pena.
Ao menino e ao borracho mete Deus a mão por baixo.
Ao menino e ao borracho põe Jesus a mão por baixo.
Ao menino e ao borracho, põe-lhes Deus a mão por baixo.
Ao menos, entendo que entendo.
Ao mentiroso convém ter boa memória.
Ao mentiroso não se guarda verdade.
Ao mentiroso não vale verdade falar.
Ao mestre, a reverência, e aproveita sua experiência.
Ao meu inimigo livre Deus de pleitos, e a mim, dele e deles.
Ao moço e ao galo, um ano.
Ao moço mal mandado, pôr-lhe a mesa e mandá-lo ao recado.
Ao moinho vai a água.
Ao nascermos, começamos a morrer.
Ao olho doente até a luz incomoda.
Ao pé da letra.
Ao pé da silveira padece a videira.
Ao pé de tomateiros não há maus cozinheiros.
Ao pé do feto não busques tâmaras.
Ao pecado velho, penitência nova.
Ao peixe fresco, gasta-o cedo, e havendo tua filha crescido, dá-lhe marido.
Ao pequeno passarinho, pequeno ninho.
Ao perdido, perder-lhe o sentido.
Ao perigo, com tento, e ao remédio, com tempo.
Ao pobre até os cães latem.
Ao pobre, até os cães lhe mijam nas botas.
Ao pobre, até os cães lhe mijam nas pernas.
Ao pobre e ao nogal todos fazem mal.
Ao pobre é proveitoso acompanhar com o poderoso.
Ao pobre falta muito; ao avarento, tudo.
Ao pobre não é proveitoso acompanhar o poderoso.
Ao pobre não prometas, e ao rico não faltes.
Ao pobre o ouro se transforma em cobre.
Ao porco e ao genro, mostra-lhe a casa, e virá cedo.
Ao primeiro canto do galo fugiu a mulher do Gonçalo.
Ao que comer demais, abre-lhe o garfo a cova.
Ao que erra, perdoa-lhe uma vez, mas não três.
Ao que está feito, remédio; ao por fazer, conselho.
Ao que faz mal, nunca lhe faltam achaques.
Ao que faz mal, nunca lhe faltarão achaques.
Ao que mal vive, o medo o persegue.
Ao que muitos burros toca, sempre algum lhe fica atrás.
Ao que não é leal no pouco não confies o muito.
Ao que vai à adega, por vez se lhe conta, beba ou não beba.
Ao quinto dia verás que mês terás.
Ao rei pertence usar de franqueza, pois tem por certo não cair em pobreza.
Ao revés a vestir, ande-se assim.
Ao rico, crescem-lhe os bois.
Ao rico não devas, e ao pobre não prometas.
Ao rico mil amigos se deparam; ao pobre, seus irmãos o desamparam.
Ao rico, sobejam-lhe os amigos.
Ao ruim falta pousada, quer fora, quer em casa.
Ao ruim, não há mal que lhe chegue.
Ao ruim não há ruim e meio.
Ao ruim, quanto mais lhe rogam, mais se estende.
Ao ruim, ruim e meio.
Ao sábado à noite, Maria dá cá a roca.
Ao servo mais vale obedecer ao senhor que dar-lhe conselho.
Ao servo mau convém punição e ao bom, bom galardão.
Ao terceiro dia, maior dor na ferida.
Ao teu amigo, se te guarda puridade, dize-lhe a verdade.
Ao teu criado não fartes de pão, não pedirá queijo.
Ao trabalho, a riqueza; a miséria à preguiça.
Ao velho, muda-lhe o ar, vê-lo-ás acabar.
Ao velho recém-casado, rezar-lhe por finado.
Ao vencedor, as batatas.
Ao verão, taverneira; ao inverno, padeira.
Ao vilão dá-se-lhe um pé, e toma-nos a mão.
Ao vilão dá-se o pé, ele quer a mão.
Ao vilão, dão-lhe o pé e toma a mão.
Ao vilão, se deres o pé, tomar-te-á a mão.
Ao vivo tudo falta, e ao morto tudo sobra.
Aonde a galinha tem os olhos, tem os ovos.
Aonde a galinha tem os ovos, lá se lhe vão os olhos.
Aonde a razão não se ouve, doido é quem não se cala.
Aonde a vaca vai, o boi vai atrás.
Aonde alhos há, vinho haverá.
Aonde as dão, aí se fazem.
Aonde as dão, aí se pagam.
