28 - "Ame-me ou deixe-me em paz!"; (Arnaldo Baptista)

trabajosulho

Alexandre Matias

 

entrevistas

»  Jello Biafra
»  Clarah Averbuck >>
»  Rogério Duprat  >>
» 
Humberto Gessinger >>
»  DJ Marlboro >>
»  André Lemos >>
»  Renato Russo >>
»  Viviane Menezes >>
»  Tom Zé >>
»  Afrika Bambaataa
»  Cris Dias >>
»  Four Tet >>
»  Jon Carter >>
»  Ira (Growroom) >>
»  Nelson Motta  >>
» 
Isabel Monteiro  >>
» 
André Lemos >>
»  Lobão >>
»  JP >>
»  Mopho >>

»  Ira Kaplan >>
»  Nicholas Frota >>
»  Howard Sounes >>

bios

»  Kraftwerk   >>
»  Mutantes  >>

»  Genesis
»  Pussy Galore  >>
»  Santana   >>
»  Isley Brothers >>
»  Blitz >>

»  Burt Bacharach
»  Nick Drake
»  Krautrock >>
» 
Beatles 1969
»  Gang of Four

 

obrigatório

»  Zen Arcade - Húsker Dü
»  Dois - Legião Urbana >>
»  Paul's Boutique - Beastie Boys >>
»  Psicoacústica - Ira! >>
»  Substance 1987 - New Order >>
»  The Piper at the Gates of Dawn - Pink Floyd >>
»  Trout Mask Replica - Captain Beefheart and His Magic Band
»  Tim Maia Racional - Tim Maia >>
»  Três Lugares Diferentes- Fellini >>
»  Abbey Road - Beatles >>
»  Superfly - Curtis Mayfield
»  London Calling - Clash
»  Fear of Music - Talking Heads >>
»  Pills'N'Thrills and Bellyaches - Happy Mondays

glôbal

»  Kung Fu Meets the Dragon - Lee Perry & The Upsetters
»  Out of Nowhere - Jimi Tenor >>
»  The 69 Los Angeles Sessions - Fela Kuti
»  Clandestino - Manu Chao >>
»  Titan - Titan >>
»  Talvin Singh Presents the Masters Musicians of Jajouka With Bacchi Attar - Masters Musicians of Jajouka
»  Suspiria - Goblin

shows

»  Mogwai 2002  >>
»  Pin Ups 1999 >>

discos

»  A Hard Day's Night - Beatles >>
»  A Invasão do Sagaz Homem-Fumaça - Planet Hemp >>
»  A Tempestade - Legião Urbana >>
»  As Quatro Estações - Legião Urbana >>
»  Acústico MTV - Paralamas do Sucesso >>
»  American Water - Silver Jews
»  Amnesiac - Radiohead >>
»  And Then Nothing Itself Turned Inside-Out - Yo La Tengo >>
»  Anutha Zone - Dr. John >>
»  Aquamosh - Plastilina Mosh >>
»  BBC Sessions - Jimi Hendrix Experience >>
»  Bloodflowers - Cure >>
»  Bow Down to the Exit Sign - David Holmes >>
»  Brazilian Pebbles - Vários >>
»  Brincando de Deus - Brincando de Deus >>
»  California - Mr. Bungle >>
»  Carpal Tunnel Syndrome   - Kid Koala >>
»  Carteira Nacional de Apaixonado - Frank Jorge >>
»  Changez-Tout - Otto >>
»  Cidadão Instigado - Cidadão Instigado >>
»  Cinema Auditivo - Wado >>
»  Communty Music - Asian Dub Foundation >>
»  CM/FM - Cornelius >>
»  Decade - Duran Duran
»  Deserter's Songs - MercuryRev >>
»  Dois - Legião Urbana >>
»  Evil Heat - Primal Scream >>
»  EP - Jurassic 5 >>
»  Excuses forTravellers- Mojave3 >>
»  From the Muddy Banks of the Whiskah - Nirvana >>
»  Fuá na Casa de Cabral - Mestre Ambrósio >>
»  Halfway Between the Gutter and the Stars - Fatboy Slim >>
»  Head Music - Suede
»  Help! - Beatles >>
»  Hey Na Na - Paralamas do Sucesso >>
»  Home - Josh Rouse >>
»  Houses of the Holy - Led Zeppelin
»  In theMode-RoniSize/Reprazent >>
»  International - New Order >>
»  Is There Anybody Out There? - Pink Floyd
»  Kid A - Radiohead  >>
» 
L.A. Woman - The Doors >>
»  Live After Death - Iron Maiden
»  Legião Urbana - Legião Urbana >>
»  Lollo Rosso - High Llamas >>
»  Maquinarama - Skank >>
»  Munki - Jesus & Mary Chain >>
»  Música P/ Acampamentos - Legião Urbana >>
»  Nação Zumbi - Nação Zumbi >>
»  Nevermind - Nirvana >>
»  1965 - Afghan Whigs >>
»  Nirvana - Nirvana >>
»  Nixon - Lambchop >>
»  No. 10, Upping St. - Big Audio Dynamite
»  Nova Bossa Nova - Marcos Valle >>
»  90º - Walverdes >>
»  Nuggets - Artifacts from the Original Psychedelic Era 65/68 - Vários >>
» 
O Bloco do Eu Sozinho-Los Hermanos >>
»  O Descobrimento do Brasil - Legião Urbana >>
»  Ok Computer - Radiohead >>
»  One - Beatles >>
»  One by One - Foo Fighters >>
»  Out of Nowhere - Jimi Tenor >>
»  Outubro ou Nada! - Bidê ou Balde
»  Please Please Me - Beatles >>
»  Plunderphonic - John Oswald
»  Por Enquanto - 1984/1995 - Legião Urbana >>
»  Por Pouco - Mundo Livre S/A
»  Post-Punk Chronicles - Vários >>
»  Psyence Fiction - U.N.K.L.E. >>
»  Quality Control - Jurassic 5 >>
»  Que País é Este? 1978/1987  - Legião Urbana >>
» 
Rated R - Queens of the Stone Age >>
»  Root - Thurston Moore >>
»  Royal Albert Hall, October 10, 1997 - Spiritualized >>
»  Ruído Rosa - Pato Fu >>
»  Selmasongs - Björk >>
»  Silver & Gold - Neil Young >>
»  Singles 90/98 - Massive Attack >>
»  Smoker's Delight - Nightmares on Wax
»  Sonic Júnior - Sonic Júnior >>
»  Songs from the City, Songs from the Sea - PJ Harvey >>
»  Sonhos Hi-Fi - Astromato >>
»  Sophtware Slump - Grandaddy >>
»  Strange But True - Yo La Tengo & Jad Fair >>
»  Strange Days - The Doors >>
»  Stress, Depressão e Síndrome do Pânico - Autoramas >>
»  Summeteeth - Wilco >>
»  Super Black Market Clash - Clash
»  Supergrass - Supergrass >>
»  Tanto Tempo  - Bebel Gilberto >>
» 
Terror Twilight - Pavement >>
»  The Boy with the Arab Strap - Belle & Sebastian >>
»  The Dirtchamber Sessions Volume 1 - Liam Howlett >>
»  The Doors - The Doors >>
»  The Great Eastern - Delgados >>
»  The Hot Rock - Sleater-Kinney >>
»  The Hour of Bewilderbeast - Badly Drawn Boy >>
»  The Marshall Mathers LP - Eminem >>
»  The Menace - Elastica >>
»  The Mirror Conspiracy - Thievery Corporation >>
»  The Sebadoh - Sebadoh >>
»  The Soft Parade  - The Doors >>
»  The Virgin Suicides - Air >>
»  13 - Blur >>
»  Unplugged in New York - Nirvana >>
»  V - Legião Urbana >>
»  Velvet Goldmine - Vários >>
»  Waiting for the Sun - The Doors >>
»  With the Beatles  - Beatles >>
»  XTRMNTR - Primal Scream >>

