PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
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A7
Amor, de pai e de mãe, que todo o outro é ar.
Amor, de pai, que todo o outro é ar.
Amor de parente é mais quente.
Amor de pica sempre fica.
Amor de pressa é o maior vagar.
Amor de puta e fogo de murta, luz muito e pouco dura.
Amor de rameira e convite de estalajadeiro, não pode ser que não custe dinheiro.
Amor de rameira e convite de estalajadeiro sempre custam dinheiro.
Amor de rameira, vinho de frasco: pela manhã, bom; à noite, gasto.
Amor de sequeiro, quanto faz, tanto desfaz.
Amor de sequeiro tanto faz, como desfaz.
Amor de velho, ciúmes de novo.
Amor, dinheiro e cuidado, não está dissimulado.
Amor do casado é amor escusado.
Amor do clérico é jogo sem honra.
Amor, do coração, que só da boca, não.
Amor e bexiga, só dá na gente uma vez.
Amor e dinheiro, nada é mais forte.
Amor e dinheiro não querem parceiro.
Amor e medo não se misturam.
Amor e morte, nada é mais forte.
Amor e ódio pervertem o juízo.
Amor é que nem fogo: quando mais abafado, melhor.
Amor e reino, não quer parceiro.
Amor e reino não querem parceiro.
Amor e senhoria, não quer companhia.
Amor e senhoria não querem companhia.
Amor e senhoria não suportam companhia.
Amor é tempo perdido, se não é correspondido.
Amor e tosse a seu dono descobrem.
Amor é vento: vai um, vem cento.
Amor facilmente se perde e dificilmente se adquire.
Amor faz muito; dinheiro faz tudo.
Amor faz muito; dinheiro, tudo.
Amor faz muito, mas dinheiro faz tudo.
Amor faz os bons reis, não medo.
Amor, fogo e tosse a seu dono descobrem.
Amor, fumo e tosse, a seu dono descobre.
Amor louco: eu por ti, e tu por outro.
Amor mostra mil vias de enganar.
Amor muito, que depressa esfria.
Amor muito quente depressa esfria.
Amor não se compra nem se vende.
Amor não tem lei.
Amor no peito é espora à ilharga.
Amor novo trata-se a ovos batidos.
Amor, o primeiro.
Amor palreiro sempre é cobarde.
Amor pede, amizade dá.
Amor primeiro não tem companheiro.
Amor que nasce de súbito, mais tempo leva a curar.
Amor querido, amor batido.
Amor repartido não tem conseqüências de perigo.
Amor sem beijo é como macarrão sem queijo.
Amor sem dinheiro não é bom companheiro.
Amor sem vintém não governa ninguém.
Amor vem quando a gente não espera.
Amor verdadeiro nada teme.
Amor verdadeiro não envelhece.
Amor verdadeiro não sofre coisa encoberta.
Amores arrufados, amores dobrados.
Amores da mocidade prometem mel e dão fel.
Amores de freira, flores de amendoeira, cedo vêm e pouco duram.
Amores e doces com pão são bons.
Amores e dores com pão são bons.
Amores velhos nunca se esquecem.
Amos o dão, servos o choram.
Ancião, trinta moradores e quarenta e um ladrão.
Anda a cabra de roça em roça, como o bocejo de boca em boca.
Anda a raposa aos grilos.
Anda ao gosto do chefe, para seres do seu agrado.
Anda calçado, à custa do senado.
Anda como dromedário.
Anda de teu amo ao sabor, se queres ser bom servidor.
Anda direito, e deixa ladrar.
Anda direito, se queres respeito.
Anda e anda, e nunca transpõe.
Anda em capa de letrado muito asno disfarçado.
Anda-lhe o pé; fia-lhe o dedo.
Anda mão e enfia dedo.
Anda meio mundo a enganar o outro.
Anda meio mundo a enganar outro meio.
Anda o carro adiante dos bois.
Anda o demo às avessas e o carro adiante dos bois.
Anda o homem a trote por ganhar capote.
Anda o mundo às avessas.
Anda o saco atrás do atilho.
Anda o vinho com o azeite.
Anda quente, come pouco, bebe assaz e viverás.
Anda quente, viverás longamente.
Andam as lingüiças atrás dos cães.
Andam juntas em Deus a justiça e a misericórdia.
Andando de dois, encurta caminho.
Andando de dois, se encurta caminho.
Andando ganha a azenha, e não estando queda.
Andando ganha a azenha, que não estando parada.
Andar à caça com furão morto.
Andar a pago não pago não é obra de fidalgo.