Aonde está o galo, não canta a galinha.
Aonde está o papa, aí é Roma.
Aonde falta o poder, ninguém pode responder.
Aonde força não há, direito se perde.
Aonde fores ter, farás como vires fazer.
Aonde há bom saber, poucas vezes há que repreender.
Aonde há duas vontades, não pode haver união.
Aonde há filhos, nem parentes, nem amigos.
Aonde há vontade, não voga a razão.
Aonde irá o boi que não lavra?
Aonde irá o boi que não lavra, pois que sabe?
Aonde irá o boi que não lavre, pois que sabe?
Aonde me vai bem, aí tenho pai e mãe.
Aonde não chega o homem, chega o grito.
Aonde não há virtude, não há honra.
Aonde o amo fala, tudo cala.
Aonde o ouro fala, tudo cala.
Aonde perdeste a capa, aí a cata.
Aonde perdeste a capa, daí te guarda.
Aonde quer que vás, como vires fazer, farás.
Aonde se dão estocadas, aí se apanham.
Aonde se fazem, aí se pagam.
Aonde se quebrou o pote, aí procura a rodilha.
Aonde te conhecem, honra te fazem.
Aonde te querem muito, não vás a miúdo.
Aonde vai a inclinação, aí vai a sentença.
Aonde vai o ferro, vai a ferrugem.
Aonde vais mal? Aonde há mais mal.
Aos afortunados até os galos põem ovos.
Aos bobos aparece Santa Maria.
Aos cavalos e às mulheres, é guardá-los de alugueres.
Aos empurrões não há composições.
Aos homens dar a comer, não dar a saber.
Aos lobos aparece Santa Maria.
Aos mortos e aos ausentes, nem os insultes, nem os atormentes.
Aos mortos, sepultura, e aos vivos, escápula.
Aos mortos, sepultura, e aos vivos, soltura.
Aos olhos da inveja, todo sucesso é crime.
Aos olhos tem a morte, quem no cavalo passa a ponte.
Aos olhos tem a morte quem no corcel passa a ponte.
Aos parvos aparecem os santos.
Aos peixes não se ensina a nadar.
Aos pobres até os cães ladram.
Aos que dormem descansados, dormem os cuidados.
Aos que não sabem, tudo lhes é danoso.
Aos seis assenta, aos sete adenta, ao ano andante, aos dois falante.
Aos quarenta, ou vai ou arrebenta.
Aos trinta anos, quem não é tolo, é médico.
Aos vinte anos, cabeça louca; aos trinta, riqueza pouca.
Aos vinte anos, cabeça oca; aos trinta, riqueza pouca.
Apagar o fogo com azeite.
Apanha a ocasião por um cabelo.
Apanha com cajado, quem se mete onde não é chamado.
Apanhador de cinza, derramador de farinha.
Apanhar a cinza e derramar a farinha.
Apanhei-te, cavaquinho!
Apartamento, esquecimento.
Apenas a águia pode olhar para o sol.
Apenas nascemos, choramos, e cada dia nos diz o porquê.
Apenas tens de arranhar um homem para encontrar o animal.
Apertar os parafusos.
Aponta para o alto e acertarás no alvo.
Após a pena vem o prazer, e após o prazer vem a pena.
Após a tempestade, a bonança.
Após a tempestade vêm os dias serenos.
Após o prazer vem a pena.
Após o riso, o pranto.
Após o temporal vem a bonança.
Após uma mentira, vem outra ainda maior.
Apregoa vinho e vende vinagre.
Aprende alta e baixa e, como te tangerem, assim dança.
Aprende chorando, e rirás ganhando.
Aprende e saberás.
Aprende e serás mestre.
Aprende na cabeça alheia, antes que os outros venham aprender na tua.
Aprende por alto e irás por diante.
Aprende por arte e irás por diante.
Aprende, pratica e serás mestre.
Aprende-se até morrer.
Aprender à sua custa.
Aprender até morrer.
Aprender em cabeça alheia.
Aprender com o exemplo do vizinho.
Aprendiz de muitos ofícios não chega a mestre em nenhum deles.
Apressado come cru.
Apressado come cru, e atrasado não come.
Aproveita, enquanto o Brás é tesoureiro.
Aproveita, enquanto o cavalo é alheio e o estribo é nosso.
Aproveita, jacaré, que a lagoa há de secar.
Aproveita-te do que diz o velho, e valerá por dois o teu conselho.
Aproveita-te do que diz o velho, e valerá por dois teu voto em conselho.