>> - link externo

 

a sua vida, saca?
ou Como o desemprego é uma ilusão

Prepare-se para ser demitido. Nah, não tô te rogando praga nem exercendo futurologia trabalhista rastaqüera a esta hora da madrugada. Tudo bem que o tom é imperativo e soa dramático, mas meu ponto de vista é mais zen que apocalíptco.

Aceite isto como uma realidade: você vai ser demitido. Quando você menos esperar, por um motivo indefensável, alguém vai lhe dizer que não precisa mais dos seus préstimos e que você pode trazer a carteira de trabalho e passar amanhã no RH. Não, não adianta falar "mas eu...". É fato, você está no olho da rua.

E agora?

Eis você, sem emprego. Cheio de contas para pagar. Durango. Puto. Nervoso. Impaciente. Tenso. E, pior, sem perspectiva do que fazer daqui pra frente.

Esse é o grande segredo das corporações: te pegar de surpresa, te tirar o emprego como se tirasse o chão, o rumo, o sentido da vida. De certa forma, elas têm razão, afinal de contas, o jeito com que conduzimos nossas próprias vidas em relação ao assunto "trabalho" faz com que pareçamos apenas escravos, que trocam chibatadas pela satisfação insatisfeita de fingir que tudo vai bem no teatro que é a sociedade.

E isso porque simplesmente deixamos de viver sem perspectivas, como se o emprego fosse duradouro, eterno. É este o sentido por trás de tudo: você continuar, para sempre, fazendo exatamente a mesma coisa que sempre fez desde o começo, peça mecânica sem ambição profissional ou vontade de viver, pronta para ser substituída.

E tudo isso em troca de um abono mensal que, por pior que seja, sustenta uma vida mediana e paga aquilo que precisamos comprar para que nos sintamos vivos - discos, cinema, drogas, TV a cabo, praia, viagem pra gringa, noitadas, acesso à internet, telefone, roupa, leituras, carros e sexo, basicamente. Chamamos isto de "entretenimento".

E vivemos nos "entretendo", achando que esta forma rasteira de diversão (afinal, entretenimento sequer é diversão, e sim apenas uma forma de distrair, passar o tempo) é onde devemos gastar nossa energia orgônica. E passamos 12, 14, 16 horas enfiados em salas com pessoas que aprendemos a aturar na marra, almoçando com alguns com "quem tenhamos afinidade" (eufemismo para aqueles que temos menos atrito), destilando veneno no café e criando, sem saber, pedras nos rins, feridas no fígado e no estômago, tumores.

Comece calcular quantas horas semanais você dedica ao tema "trabalho", incluindo aquelas quatro horas diárias morgadas em frente à TV que você finge que são dedicadas a "esvaziar o cérebro". Não, ele não está esvaziando, está apenas fazendo com que você quique conceitos na cabeça sem se dar conta disto.

Ao mesmo tempo, a TV te bombardeia com símbolos de sucesso, sinônimos de felicidade e notícias de pessoas que desistiram da regra. Os telejornais vão em uníssono com os comerciais: empregado, bom; desempregado, ruim. E lá está você, derretendo nos raios catódicos, assimilando informações que, sem que você perceba, digam claramente o quão vegetal você é e merece ser. Entra o comercial com a gostosa magrinha e o galã de queixo e peitoral largo. Você não é um, nem outro. Sinal vermelho, volte pro fim da fila.

E sequer pense que você pode ficar desempregado. Afinal, isto nunca vai acontecer. Ao menos que, hm, aconteça.

A imprevisibilidade do desemprego é algo encarado nas repartições de trabalho como uma catástrofe natural, um raio, uma chuva de granizo. Mas qualquer um que decida olhar a situação com um pouco de distância sabe que os movimentos são estratégicos como o xadrez e, para usar um termo em voga (e à mercê), vão direto na auto-estima do cidadão.

Por isso, prepare-se para ser demitido. Assim, quando a verdade chegar para você em forma de um bilhete azul, você não vai se sentir um marido traído. Aceite os fatos, você está fora. E agora?

