PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
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A9
As pequenas loucuras são as melhores.
As pragas dão duas voltas ao redor e metem-se no rogador.
As preciosas essências guardam-se em pequenos vasos.
As preciosas essências guardam-se nos pequenos vasos.
As primeiras experiências são inesquecíveis.
As privações chamam os desejos.
As promessas cativam as mulheres.
As riquezas têm asas; as dívidas têm garras.
Às romarias e às bodas vão as sandias todas.
Às romarias e às bodas vão as loucas todas.
As rosas caem, e os espinhos ficam.
As saudades são filhas do amor e enteadas do engano.
As sedas e os veludos, às vezes, apagam o fogo da cozinha.
As sopas e os amores, os primeiros são os melhores.
As telhas dum telhado encobrem muita miséria.
Às três, vai de vez.
As tripas estejam cheias, que elas levam as pernas.
As tripas pelejam na barriga.
Às vezes até o bom Homero cochila.
Às vezes atrás da cruz está o diabo.
Às vezes corre mais o demo que a lebre.
Às vezes custa mais o salmonejo que o coelho.
Às vezes de pequena bostela se origina grã mazela.
Às vezes é melhor deixar correr o marfim.
Às vezes muito ameaça quem de medroso não passa.
Às vezes na pior terra nascem os mais belos lírios.
Às vezes são precisas muitas mentiras para sustentar uma.
Às vezes vem o bem de quem menos se espera.
Às vezes vem o bem donde esperança não se tem.
Às vezes vem o remédio de quem menos se espera.
Às vezes vem o remédio de quem não se espera.
As viagens fazem o sábio mais sábio e o tolo mais tolo.
Às vontades corrompidas é nojosa a razão.
Asinha é dito o que é bem dito.
Asna velha, cinta amarela.
Asneira puxa asneira.
Asno chapado crescerá sem ser regado.
Asno com ouro tudo alcança.
Asno como frade Bernardo.
Asno como um morgado.
Asno contente vive eternamente.
Asno contente vive longamente.
Asno da Arcádia, cheio de ouro e come palha.
Asno de muitos, lobos o comem.
Asno desovado de longe aventa as pegas.
Asno é quem asno tem, mas mais o é quem não o tem.
Asno mau junto de casa corre sem pau.
Asno mau perto de casa corre sem pau.
Asno morto, cevada ao rabo.
Asno não conhece música.
Asno para o pó, o rocim para o lodo, e o macho para tudo.
Asno por lama, o demo o tanja, e pelo pó, o demo haja dele dó.
Asno que a Roma vá, asno vem de lá.
Asno que a Roma vá, asno volta de lá.
Asno que a Roma vá, de lá asno voltará.
Asno que entra em despensa alheia levará pau em vez de aveia.
Asno que entra em devesa alheia sairá carregado de lenha.
Asno que tem fome, a manjedoura come.
Asno que tem fome, cardos come.
Asno seja quem asno vozeia.
Asno tonto, arrieiro louco.
Assa-se o pão enquanto o forno está quente.
Assar e comer.
Assaz caro compra quem roga.
Assaz é de pouco saber quem se mata pelo que não pode haver.
Assaz é pobre e delgado quem conta o seu gado.
Assaz és rico de bens, se te bastam os que tens.
Assaz escasso é quem de palavras tem dó.
Assaz pede quem bem serve.
Assaz tem quem se contenta com o que tem.
Assenta-te na pedra e, assim que me vires, espera.
Assim anda o demo às avessas, e o carro diante dos bois.
Assim como cada qual é, assim ensina.
Assim como cantares, assim eu dançarei.
Assim como dá pão, pode dar pau.
Assim como fizeres, assim acharás.
Assim como fizeres, de outrem o esperes.
Assim como o abade cantar, deve o acólito acompanhar.
Assim como o fogo prova o ouro, assim a desgraça prova os homens fortes.
Assim como o ouro se prova na pedra de toque, assim o homem se prova no toque do ouro.
Assim como sai, sai.
Assim como tocam, assim dançamos.
Assim como vem, vai.
Assim como virmos, assim faremos.
Assim como virmos, faremos.
Assim como vive o rei, vivem os vassalos.
Assim é o marido amarelado como casa sem telhado.
Assim fedemos; que fará, se peixe vendermos.
Assim medre meu sogro, como cão atrás do fogo.
Assim se cria o horto como o porco.
Assim se faz do escudeiro rapaz.
Assim tal barba, tal toalha.
Assoviar e chupar cana.
Ata o burro onde te manda o dono.
Atar e pôr ao fumeiro, como o chouriço da preta.
Até a consumação dos séculos.
Até a coruja acha os filhos bonitos.
Até a formiga quer companhia.
Até a morte, pé forte.
Até a ressurreição dos capuchos.
Até aí morreu o Neves.
Até aí morreu o Neves, afogado em cuspe.
Até aí morreu o Neves, enforcado num pé de couve.