Aproveita-te do que diz o velho, e valerá por dois o teu conselho.
Aproveita-te, enquanto for tempo.
Aproveitador de farelos, esperdiçador de farinha.
Aproveitar das hóstias, enquanto o Brás é tesoureiro.
Aproveitar os farelos e esperdiçar a farinha.
Aproveitas a outros e a ti esperdiças.
Aquela ave é má, que em seu ninho suja.
Aquela é bem casada, que não tem sogra nem cunhada.
Aquela é boa e honrada, que está viúva sepultada.
Aquela é casta, que não foi rogada.
Aquela há de chorar, que teve bem e veio a mal.
Aquele andará pelas calejas, que não há igual renda com as despesas.
Aquele é da razão alheio, que de sábio despreza o conselho.
Aquele é teu amigo, que te tira do arruído.
Aquele há de chorar, que teve bem e veio a mal.
Aquele louvar devemos cujo pão comemos.
Aquele não faz pouco, que deita seu mal a outro.
Aquele perde renda, que não tem venda.
Aquele que agradasse a todos, morreu antes de nascer.
Aquele que aprende a ler no rosto dos homens, raras vezes se engana.
Aquele que conta dez amigos, não tem um.
Aquele que debaixo da árvore se colhe, arrisca-se a que duas vezes se molhe.
Aquele que despreza a sua vida, é senhor da nossa.
Aquele que despreza o moinho, despreza a farinha.
Aquele que empresta, suas barbas meça.
Aquele que gosta de ser adulado é cúmplice do adulador.
Aquele que más manhas há, tarde ou nunca as perderá.
Aquele que muito viveu, sabe menos que o que muito viu.
Aquele que não admira nada, não oferece nada a admirar.
Aquele que não evita o vício, fará dele seu suplício.
Aquele que não tem pão, não sustenta cão.
Aquele que não vê lei, deve estar fora da grei.
Aquele que reina sobre si mesmo, exerce um grande poder, e tem um grande império.
Aquele que se acostuma a contrair dívidas, anda com a mentira à garupa.
Aquele que se aproveita do crime, o comete.
Aquele que traz, é sempre bem-vindo.
Aquele te deu, o outro te dará; mal haja quem do seu não há.
Aquele vai mais são, que anda pelo chão.
Aquele vai mui são, que anda pelo chão.
Aquele que vende a honra, recebe a infâmia.
Aqueles que escrevem como falam, ainda que falem bem, escrevem mal.
Aqueles que sabem muito, admiram pouco; os que sabem pouco, admiram muito.
Aqueles que semeiam em lágrimas, colherão em alegria.
Aqueles são ricos, que têm amigos.
Aquém ou além, veja eu sempre com quem.
Aquentar a água para outro tomar mate.
Aqui a porca torce o rabo.
Aqui anda mouro na costa.
Aqui assenta bem o rifão.
Aqui é que a porca torce o rabo.
Aqui é que a roda pega.
Aqui é que está o busílis.
Aqui está a chave do fogo.
Aqui está a conta dos ovos.
Aqui está o busílis.
Aqui há dente de coelho.
Aqui há gato.
Aqui há gato escondido.
Aqui há gato escondido com o rabo de fora.
Aqui para nós e para o padre que nos confessa.
Aqui para nós, que ninguém nos ouça.
Aqui se faz, aqui se paga.
Aqui se fia muito fino.
Aqui se pagam elas.
Aqui se rematam as contas.
Aqui se vê o filho do homem.
Aqui torce a porca o rabo.
Aquilo com que se compram os melões.
Aquilo que não se pode dizer, não se deve fazer.
Aquilo que não tens de comer, deixa-o cozer.
Aquilo que sabe bem, ou é pecado, ou faz mal.
Aquilo que se começou, está meio feito.
Aquilo que se vê do homem, não é o homem.
Aquilo que sucedeu, não evitas tu, nem eu.
Ara com os bois, semeia com as vacas.
Aramos, disse a mosca ao boi.
Aranha matutina envenena a sina.
Aranha, quem te arranhou? Outra aranha.
Aranha, quem te arranhou? Outra aranha como eu.
Araruta também tem seu dia de mingau.
Araruta tem seu dia de mingau.
Arca aberta, o justo peca.
Arco-da-velha por água espera.
Arco muito retesado é arco quebrado.
Arco sempre armado, ou frouxo, ou quebrado.
Arde mais a lenha verde que pedras enxutas.