E agora a sua vida, seu merda. Afinal de contas, o que é isso que você chama de vida? Você só consome, consome, consome e daí? O que você ganha com isso? Qual é o sentido disso tudo? Pilhas de livros, pilhas de discos, pilhas de bookmarks, pilhas de MP3. O que você vai fazer com tudo isso? Além de rótulos íntimos de sua personalidade, que mais eles são?

Pense no que você faz hoje. É o que você quer da vida? Você vai morrer e como vai entrar pra história? Funcionário do mês? Operário padrão? Profissional do ano? É este tipo de herança que você quer? Que seus filhos olhem na parede da Fiesp e descubram que você foi o chapeiro do mês em agosto de 2016? Para entrar na posteridade, basta virar nome de rua?

É para aí que você caminha, empregado. E digo com repulsa, com PENA, de você, que tem um patrão fungando em seu cangote prazos e rejeições às suas idéias despencando em seu dia-a-dia como colheres de açúcar no balde de café que você toma de hora em hora.

Por isso, insisto: o que você quer realmente da vida? O que você gosta de fazer? Você ao menos consegue responder a estas perguntas?

Caso positivo, é bem provável que você trabalhe com o que gosta, e esteja começando a duvidar que realmente goste daquilo. Normal, esta é a tática do patrão. Ou pode ser que você esteja desempregado e, mesmo discordando do conceito que ficar desempregado é legal, tendo concordado com boa parte do que eu já disse. Falamos sobre isso mais adiante.

Mas caso você não consiga responder a estas perguntas, não se desespere.Há milhões de pessoas vivendo uma situação idêntica à sua e sequer cogitaram, como você, sobre a possibilidade de estar fazendo algo que preste.

Se você não sabe o que quer, a culpa não é sua. A culpa é de um sistema autoritário que embute na sua cabeça que você tem que, na flor da adolescência (o fim dos vinte), definir o que você quer da vida. Só gênios ou robôs sabem o que realmente querem aos dezoito anos, por isso considere que a sua opção de terceiro grau foi errada. Que você fez um curso que não tinha tanta certeza e que provavelmente trabalha com uma área que não diz muito respeito às suas qualidades. É bem provável que você tenha uma gravadora, uma banda, um site ou ao menos um blog, que é onde você deixa suas verdadeiras intenções virem à tona.

Normal. Seria mais normal se você conseguisse se expor assim com todo mundo. Mas, não, o único lugar que você consegue se abrir é no seu blog. No seu fundo de caderno. Nos resmungos durante uma partida de videogame. Sua vida tornou-se uma eterna reclamação. Você reclama, logo existe.

Você está infectado pelo vírus "trabalho", que tenta tirar qualquer propósito de suas ações. Você se sente, no fundo, um inútil, mesmo que tenha dobrado o faturamento da empresa em que trabalha ou ganho uma viagem para a Europa depois de um tapinha nas costas e uma piscada de olho do patrão. "Yes!", você pensou sozinho, mesmo sentindo vergonha de estar se nivelando ao parâmetro de um americano mongol (pobres mongóis, nada contra).

Você vai ser demitido, cara. Comece a pensar nisso e nas possibilidades que vêm a seguir. Se você não tiver planos, metas ou pelo menos uma direção no seu rumo, pode crer que você não é nada além de graxa nas engrenagens da História, uma novelinha besta escrita por esnobes que não vão citar seu nome, nem no rodapé.

Por isso, comece a pensar no que você quer fazer quando você for demitido. Altas festas. Uma viagem. Deixar de lero-lero e botar a mão na massa. Descansar de verdade. Pense nisso e vá economizando um troco, fazendo contatos, pensando em alternativas, cogitando possibilidades. Assim, quando a inevitável demissão acontecer, você sabe o que fazer. Esta é a grande vingança. Nada de tremer: fora do trabalho, bola pra frente.

Pare de pensar no trabalho como um fim. Patrões trabalham com conceitos de terror e medo, e o desemprego crescente é bom para que eles mantenham a paranóia sobre seus empregados.

Mande-os à merda. Olhe ao redor: o patrão é o cara que paga tudo que você vê no escritório, inclusive o salário de todos os seus colegas. Ou seja, você não vale nem o aluguel que ele gasta no local de trabalho - isto quando o mesmo não for próprio. Por isso, chute o balde. Use o xerox e a impressora no limite da cara-de-pau. Mande cartas pessoais usando o correio da empresa, faça interurbanos, dependure-se em sua internet e mande recadinhos para seu patrão via email alheio (ou você acha que ele não lê sua e-correspondência?). Fique doente quantas vezes puder, faça corpo mole e finja desinteresse. Responda "sim senhor" para todas as inquisições, peça desculpas quando tomar um esporro e faça cara de dodói, para tocar no resto de humanidade que seus patrões possam ter. Você estará apenas cumprindo seus direitos de empregado.

Mas isto não importa. O importante é você saber o que fazer quando for alforriado.

Por experiência própria, lhe digo: tire férias. Descanse por uns três, quatro meses ou mais. Zere a sua cabeça, limpe o fígado e durma tranqüilo. Depois, mire sua cabeça onde você quer trabalhar. Não importa o que você quiser fazer, haverá alguém disposto a pagar por isto.

Por isso, o mais importante é sair à procura, mexer-se. Comece a trabalhar para você mesmo, antes que a frustração seja maior que a sua vontade de continuar. Afinal, como disse o Daniel de Pádua sobre o Manifesto Nômade do Tom-B: "somos nós quem definimos o que deve ser e o que é. Acorde para as outras possibilidades. Perceba que existem mil sentidos para uma coisa. Deixe-se evoluir à medida que os mil sentidos fluem pelo seu cérebro. Não os retenha voluntariamente. Apenas aprenda como senti-los. Veja o ser humano como uma coisa só".

talagadas
Random tidbits sobre porranenhuma

Nada mal, hein?
Pra quem tava reclamando do mercado editorial, 2003 começa bem. Já tivemos a notícia da revista do Laerte, dada pelo próprio no HQ Mix; o rumor que Maxim já tem editora brasileira e agora a confirmação da revista do Lobão, batizada Outracoisa. Já nas major leagues, temos a entrada das gigantes européias Planeta (Espanha) e LaRousse (França) no mercado nacional. Fora a boataria...