Andar a pão emprestado, fome põe.
Andar às moscas.
Andar, andar, corpo a enterrar.
Andar, andar, e ir morrer à beira.
Andar com a pulga atrás da orelha.
Andar com furão morto à caça.
Andar com o tempo.
Andar como a abelha, de flor em flor.
Andar como gato por brasas.
Andar como sapo por alqueive.
Andar confiado, como quem não teme nem deve.
Andar de mal a pior.
Andar de torto em través.
Andar e andar, ir morrer à beira.
Andar em palpos de aranha.
Andar em roda viva.
Andar na corda bamba.
Andar na égua e perguntar por ela.
Andar no cavalo dos frades. (= Andar a pé)
Andar no mundo por ver andar os mais.
Andar o carro adiante dos bois.
Andar o mundo às avessas.
Andar para não inchar.
Andar para trás como caranguejo.
Andar para ver e para saber.
Andar pelo pé do gato.
Andar por onde anda a raposa.
Andar sempre com os cinco sentidos na palma da mão.
Andar sobre brasas.
Andar, ventura até a sepultura.
Andava na égua e perguntava por ela.
Ande eu farto e quente, e ria-se a gente.
Ande eu quente, e ria-se a gente.
Ande eu quente, ria-se a gente.
Andem as mãos, que pintam as uvas.
Anel de ouro em focinho de porco.
Anel de ouro não é para focinho de porco.
Angado pouco, a sábio redondo.
Ânimo confuso não toma pé em gosto.
Ânimo livre não tem o corpo sujeito.
Ânimo nobre é testemunha de si mesmo.
Ânimo vence a guerra, e não arma boa.
Ano bom de pão e vinho.
Ano novo, vida nova.
Antão era anão, curto de perna e mente.
Antão era pastor e guardava gado.
Antão era pastor: guardava ovelhas e tinha um cão sem orelhas.
Ante el-rei cala, ou em coisas aceites fala.
Antes a criança chore que a mãe suspire.
Antes a feia de barriga cheia, que a bonita que de fome grita.
Antes a lã se perca que a ovelha.
Antes a morte que a desonra.
Antes a morte que tal sorte.
Antes a ruim estrada que o ruim companheiro.
Antes almoçar e jantar que dormir sem cear.
Antes anoitecer sem ceia, que acordar com dívidas.
Antes aqui que na farmácia.
Antes asno que me leve, que cavalo que me deixe.
Antes asno ser, que com asno contender.
Antes assim que amortalhado.
Antes barba branca para tua filha que moço de barba partida.
Antes boas palavras sem sentenças que sentenças sem boas palavras.
Antes bom burro que ruim cavalo.
Antes bom rei que boa lei.
Antes bom vagar que ruim pressa.
Antes burro que me leve que cavalo que me derribe.
Antes burro que me leve que cavalo que me derrube.
Antes burro vivo que letrado morto.
Antes burro vivo que sábio morto.
Antes cabeça de gato que rabo de leão.
Antes calar que com doidos altercar.
Antes calar que mal falar.
Antes camonja que cega de todo.
Antes casada arrependida que freira aborrecida.
Antes casar que arder.
Antes causar inveja que dó.
Antes cautela que arrependimento.
Antes cegues que mal vejas.
Antes chapeladas que facadas.
Antes coelho magro no mato, que gordo no prato.
Antes com bons a furtar, que com maus a orar.
Antes com os bons a furtar, que com os maus a orar.
Antes comprar que rogar.
Antes contente do que rico.
Antes coxo que perneta.
Antes da Páscoa vêm os Ramos.
Antes da sopa, molha-se a boca.
Antes dar a inimigos que pedir a amigos.
Antes dar a maus que pedir a bons.
Antes dar a ruins que pedir a bons.
Antes dar aos maus que pedir aos bons.
Antes dar tudo que tenho que dizer tudo que sei.
Antes dar um olho ao diabo que uma mão ao amor.
Antes das festas fazem-se as vésperas.
Antes de casar, arranja casa para morar, terras que lavrar e vinhas que podar.
Antes de casar, passa.
Antes de casar, sara.
Antes de consultar a fantasia, consulta a tua bolsa.
Antes de dar o remédio, toma-se o pulso.
Antes de dar o remédio, tomar o pulso.
Antes de entrar, pensa na saída.
Antes de entrar, pensar na saída.
Antes de escarnecer do coxo, vê bem se andas direito.
Antes de falar, conta até dez.
Antes de falar, põe-te um pouco a pensar.
Antes de feito, conselho, e depois, esforço.
Antes de governar os outros, aprende a governar-te.