Até aí, santo Agostinho.
Até ao dar da mão há arrependão.
Até ao lavar dos cestos é vindima.
Até aos quarenta bem eu passo; dos quarenta em diante, ai a minha perna, ai o meu braço.
Até aos vinte, evita a mulher; depois dos quarenta, foge dela.
Até as pedras se encontram.
Até as pedras se encontram, quanto mais as criaturas.
Até as rãs mordiam, se tivessem dentes.
Até com a desgraça a gente se acostuma.
Até esperar, não é tarde.
Até marimbondo tem casa.
Até morrer, fazer bem e deixar dizer.
Até nas flores se encontra a diferença da sorte: umas enfeitam a vida, outras enfeitam a morte.
Até o asno não tropeça duas vezes na mesma pedra.
Até o cabelo sutil faz sua sombra.
Até o dia do juízo.
Até o diabo, quando era moço, era bonito.
Até os cisnes se tisnam.
Até os gatos querem fazer sapatos.
Até os quarenta bem eu passo, dos quarenta em diante, ai minha perna, ai meu braço.
Até os sábios se enganam.
Até os vinte evita a mulher, depois dos quarenta foge dela.
Até prometer, sê escasso.
Até que acabe, ninguém se gabe.
Até que se acabe, ninguém se gabe.
Até um cabelo faz sombra.
Até um cego vê isso.
Até ver, não é tarde.
Atenta bem o que fazes, não te fies em rapazes.
Atira o barro à parede até que ele pegue.
Atira pão para trás de ti, que adiante o encontrarás.
Atirar a pedra e esconder a mão.
Atirar com o hábito às ervas.
Atirar pedras no próprio telhado.
Atirar poeira nos olhos de alguém.
Atirou no que viu e acertou no que não viu.
Atirou no que viu e matou o que não viu.
Atos falam mais alto do que palavras.
Atos, não palavras.
Atrás da cruz está o diabo.
Atrás da cruz se esconde o diabo.
Atrás de apedrejado, correm as pedras.
Atrás de apedrejado, pedras chovem.
Atrás de mentira, mentira vem.
Atrás de mim virá quem bom me fará.
Atrás de mim virá quem de mim bom fará.
Atrás de morro, tem morro.
Atrás de queda, coice.
Atrás de quem pediu, nunca ninguém correu.
Atrás de tempo, tempo vem.
Atrás de trabalho, vem dinheiro com descanso.
Atrás de um dia vem outro.
Atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher.
Atrás de um ônibus vem outro.
Atrás de uma falta, vem outra.
Atrás do apedrejado, correm as pedras.
Atrás do apedrejado, pedras chovem.
Atrás do consentimento, anda perto o arrependimento.
Atrás do cururu peado todo bicho é corredor.
Atrás do mel correm as abelhas.
Atrás do pobre anda um bicho.
Atrás do pobre anda um bicho, e esse bicho é o cão.
Atrás do pobre anda um bicho, e esse bicho é o diabo.
Atrás dos apedrejados correm as pedras.
Atrás dos grandes ganhadores vêm os grandes gastadores.
Atrás duma montanha está outra.
Atravessa o rio, antes de injuriar o crocodilo.
Atravessa o rio, antes de xingar o crocodilo.
Atravessa-se o rio onde é mais raso.
Atravessar o rio de pepino na mão.
Audácia ter é um passo para vencer.
Audaz, mas cauto.
Ausência aparta amor.
Ausência de notícias, boas notícias.
Ausências são atrevidas.
Avacha a ti, avacha a ti, não fica nada para mim.
Avarento e porco, só depois de morto.
Avarento rico nem tem parente, nem amigo.
Avareza é madrasta de si mesma.
Avaro de fazenda, pródigo de honra.
Ave de casa mais come do que vale.
Ave escarmentada o laço receia.
Aves da mesma pena andam juntas.
Aves de rapina escolhem sempre o melhor.
Aves de rapina não querem companhia.
Avezou a velha os bredos, souberam-lhe bem, lambeu os dedos.
Avezou-se a abelha ao mel, comer-se quer.
Avezou-se a velha ao mel, comer-se quer.
Avicena e Galeno trazem a minha casa o alheio.
Avicena e Galeno trazem a minha casa o bem alheio.
Avô rico, pai remediado, filho pobre.
Axa foi ao banho, teve que contar ano.
Axa não tem que comer, convida hóspedes.
Azado é o pão para quem o há de comer.
Azado é o pau para a colher.
Azáfama, padeiras, que minha mãe quer um pão.
Azar no jogo, sorte no amor.
Azeite, dai-mo à ceia, e tirai-mo à candeia.
Azeite de riba, mel do fundo, vinho do meio.
Azeite de oliva todo o mal tira.
Azeite, vinho e amigo, o mais antigo.
Azeite, vinho e amigo, prefere o mais antigo.
Azeitona e fortuna, muita ou nenhuma.
Azêmola de pipa, e quarto só.
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