Arde o fogo segundo a lenha do bosque.
Arde o verde pelo seco.
Arde o verde pelo seco, e paga o justo pelo pecador.
Ares que limpam de noite e em mulher de outrem, não há que fiar.
Arganéu de ouro em focinho de porco.
Arma com que te defendes, não a emprestes a teu inimigo.
Arma-te de longe, chega-te de perto, farás tiro certo.
Arrancai a máscara ao demo.
Arranhado, quem te arranhou? Outro arranhado como eu.
Arranhado, quem te arranhou? Outro arranhador como eu.
Arranhai o russo e descobrireis o cossaco.
Arranjar lenha para se queimar.
Arre cá, orelhudo, diz o asno ao burro.
Arreda, orelhudo, diz o asno ao burro.
Arreganha o dente, quem é valente.
Arreganha-te, castanha, que amanhã é o teu dia.
Arrenda a vinha e o pomar, se os queres desgraçar.
Arrenegai do amante que não ousa tudo.
Arrenegai do homem a quem a experiência não ensina.
Arrenegai do homem de muitos barretes.
Arrenegai do velho que não adivinha.
Arrenego da árvore em que a fruta se colhe a pau.
Arrenego da besta que de inverno quer sesta.
Arrenego da terra onde o juiz leva o escrivão à cadeia.
Arrenego da tijelinha de ouro em que hei de cuspir sangue.
Arrenego de contas com parentes e de dívidas com ausentes.
Arrenego de grilhões, ainda que sejam de ouro.
Arrenego de senhoras que são daqui o tomam e dali o deixam.
Arrenego de tijelinha de ouro em que hei de cuspir sangue.
Arrenego de velho que não adivinha.
Arrenego do amigo que come o meu comigo e o seu consigo.
Arrenego do amigo que come o seu só e o meu comigo.
Arrenego do amigo que encobre o meu perigo.
Arrenego do amigo que me encobre o perigo.
Arrenego do homem de muitos barretes.
Arriar a bandeira.
Arrieiro no tarde chora por arrieiro, nanja por cavaleiro.
Arrieiro perdido, atafais de seda.
Arrieiros somos, na estrada andemos, e algum dia nos encontraremos.
Arrima-te aos bons, serás um deles; chega-te aos maus, far-te-ás pior do que eles.
Arrobas não são quintais, nem as coisas são iguais.
Arroupa-te, que secas.
Arroupa-te, que suas.
Arroz bem guisado, mas bem repousado.
Arroz para a música, bacalhau para o pregador.
Arrufos de namorados são amores dobrados.
Arrufos de namorados são amores renovados.
Arrufos de namorados são namoros dobrados.
Arruído, arruído, deu a mulher no marido.
Arte de agradar, arte de enganar.
Árvore mudada, árvore matada.
Árvore que não dá fruto, machado nela.
Árvore ruim não dá boa sombra.
Árvore ruim não dá bom fruto.
Árvore velha não é fácil de arrancar.
Árvore velha não se muda.
Árvore velha não se transplanta.
As abstrações matam o sentimento.
As ações dizem mais que as palavras.
As ações são mais sinceras que as palavras.
As águas correm para o mar.
As águas correm todas para o mar.
As águas descem ao mar, e todas as coisas ao seu natural.
As águias não caçam moscas.
As águias não dão pombos.
As águias não produzem pombos.
As aparências enganam.
As aparências iludem.
As armas são volúveis.
As árvores escondem a floresta.
As bebidas fortes fazem os homens fracos.
As belas palavras têm muita força e custam pouco.
As boas contas fazem os bons amigos.
As boas essências estão nos pequenos frascos.
As boas maneiras são a melhor carta de recomendação.
As boas maneiras tudo vencem.
As boas novas, a todo tempo; as más, pela manhã.
As boas palavras custam pouco e valem muito.
As cabeças frias governam as cabeças ardentes.
As cadelas apressadas parem cães tortos.
As cãs afugentam o amor.
As ciências têm raízes amargas, porém os frutos são doces.
As coisas árduas e lustrosas se alcançam com trabalho e fadiga.
As coisas devem chamar-se pelos nomes.
As coisas levam-se por vontade, e não às pancadas.
As coisas não caem do céu.
As coisas não são como são, mas como a gente as vê.
As coisas não são como são, mas como nós vemos.
As coisas não valem senão o que se fazem valer.
As coisas nunca saem do jeito que a gente pensa.
As coisas querem-se com tempo, peso e medida.