Antes de ir para a guerra, reza uma vez; antes de embarcar, reza duas vezes, e antes de casar, reza três.
Antes de mais que de menos.
Antes de matar a onça, não lhe vendas a pele.
Antes de matar a onça, não se faz negócio com o couro.
Antes de matar a onça, não se vende o couro.
Antes de mil anos todos seremos brancos.
Antes de matar a onça, não se faz negócio com o couro.
Antes de morder, vê com atenção se é pedra ou pão.
Antes de se matar a onça, não se faz negócio com o couro.
Antes deitar sem ceia que acordar com dívidas.
Antes deixar a ladrão que pedir a santo.
Antes deixar a maus que pedir a bons.
Antes deixar ao diabo que pedir a Deus.
Antes dentes que parentes.
Antes descoser que romper.
Antes desejado que aborrecido.
Antes dinheiro de cobre que luxo de pobre.
Antes dívida nova que pecado velho.
Antes do morro tem morro.
Antes dobrar que quebrar.
Antes dormir sem ceia que acordar com dívidas.
Antes embebedar que constipar.
Antes errado que mal emendado.
Antes errar com muitos que acertar com poucos.
Antes errar obedecendo que acertar sendo desobediente.
Antes escorregar do pé que da língua.
Antes eu minta que as novidades.
Antes excomunhão de vigário, que bênção de pé de burro.
Antes fanhoso que sem nariz.
Antes fato safado que enodoado.
Antes filha mal casada que bem amancebada.
Antes filha feia que por demais janeleira.
Antes filho de pobre que escravo de rico.
Antes focinho que sem nariz.
Antes forno por vizinho que escudeiro mesquinho.
Antes fuga a tempo que espera.
Antes fuga pronta que má espera.
Antes hoje que amanhã.
Antes homem sem dinheiro que dinheiro sem homem.
Antes inveja que piedade.
Antes invejado que coitado.
Antes invejado que lastimado.
Antes lavrador que Nero.
Antes lazarento escondido no mato que gordo e nédio no papo do gato.
Antes lebre que leão.
Antes levar por engano que deixar por esquecimento.
Antes má estrada que mau companheiro.
Antes magro no mato que gordo no papo do gato.
Antes mar por vizinho que escudeiro mesquinho.
Antes marido feio e laborioso, que bonito e preguiçoso.
Antes marido velho e rico que moço com dois ceitis.
Antes merecer e não ter que ter e não merecer.
Antes minha face com fome amarela do que vergonha nela.
Antes minha face de fome amarela do que com labéu ou vergonha nela.
Antes moreira que amendoeira.
Antes morrer arruinado que viver esfaimado.
Antes morrer honrado que viver desavergonhado.
Antes morte honrada que vida abatida.
Antes morte que má sorte.
Antes morte que vergonha.
Antes morto por ladrão que por coice de asno.
Antes muitos poucos que poucos muitos.
Antes mulher de outro que coice de potro.
Antes na estrada em carro velho do que no mar em navio novo.
Antes nada fazer do que fazer nadas.
Antes não começar que não acabar.
Antes não ser contente que arrependido.
Antes o mar por vizinho do que cavaleiro mesquinho.
Antes o necessário que o útil.
Antes o queria perder que achar.
Antes para nós um baguinho que dois figos para o vizinho.
Antes pardal na mão que perdiz a voar.
Antes pecar que arder.
Antes perder a lã que o carneiro.
Antes perder a vida que a esperança.
Antes perder um amigo que uma boa piada.
Antes perder um bom dito que um amigo.
Antes perderei a soldada que tantos mandados faça.
Antes pobre esfarrapado que rico desonrado.
Antes pobre, mas honrado, do que rico, mas ladrão.
Antes pobre honrado que rico injuriado.
Antes pobre honrado que rico ladrão.
Antes pobre sossegado que rico atrapalhado.
Antes pobreza honrada que riqueza roubada.
Antes podrido que mal comido.
Antes pouco que nada.
Antes que cases, cata o que fazes, que não é nó que desates.
Antes que cases, olha o que fazes.
Antes que cases, olha o que fazes, não te arrases.
Antes que cases, olha o que fazes, que não é nó que desates.
Antes que cases, vê o que fazes.
Antes que cases, vê o que fazes, porque não é nó que desates.
Antes que conheças, não louves nem ofendas.
Antes que conheças, nem louves, nem ofendas.
Antes que entres, pensa na saída.
Antes que escarneças do coxo, vê bem se marchas direito.
Antes que fales, pensa o que fazes.