2003-a-rama
Falando em ano novo, anotaí cinco disquinhos 2003 que você tem que baixar:
- 100th Window, do Massive Attack
- Nocturama, do Nick Cave
- Enemy of the Enemy, do Asian Dub Foundation
- Higher Planes, do Jimi Tenor
- The Raven, do Lou Reed.

2003-Brasil
Falando nisso, quatro disquinhos nacionais 2003, depois eu falo deles e você vê se compra ou não:
- Experiência Extra-Corporal, do Pipodélica (de Floripa)
- Nancyta e os Grazzers (nova banda da ex-vocalista da banda baiana Crac!)
- Sofia, da banda curitibana homônima
- Cidade de São Camaleão, do baiano O Cumbuca

Mais 2003
Dois festivais novos: um panorama da música experimental brasileira, com nomes da gringa; e outro que é "um cruzamento do Sonar de Barcelona com o CMJ de NY". O primeiro, em junho. O segundo, em setembro, outubro. Vamos ver.

Manha
Olha que moleza...

Solitude
É o nome do tal evento que eu falei que vai rolar em fevereiro, com Kurt Wagner (Lambchop), Scott Heren (Prefuse 73 - e aí, baixou?), Mark Eitzel (American Music Club) e John McEntire (Tortoise). Acontece nos dias 19 e 20 do mês que vem, no Sesc Vila Mariana, em São Paulo.

Big yellow
Tou começando a achar que os Estados Unidos vão dar pra trás com esse papo de guerra do Iraque. Bando de marica!

Fato
Sim, tem gente querendo trazer o Teenage Fanclub pro Brasil.

Vespeiro
Dá uma sacada no que o MV Bill tá aprontando agora...

Djênio
Putz, ouvi um papo que tão fazendo uma versão dub do Dark Side of the Moon, do Pink Floyd. Pra aspear a fonte original (o informativo da festa Jamaica Nice, produzida pelo bongobong Otávio Rodrigues), "a idéia é a melhor do mundo - e tão óbvia que nem dá pra entender como é que ninguém fez antes". Atesto e dou fé.

Nóis na fita
Momento antropologia social frente a TV aberta me fez deparar com um investigador dizendo, em plena Luciana Gimenez, que tem neguinho abrindo fita VHS e fazendo chá, pra dar barato. Puta merda. Qualquer mongol sabe que fita não liga nada, o quiliga é vinil derretido.

Britanicamente
Nem eu acreditei que consegui cumprir a promessa de estar aqui na quarta. Avisem pras fãs que eu comecei uma coluninha no Fraude, tendendo às segundas. É mais enrolol filosófico dada do que o lado pop nerd desta coluna, mas, enfim, segue o P~dQ....

cut+paste
Citar é fácil

I Just Lived Through A Marketing Breakthrough.
It was after a couple listens that the irony of my purchasing experience became truly apparent. Just as HMV was revamping inself to appeal to a wider entertainment audience -- rather than just a music audience, so was Shania, that businesslike little miss smartypants from backwater Timmins, Ontario, revamping herself into a, well, global star. Hey, it's something to shoot for. Can you do it by changing the decor at the same old store? HMV thinks you can. And so does Shania. That's when you realize Up! is more than a new cd by a famous female singer. Much more. It's got a revolutionary new concept. Honest. And it's the first of its kind in almost 40 years. You have to go back to 1965 when Bob Dylan first put out a double album. Jeez, we thought. Tres cool. Then came triple albums, then albums with booklets and posters and finally it all congealed into a great obsessive monster called the Box Set. But all these permutations are simply variations on the theme of More! But More! is not a Direction. Up! is a Direction.

Up! is the first music cd in history to present the same songs to two separate communities: the "conservative country twang" and the "sexy international pop" audiences. It's a double cd set. One cd shows Shania in a bare-midriffed funky eurobeat outfit; the other in a bare-shouldered, cowboy hat torso pose. But that's just the visual clue. Each cd features different musicians, different arrangements, different vocal styles -- it's two completely different cds -- but with the same songs on each.

Take it from an old adman... this is brilliant marketing. Brilliant. It's a whole new direction for music marketing. The plan is all innovation:

-- You got lucky in the past, so forge ahead -- the last two megasellers were country thangs that got bought by non-country people on an international scale. The trend is your friend, so why continue to tempt fate?... give each market what they want -- and give each a taste of the other's style -- an effect enhanced by the opportunity to compare the differing treatments of each song.
-- Recycle the same songs through two cds -- an incredibly creative idea. And it's not even cheating, cause they put 19 songs on each cd, a generous 70-odd minutes a side, so it's actually four cds in "value".
-- Charge the same for your monster 150 minutes of music as other people do for a single cd of maybe 50 minutes -- you'll make up for the slightly lessened margins in volume.
-- Publicize the thing to death -- when you're a proven megamoneymaker, you can pretty well pick and choose. And in this case, Shania chose pretty well every opportunity to spread the word.
-- Make the "U" in Up into a happy face by adding two eyes -- making letters into icons by adding non-alphabetical elements is a longstanding, and still effective attention-getter. And can't you already imagine it on a tee shirt? Her tee shirt? Could this be her laying the corporate groundwork for a future Shania icon?


How has everything worked so far? I think the boys in marketing are allowing tiny smiles to flutter at the corners of their tightly-drawn lips. Over 850,000 copies sold in the first week, and at, say, a conservative $15US each, that's $12.75 million in gross. Better than some movies. Want some perspective? Her last cd sold over 22,000,000 copies. You do the math.

A LOMBRA DA IMAGINAÇÃO
Mas foram. Num papo com o Luiz Calanca, da Baratos Afins, falávamos daqueles anos loucos (69-73) em que mesmo figuras pouco inspiradas compunham e tocavam coisas surpreendentes. Era como se eles fossem levados por uma lombra criativa, ou um flash back coletivo - aliás, lembrando Robert Fripp, “a música toca o músico”, e não o contrário... (Mencionei essa lombra fabulosa para o grande Fritz Escovão, do Trio Mocotó, e ele riu bastante, com a cara de quem estava pensando em alguém específico.)