As coisas são como são, e não como a gente queria que fossem.
As coisas são como são, e não como o gato as quer.
As coisas são como são, e não como parecem.
As contas fazem-se no fim.
As costas e a barriga não se podem trocar.
As costas são o fiador da boca.
As crianças e os loucos dizem a verdade.
As dádivas aplacam os homens e os deuses.
As damas ao desdém parecem bem.
Às dez, mete na cama os pés.
As enfermidades vêm a cavalo e retiram-se a pé.
As estrelas luzem no meio das trevas, mas, aparecendo o sol, desaparecem.
As feridas da calúnia fecham-se, mas as cicatrizes restam.
As finanças são a pedra angular do poder dos estados.
As finanças são o pulso de um império.
As flores são o hábito da natureza.
As folosas querem dar nos grous.
As fortunas rápidas são as mais suspeitas e as menos sólidas.
As galinhas põem pelo bico, e às mulheres o leite vai-lhes pela boca.
As galinhas prendem-se pelo bico.
As graças perde, quem se detém no que promete.
As grandes alegrias merecem partilha.
As grandes dores são mudas.
As guardas do reino são amor e medo.
As guerras civis podem ser consideradas como suicídios nacionais.
As guerras começam pela ambição dos príncipes e findam pela desgraça dos povos.
As honras são falsos pesos com que os monarcas estipulam o preço corrente dos homens, sem atender ao seu valor intrínseco.
As imaginações exaltadas são contagiosas.
As injúrias são a razão de quem não tem razão.
As injúrias são as razões dos que as não têm.
As lágrimas aliviam.
As lágrimas do herdeiro são um riso disfarçado.
As lágrimas que nos esforçamos de ocultar, são as que mais comovem.
As lágrimas são a muda linguagem da dor.
As lágrimas são o melhor consolo.
As lágrimas são os melhores memoriais das mulheres.
As leis inúteis enfraquecem as leis necessárias.
As leis são as soberanas dos soberanos.
As leis se complicam, quando se multiplicam.
As letras não despontam as lanças.
As madrastas, o diabo que as arraste.
As mais caras essências guardam-se nos menores frascos.
As mais feias que todas, umas e outras fazem as bodas.
As mais feias se querem louvadas.
As mais lindas cabeças raras vezes são das mulheres.
As malícias se entendem com a razão, e as virtudes, com a vontade.
As manhas do cavalo, só as sabe seu dono.
As manhas do cavalo só o dono conhece.
As mãos no pandeiro, e em al o pensamento.
As más notícias chegam depressa.
As más notícias espalham-se rapidamente.
As más notícias são sempre verdadeiras.
As más notícias voam.
As más novas logo soam.
As máximas são como os algarismos que compreendem grandes valores em poucas letras.
As melhores essências estão nos menores frascos.
As migas como as formigas.
Às mil maravilhas.
As moscas apanham-se com mel.
As moscas magras são as mais impertinentes.
As moscas magras são as mais importunas.
As moscas são sempre as mesmas.
As mulheres onde estão, sobejam, e onde não estão, faltam.
As mulheres perdidas são as mais procuradas.
As mulheres sempre são melhores para o ano que vem.
As mulheres têm a seu mandar as lágrimas, para chorarem quando e quanto quiserem.
As necessidades unem, as opiniões separam.
As nossas cabeças amadurecem, quando encanecem.
As notícias dianteiras são sempre as mais verdadeiras.
Às nove, deita-te e dorme.
As obras mostram o que cada um é.
As obras mostram quem cada um é.
As ocasiões são difíceis de alcançar e fáceis de perder.
As ofensas se escrevem no bronze; os benefícios, na areia.
As ofensas se escrevem no mármore; os benefícios, na areia.
As paixões impetuosas tornam os homens meninos.
As palavras boas são; as obras serão ou não.
As palavras boas são, assim fora o coração.
As palavras boas são, se assim fosse o coração.
Às palavras loucas fazer as orelhas moucas.
As palavras más corrompem os costumes bons.
As palavras mostram o que cada um é.
As palavras mostram quem cada um é.
As palavras são como as cerejas: atrás duma vêm as outras.
As palavras voam, a escrita fica.
As palavras voam, os escritos ficam.
As palavras voam, os escritos permanecem.
Às pancadinhas se malha o trigo.
As paredes brancas são os papéis dos tolos.
As paredes têm olhos e ouvidos.
As paredes têm ouvidos.
As pequenas economias fazem as grandes fortunas.
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