Antes que fales, vê o que dizes.
Antes que o mal cresça, corta-lhe a cabeça.
Antes que o mal cresça, corta-se a cabeça.
Antes que o mal cresça, corta-se-lhe a cabeça.
Antes que o mal cresça, corte-se-lhe a cabeça.
Antes que proves, não louves, nem reproves.
Antes que vás à igreja, caga e mija.
Antes quebrar que dobrar.
Antes quebrar que torcer.
Antes queria comprar que rogar.
Antes quero asno que me leve e não cavalo fulão.
Antes quero asno que me leve que cavalo que me atire ao chão.
Antes quero asno que me leve que cavalo que me derrube.
Antes quero pão enxuto que tal conduto.
Antes quero rascão folgado.
Antes quero trabalhar que chorar.
Antes quero velho que me honre que moço que me assombre.
Antes resvalo de pé que de língua.
Antes roto que esfarrapado.
Antes roto que nu.
Antes se adora o sol nascente que o poente.
Antes se dê a Deus o que o diabo tem de levar.
Antes se perca a lã que a ovelha.
Antes sem ceia do que sem candeia.
Antes ser aguilhão do que boi.
Antes ser amado que temido.
Antes ser bom que parecer.
Antes ser e não parecer que parecer e não ser.
Antes ser ferrão que boi.
Antes ser filho de pobre que escravo de rico.
Antes ser invejado que lamentado.
Antes ser invejado que lastimado.
Antes ser martelo que bigorna.
Antes ser que parecer.
Antes ser repreendido de quem quer bem, que ser louvado do adulador.
Antes só que mal acompanhado.
Antes sobrar que faltar.
Antes sofrer o mal que fazê-lo.
Antes sofrer o mal que praticá-lo.
Antes sofrer que morrer.
Antes tarde do que nunca.
Antes torcer que quebrar.
Antes torto que cego de todo.
Antes um ignorante que um mau.
Antes um inimigo sábio que um amigo tolo.
Antes um ovo com paz que um boi com guerra.
Antes um pardal na mão que uma perdiz a voar.
Antes um pássaro na mão que vois a voar.
Antes um pobre alegre que um rico apaixonado.
Antes um redondo "não" que um "talvez".
Antes um redondo "não" que um "veremos".
Antes um "toma" que dois "te darei".
Antes uma vez no céu que dez à porta dele.
Antes velha com dinheiro do que moça sem ceitil.
Antes velha com dinheiro que moça com cabelo.
Antes velho ajuizado que moço desatinado.
Antes velho com dinheiro que moço sem ceitil.
Antes viver como filho de pobres que como escravo de rico.
Antes viver pobre que morrer rico.
Antes vivo que amortalhado.
Antigamente o dono do cavalo andava na sela, hoje puxa pelo cabresto.
Antiguidade é posto.
Antiguidade é posto, e posto é galão.
Anzol sem isca, peixe não belisca.
Ao afortunado, até os galos lhe põem ovos.
Ao agradecido, com todo o bem é crido.
Ao agradecido, mais do pedido.
Ao alcaide e à donzela ninguém diga "se eu quisera".
Ao amigo, ama-o com o seu vício.
Ao amigo, com seu vício.
Ao amigo e ao cavalo, não apertá-lo.
Ao amigo e ao cavalo, não cansá-lo.
Ao amigo generoso, nada lhe faz injúria.
Ao amigo molestar, nem a rir nem a brincar.
Ao amigo o segredo diz, ter-te-á preso pelo nariz.
Ao amigo que não é certo, com um olho fechado e o outro aberto.
Ao amigo que pede não se diz "amanhã".
Ao amor, fogo e tosse, mal faz quem não lhe acode.
Ao arrendar, cantar; ao pagar, chorar.
Ao avarento falta o que não tem e falta o que tem.
Ao avarento, tanto lhe falta o que tem, como o que não tem.
Ao baixel sem esperança, Deus depara o porto.
Ao bebedor não falta vinho, nem à fiandeira, linho.
Ao bem, buscá-lo, e ao mal, estorvá-lo.
Ao bem, busca-o, e ao mal, espera-o.
Ao bem calar chamam santo.
Ao bobo, muda-lhe o jogo.
Ao boi, pelo corno; ao homem, pela palavra.
Ao boi que remói, nada lhe dói.
Ao bom amigo, com teu pão e com teu vinho.
Ao bom amigo, com teu pão e teu vinho.
Ao bom calar chamam santo.
Ao bom cavalo, espora; ao bom escravo, açoite.
Ao bom comer ou mau comer, três vezes beber.