De resto, 74-78 ainda renderam algum caldo, principalmente na vertente mais black/soul. E a nossa triste história da MPB terminaria por aqui mesmo – MPB entendida como um feeling de ajustar letra, melodia, harmonia, arranjo, interpretação... Aquela coisa maluca, às vezes tensa, às vezes melancólica, às vezes irônica, às vezes engraçada – mas sempre tão intensa. Um certo blend de sentimento com inteligência formal...

...Que está ao mesmo tempo na “Construção” do Chico Buarque, no “Sinal Fechado” do Paulinho da Viola, em “Eu Quero É Botar Meu Bloco na Rua” do Sérgio Sampaio, em “O Telefone Tocou Novamente” do Jorge Ben, no “Expresso 2222” do Gil, em “Um Girassol do Cor dos Seus Cabelos” do Lô Borges, em “Me Deixe Mudo” do Walter Franco, na “Pérola Negra” do Luiz Melodia, na “Baby” da Gal, em “San Vicente” do Milton, no “Mustang Cor de Sangue” do Marcos Valle, no “Maracatu Atômico” do Jorge Mautner, e nos Mutantes, e nos Novos Baianos, na Maria Alcina, no Erasmo Carlos, em tantos outros.

Certamente não era uma técnica apenas, era um zeitgeist, um espírito da época. Ou então os esforços continuados de gente como Chico César, Zeca Baleiro, Marisa Monte (e seus bizarros escudeiros, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes), Lenine (o que chegou mais perto de conseguir) não esbarrariam numa espécie de “vazio de credibilidade”, que os descredencia diante de qualquer ouvinte não-iniciado no truque.

Talvez a questão seja que o pop/rock tende a substituir forma por conteúdo – a “atitude” se sobrepondo ao “fazer artístico”, para o bem e para o mal. Então, essa forma vazia, no entender da indústria cultural, pode igualmente ser preenchida por Roberto Carlos, em um (bom e renovador) momento (a Jovem Guarda), ou por Zezé di Camargo e Luciano, em outro (mau e conservador). E os “conteudistas” ficam à parte, do outro lado da fronteira do bom-gosto, num modelo reverso – e igualmente vazio.

Conversando com Max de Castro, ele me dizia (a propósito de elogiar seu parceiro na música “Linha do Tempo”) que um dia “vai cair a ficha e as pessoas vão perceber que Fred 04 é um grande compositor de MPB”. Taí, até que ponto a percepção do líder do mundo livre s/a como “roqueiro” (atitude) não tem sido prejudicial ao seu reconhecimento como “compositor” (arte)?

Ou, indo mais longe, quem é que ainda estaria interessado em arte?! Os fãs do Arnaldo Antunes? Chiça... Um mundo polarizado entre Zezé di Camargo e Arnaldo Antunes – desde o fim da guerra fria que não se via nada tão soturno.

The United States of America has gone mad
America has entered one of its periods of historical madness, but this is the worst I can remember: worse than McCarthyism, worse than the Bay of Pigs and in the long term potentially more disastrous than the Vietnam War.


The reaction to 9/11 is beyond anything Osama bin Laden could have hoped for in his nastiest dreams. As in McCarthy times, the freedoms that have made America the envy of the world are being systematically eroded. The combination of compliant US media and vested corporate interests is once more ensuring that a debate that should be ringing out in every town square is confined to the loftier columns of the East Coast press.

The imminent war was planned years before bin Laden struck, but it was he who made it possible. Without bin Laden, the Bush junta would still be trying to explain such tricky matters as how it came to be elected in the first place; Enron; its shameless favouring of the already-too-rich; its reckless disregard for the world’s poor, the ecology and a raft of unilaterally abrogated international treaties. They might also have to be telling us why they support Israel in its continuing disregard for UN resolutions.

But bin Laden conveniently swept all that under the carpet. The Bushies are riding high. Now 88 per cent of Americans want the war, we are told. The US defence budget has been raised by another $60 billion to around $360 billion. A splendid new generation of nuclear weapons is in the pipeline, so we can all breathe easy. Quite what war 88 per cent of Americans think they are supporting is a lot less clear. A war for how long, please? At what cost in American lives? At what cost to the American taxpayer’s pocket? At what cost — because most of those 88 per cent are thoroughly decent and humane people — in Iraqi lives?

How Bush and his junta succeeded in deflecting America’s anger from bin Laden to Saddam Hussein is one of the great public relations conjuring tricks of history. But they swung it. A recent poll tells us that one in two Americans now believe Saddam was responsible for the attack on the World Trade Centre. But the American public is not merely being misled. It is being browbeaten and kept in a state of ignorance and fear. The carefully orchestrated neurosis should carry Bush and his fellow conspirators nicely into the next election.

Those who are not with Mr Bush are against him. Worse, they are with the enemy. Which is odd, because I’m dead against Bush, but I would love to see Saddam’s downfall — just not on Bush’s terms and not by his methods. And not under the banner of such outrageous hypocrisy.

The religious cant that will send American troops into battle is perhaps the most sickening aspect of this surreal war-to-be. Bush has an arm-lock on God. And God has very particular political opinions. God appointed America to save the world in any way that suits America. God appointed Israel to be the nexus of America’s Middle Eastern policy, and anyone who wants to mess with that idea is a) anti-Semitic, b) anti-American, c) with the enemy, and d) a terrorist.

God also has pretty scary connections. In America, where all men are equal in His sight, if not in one another’s, the Bush family numbers one President, one ex-President, one ex-head of the CIA, the Governor of Florida and the ex-Governor of Texas.

Care for a few pointers? George W. Bush, 1978-84: senior executive, Arbusto Energy/Bush Exploration, an oil company; 1986-90: senior executive of the Harken oil company. Dick Cheney, 1995-2000: chief executive of the Halliburton oil company. Condoleezza Rice, 1991-2000: senior executive with the Chevron oil company, which named an oil tanker after her. And so on. But none of these trifling associations affects the integrity of God’s work.

In 1993, while ex-President George Bush was visiting the ever-democratic Kingdom of Kuwait to receive thanks for liberating them, somebody tried to kill him. The CIA believes that “somebody” was Saddam. Hence Bush Jr’s cry: “That man tried to kill my Daddy.” But it’s still not personal, this war. It’s still necessary. It’s still God’s work. It’s still about bringing freedom and democracy to oppressed Iraqi people.

To be a member of the team you must also believe in Absolute Good and Absolute Evil, and Bush, with a lot of help from his friends, family and God, is there to tell us which is which. What Bush won’t tell us is the truth about why we’re going to war. What is at stake is not an Axis of Evil — but oil, money and people’s lives. Saddam’s misfortune is to sit on the second biggest oilfield in the world. Bush wants it, and who helps him get it will receive a piece of the cake. And who doesn’t, won’t.

matias
psychedelic
breakfast

Três considerações pela manhã

R&S: Avô Confúcio, avó Nefertiti
SSU: Uterino
MG: Enquanto isso, na Sala de Justiça...

emblog
Pensando com a cabeça dos outros

MILLÔR E O SEU BOM HUMOR  INSUPORTÁVEL
“Fale ou fax.”

É a voz do Millôr na secretária. Millôr não está, não atende. Ou corre para atender, de repente. Simpático e boa-tarde. Parece querer dizer “Diga logo o que você quer, seja breve, pentelho”. Aqui, no Rio de Janeiro, o telefone não pára, ocupado. O Redentor não vive de braços cruzados. Consegui marcar com o Millôr. Fiz uma ponte aérea. “Você carrega algum objeto pontiagudo, senhor?”, perguntou a atendente, no checking . Carrego uma caneta. E a língua do gravador.

Era uma sexta, 21 de setembro de 2001. Dez dias depois do ataque ao World Trade Center. Encontrei Millôr em frente à TV, no seu escritório de cobertura em Ipanema. Millôr fala rápido e giratório. Eram vinte horas e alguns minutos. No Jornal Nacional, Bush desembucha um discurso de fim de primeiro mundo. Millôr reclama, diz que o William não é nada Bonner, que prefere assistir a BBC de Londres. Acompanha noticiários de todo o mundo, fala inglês, francês e italiano. É considerado um dos melhores tradutores de Shakespeare. Como é que é, Millôr, traduzir o autor de Hamlet? "É só escrever melhor que ele e pronto". Melhor que Tchecov, Fassbinder, Racine, Moliére etc.

Em cima do seu televisor, há a cabeça da Estátua da Liberdade. Não a prêmio, mas num pôster. Minha guerra com o Millôr começou. Por onde o fio da conversa? Onde está Wally bin Laden? Millôr dispara, sério: “Ele é o grande vilão da história. O mundo todo contra um homem só”. O americano entrou pelo cano. Quem ri por último ri amarelo.

Tudo ao redor do Millôr é vermelho. Estantes, quadros, as persianas vermelhas, poltronas. Livros e revistas espalhadamente organizados. Diz que um dia chegaram uns estudantes e perguntaram para ele, vermelhos também: “Que conselho o senhor dá pra gente?”. Pedir conselho logo para o Millôr, só rindo. Ele fuzilou para os meninos: “Tenham sorte”.

Millôr defende isso: “A tua sorte começa quando você nasce”. Aos vinte anos, ele já ganhava um dos maiores salários da imprensa, comprou carro, alugou uma casa para as irmãs, viajou pelo mundo. Esteve na Disney e no Egito. Já foi campeão de pesca de salmão no Canadá, sei lá.

Nasceu no bairro do Méier, no ano de 1924. Seu nome verdadeiro é Milton: “Descobri, aos 18 anos, o nome Millôr na minha certidão de nascimento. A letra do homem do cartório era tão desenhada, que você lê, facilmente, Millôr em vez de Milton Fernandes”.

Perdeu o pai não tinha nem dois anos, a mãe aos sete. Disse que já passou fome – de leve –, comeu pastel, morou longe pra xexéu.

Lembra de tudo isso e não reclama. Costuma dizer que acorda às seis horas, “Com um bom humor insuportável”. Teve muita sorte, principalmente com as mulheres – e não foi só na cama: “Começou com a minha vó. A minha vida foi cercada por mulheres. Eu devo a minha vida às mulheres. Devo a elas todo o meu sucesso”.

Conquistado à custa de muito trabalho.

É considerado um dos maiores intelectuais brasileiros dos últimos tempos. Jornalista, humorista, cronista, desenhista, pintor, poeta, teatrólogo, tradutor, roteirista etc. Discorda: “Humorista eu não sou. Por acaso, o que escrevo é que tem humor. Só quem tem humor é que sabe escrever sério”.

E escancara: “O humor é a quintessência da seriedade”. Recusa também o título de poeta. “Poeta é Manoel de Barros. Ele, sim, é um poeta”. E completa: “Eu só sou um cara que anda na rua”.

Anda e todos o cumprimentam. Millôr é boa-praça. Tem um apartamento onde mora em frente à praia. Millôr é o Rio de Janeiro. É só fazer sambar três letras de seu nome. O Rio aparece sem tirar nem pôr, como um sol no Arpoador. Millôr também é Miró. É só abrir o acento. Mas nem sei se ele gosta do pintor espanhol. Na entrada da cobertura, vi um pôster de Picasso. A porta, também vermelha – não lembro – parecia a do palácio de Salvador Dali. Um gênio.

“Não gosto de ser chamado de gênio. Eu não sei fazer nada. Eu faço as coisas o melhor possível com medo de que as pessoas achem uma merda. Então talvez seja por isso que eu faço muito melhor, entende?”.