Ao bom darás, e do mau te afastarás.
Ao bom dia, abre-lhe a porta, e ao mau te aparelha.
Ao bom entendedor meia palavra basta.
Ao bom pagador não dói o penhor.
Ao bom pano, na arca lhe sai o amo.
Ao bom tudo darás, e do mau te afastarás.
Ao bom varão, terras alheias pátria são.
Ao bom varão, terras alheias sua pátria são.
Ao cabo de cem anos, os reis são vilões, e ao cabo de cento e dez, são os vilões reis.
Ao cabo de cem anos todos seremos calvos.
Ao cabo de um ano, tem o criado as manhas do amo.
Ao cão e ao palreiro, deixa-os no sendeiro.
Ao casamento segue-se o arrependimento.
Ao cego, muda-lhe o fito.
Ao cego não dão cuidado os espelhos.
Ao coelho ido, conselho vindo.
Ao comprar, te arremanga.
Ao confessor e ao letrado confessa o teu pecado.
Ao confessor e ao letrado, não o tenhas enganado.
Ao correr da pena.
Ao delicado, pouco mal o tem atado.
Ao derradeiro morde o cão.
Ao diabo e à mulher nunca falta que fazer.
Ao doente forte a água é medicina.
Ao doente que é de vida, a água lhe é medicina.
Ao doido e ao touro, dá-lhe curro.
Ao espantado sua sombra lhe basta.
Ao falar no mau, aparelhar o pau.
Ao faminto dá alimento, e Deus te dará sustento.
Ao feito, remédio; ao por fazer, conselho.
Ao ferreiro da maldição, se tem ferro, falta-lhe carvão.
Ao filho do vizinho, limpa-lhe o monco e mete-o em casa.
Ao fim se canta a glória.
Ao frigir dos ovos o verás.
Ao frigir dos ovos se verá.
Ao frigir o veremos.
Ao gastador nunca falta que gastar, nem ao jogador, que jogar.
Ao gato, por ladrão, não lhe dês de mão.
Ao gato, por ladrão, não o tires de tua mansão.
Ao gato, por ser ladrão, não o tires de tua mansão.
Ao gosto danado o doce é amargo.
Ao grande que te é sobranceiro, não emprestes o teu dinheiro.
Ao homem amado, a fortuna lhe dá a mão.
Ao homem aplicado, todos lhe dão a mão.
Ao homem comedor, nem coisa delicada, nem apetite no sabor.
Ao homem de esforço, a fortuna lhe dá a mão.
Ao homem de esforço, a fortuna lhe põe o ombro.
Ao homem farto, as cerejas lhe amargam.
Ao homem feliz, nasce-lhe a filha primeiro.
Ao homem maior, dá-lhe a honra.
Ao homem medroso, tudo o estremece.
Ao homem mesquinho, basta-lhe o burrinho.
Ao homem mesquinho, basta-lhe um burrinho.
Ao homem ousado a fortuna estende a mão.
Ao homem ousado, a fortuna lhe dá a mão.
Ao homem ousado, a fortuna lhe põe a mão.
Ao homem ousado, a fortuna lhe põe o ombro.
Ao homem pobre, caldeirão de cobre.
Ao homem pobre, pano fino, cântaro de cobre.
Ao homem rico, a fama lhe casa os filhos.
Ao ignorante sempre aborrece o sabedor.
Ao inimigo que foge, ponte de prata.
Ao inimigo que te vira a espalda, ponte de prata.
Ao invejoso, emagrece-lhe o rosto e incha-lhe o olho.
Ao lavrador descuidado, os ratos lhe comem o semeado.
Ao lavrador preguiçoso levam os ratos o precioso.
Ao lavrador preguiçoso, os ratos lhe comem o precioso.
Ao lobo, muda-lhe o jogo.
Ao madeiro sai a acha, pois de tal acha, tal racha.
Ao manhoso não descubras teu peito.
Ao marido, prudência; à mulher, paciência.
Ao marido, serve-o como amigo, e guarda-te dele como inimigo.
Ao mau bácoro, boa lande.
Ao mau caminho, dar-lhe pressa.
Ao mau costume, corta-lhe a perna.
Ao mau costume, quebra-lhe a perna.
Ao mau pagador, em farelos.
Ao mau todos perseguem.
Ao mau vento, volta-lhe o capelo.
Ao médico, ao advogado e ao abade falar a verdade.
Ao médico, ao advogado e ao padre falar a verdade.
Ao médico, ao letrado e ao abade falar a verdade.
Ao médico, ao letrado e ao abade, falar verdade.
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