Fomos continuar nossa conversa em um restaurante. Os garçons sabem o que o Millôr come, já providenciam o pão – “com cara de pão” – que ele gosta. “Niemeyer acabou de sair, perguntou pelo senhor”, disse o maître, no melhor humor.

No final do jantar, Millôr pagou a conta. Fiquei sem graça, mas tudo bem.

Sou um homem de sorte ou não sou?

Eraodito

Terça-feira, Janeiro 07, 2003
Adeusinho a essa vista linda de Copacabana, aos meus amigos, a toda a inspiração que o Rio me traz, mesmo com esse cheiro de lixo nas ruas, mesmo com esse calor que me derrete os poros. O Rio pode ter os defeitos que quiser, mas é a única cidade desse país que me mata de saudade.

Tchau, Rio. Vou sentir a sua falta.

.: Lady Averbuck :. 5:10 PM

21.1.03
MOCKERY 2003
gringo é gringo em qualquer lugar

Na longa viagem Rio-Londres tinha um par de paulistas chatos pra cacete sentados no banco da frente. Porra, ninguem nunca lhes avisou que nao dá pra ser malandro com esse sotaque? Bem, os caras insistiam e ficavam chamando a aeromoca de cinco em cinco minutos pra passar cantadas mesquinhas e fazer perguntas cretinas. Uma delas no entanto foi interessante, aconteceu quando avisaram que iam passar o Spray desinfectante no aviao, uma obrigacao segundo as normas Britanicas. Acontece que eles tem medo de pegar alguma doenca tropical, por isso qualquer voo vindo de paises mulambentos como nosso querido Brasil tem de ser desinfetado, as aeromocas entao percorrem a classe economica espirrando o spray na cara das pessoas, na executiva e primeira classe eles soa mais discretos e apontam o spray para cima de maneira que o liquido disspesse e caia em cima de voce na forma de chuvinha ao inves de diretamente. Os paulistas ultrajados perguntaram o que aconteceria se elas nao passassem spray porra nenhuma, ninguem iria saber, dai as minas informaram que as autoridades britanicas exigem as latas vazias de spray no aeroporto antes dos passageiros desembarcarem, se isso nao acontecer ninguem desembaraca. O que aconteceu foi que depois das 12 horas de voo, uma passageira passou mal e desmaiou na aterrisagem, fiquei sabendo que segundo as normas britanicas ninguem deveria desembarcar ateh a mina ser retirada e descobrissem o que sucedeu. Ainda bem que a tripulacao foi malandra e nao avisou porra nenhuma as autoridades britanicas e pudemos desembarcar em paz.

No aviao li uma Newsweek (a Veja americana, cheia de noticias internacionais, opinioes revoltantes e materias de caap estupidas como "How to reduce fat from your meal"), logo na capa chamada para CITY OF GOD, o estonteante filme que conta a historia do aspirante a fotografo ROCKET e o bandido Li'l Zé. Sim, estamos falando de Cidade de Deus que ate onde vi foi muy bien recebido pela critica Ianque e Britanica (tah entre os cinco recomendados da revista Time Out), sera que desta vez a gente ganha o Oscar? Na segunda pagina da revista uma materia sobre o Lula, com foto e tudo. Na primeira edicao do ano onde eles fizeram uma retrospectiva fotografica de 2002, junto da vitoria da nossa selecao, a crise do Iraque, a crise da Coreia e o genocidio da policia Russa no sequestro do teatro estava tambem a vitoria do Lula. O presidente sem dedo mal assumiu e ja formou facçl;ão, o ADV (Amigos da Venezuela), o barbudo já é como disse meu amigo Tomate a "Esperanca do terceiro mundo". Será?

Eu so sei que estes dois dias de primeiro mundo so me servem para provar que a democracia e mesmo uma cascata. Veja so, num pais como um Brasil que e uma falsa democracia tu pode fazer um bando de merda, enquanto nestes paises de primeiro mundo se voce beber na rua tu e o bar que te vendeu a bebida se fodem bonito, sem contar que militarmente estes paises fazem o que quizerem com o sem o apoio da populacao. Os Ingleses estao revoltados com o apoio dado ao Bush pelo Tony Blair, que deve mandar esta semana 60mil soldados pro Golfo Persico. Pudera, afinal nao ha provas que o Saddam possua armas de destruicao em massa e nem apoio do conselho de seguranca da ONU para tal investida e alem do mais, se o bigodudo realmente tem bomba atomica o primeiro alvo nao deve ser Israel, que fica pertinho dele, e sim a Europa, e qual pais escolher senao aquele que tah apoiando os Ianques e seus Tomahawks?

Hoje de manha encontrei Alexis, argentino de Cordoba e amigo das antigas, passei dois veraos com ele ha dez anos atras em Miami. A gente tinha terze anos e tocava o terror naquela cidadezinha, sacaneando todo Ianque que pudessemos. Hoje em dia nao ficaram muitos Ianques por la para sacanear. O moleque estudou Gastronomia na Argentina e foi pra Londres atraves de uma agencia que lhe descolou um visto de estudante para a Inglaterra e um trampo num hotel. Chegando la o pobre Alexis se deu conta que o tal hotel nao tinah nem cozinha e o salario nao era o que haviam lhe prometido, pra piorar quando chegou o inverno ele ficou doente, faltou ao trabalho, foi demitido e nao lhe queriam pagar tudo o que deviam. Depois disso ele ainda passou por mais dois hotel e foi igualmente mal-tratado, hoje em dia distribui panfletos numa esquina por tres libras a hora, o que eh muito dinheiro pra um Brasileiro (uma libra eh tipo seis reais), mas porra nenhuma pra quem quer viver numa das cidades mais caras do mundo. É mesmo uma merda ser imigrante.

Mazelas a parte saimos pra passear, o moleque me levou ao Soho onde conehcia uma loja que vendia 4 CDs por 10 libras, la tinha uma porrada de vinils de Rock tambem, mas acabei nao achando nada que me interessasse. Dando um Role por la acabei descobrindo umas lojas de disco onde achei uns puta discos jamaicanos por uma libra, descolei um classico do Max Romeo com o Sly & Robbie, Augustus Pablo e Keith Richards (ele mermo!) na banda e um de dubs do Sly & Robbie sobre sons do Peter Tosh, Bunny Wailer e outras perolas do Studio One. Tem uma porrada de lojas de vinil, isto daqui eh um paraiso dos Dee Jays e Selecters, sem contar que TODOS, eu digo TODOS os albuns saem em CD e Vinil, sendo que muitas vezes o vinil eh mais barato, o que eh estranho porque seu material eh muito mais caro... vai entender essa maldita industria fonografica. Numa destas lojas encontrei a categoria BRAZILIAN HOUSE, onde o disco mais curioso era MUSICA DE FUTEBOL que tinha na capa uma foto do Pelé em pose de pin-up no Maraca com uma bola no pe e um violao na mao. Tinha tambem os discos do finado Suba, um carinha que faz tremendo sucesso no exterior mas que no Brasil ninguem fora alguns paulistas modernetes nunca ouviu falar, eu soube da existencia do tal do Suba em 2001, quando conferi na Ecosystem a SUBA DREAM BAND, formada por Soul Slinger e sua trupe, e impressionante tambem o sem fim de DJs e selos barsileiros que bombam aqui no exterior e sao ignorados na terrinha. Tudo isso so me deixa mais confiante para ao voltar ao Brasil tocar meu projeto MACUMBA PRA GRINGO, para tal eu so preciso de um negao sarado que engane na percussao, uma mulata gostosa que engane no samba e um DJ muderno que engane nos Beats e Scratchs, eu vou ser o empresario e fazer essa trupe rica aqui na Europa. Bem, no minimo a gente come umas mulheres.

E sexo é o tema final deste post, já que o unico computador com acesso livre no hotel fica no Business Center onde ta rolando uma Happy Hour e tem uma porrada de Ingleses super-elegantes, bebados e malcriados me enchendo o saco aqui. Pero das lojas de vinil do SoHo tem uma porrada de STRIP CLUBS, putaneiro que sou me aproximei de um deles pra saber como funciona o negocio (eh claro que eu nao vou pagar pra ver um Europeia branquela e fria pelada), cheguei num que tinha um cartaz enorme dizendo CINCO LIBRAS, perguntei pra mina quanto custava o babado, ela repetiu cinco libras, confesso que ate pensei em entrar, mas como nao sou mais garoto sabia que nao podia ser tao barato. Uma Europeia nao ia tirar a roupa por tao pouca grana, no Brasil com essa grana tu consegue de dois a tres programas na mimosa, e se for bem esperto e boa pinta uma puta completa da Prado Junior. Me lembrei da vez em que ainda era garoto e entrei num lugar desses em Buenos Aires, as putas vinham falar contigo e te apalpar masa pediam que tu pagasse Cuba Libres pra ela, as Cubas eram na verdade coca-cola com gelo e os precos exorbitantes, quando descobri a mamata me recussei a pagar e um boludo de cem quilos me ameacou dar porrada se nao pagasse, foi ai que tirei meu as da manga, revelando que era um menor de idade e tinha entrado na boate com identidade falsa, e que se ele tocasse em mim tava fudido pro resto da vida, acabei saindo fora sem pagar nenhum puto! Voltando a Londres... A mina dizia que eram cinco libras de entrada, mas dai eu avisei com meu olhar fotografico num cantinho sujo uma placa dizendo YOU MUST BUY A DRINK. Aha! Ai tava a mamata! Eles devem cobrar um absurdo pelo drink, quando lhe perguntei sobre o preco do drink ela me apontou o Menu, quatro libras o half-pint e oito libras o pint... Ainda me parecia estranho, foi quando eu vi no cantinho do menu em letras miudas um PLUS VAT AND HOSTESS CHARGE. O VAT eh o imposto obrigatorio daqui e o tal de HOSTESS CHARGE era uma taxa de TRINTA E CINCO LIBRAS escrito de lado no menu em letras miudinhas, miudinhas. Imagino que a maioria dos turistas deve entrar batido e receber essa informacao la dentro atraves de um Ingles gordo. E o pior de tudo, EH TUDO DENTRO DA LEI!!!! Essa e uma das coisas podres do terceiro mundo, porra, em Copacabana eles podem te cobrar caro pelas bebidas pra entrar nos clubes de strip, mas nao tem essas putarias, quer dizer putaria tem muito, as minas esfregam a buceta na tua cara e tudo,e nao eh porque querem comprar sapatos novos ou cuidar dos filhos, eh comprovado que a maioria das putas do rio realmente gostam de ser putas, eh como diz aquele velho ditado "no Brasil puta se apaixona eh traficante eh viciado"... Depois de ler as letrinhas miudas ri da cara da mina e fui embora.

Fico imaginando o terrir que um malandro de verdade (nao eu, que so nao sou garoto, sou apenas um amador) pdoeria tocar nesta cidade. Porra! Aqui nem a policia anda armada!!! Ontem policiais invadiram uma Mesquita que escondia terroristas no norte de Londres. A operacao contava com um Helicoptero e trinta policias, "alguns armados" dizia o jornal. PORRA! os caras vao prender supostos terroristas e so alguns estavam armados!!! Tudo bem, os caras nao ofereceram resistencia e tudo o que acharam na mesquita alem de dezenas de passaportes falsos foi uma arma de tasers a tal da "Stun Gun", aquele bagulho que solta faiscas usada pela policia Ianque pra reprimir manifestacoes, que por sinal eh proibida no Reino Unido, como todo tipo de arma de fogo. Ate a porra da equipe olimpica britanica tem de treinar tiro ao alvo fora do pais (tipo na suica, onde qualquer reservista tem um rifle em casa). No entanto a incidencia de crime com armas no Reino Unido cresceu drasticamente nos ultimos cinco anos, sendo que na maioria das vezes o crime eh realizado com REPLICAS (voces assistiram SNATCH?), e a media de homicidios por ano eh menos de 1% comparado a media norte-americana.

E na terrinha a gente jah tah acostumado a ver molequinho com AK-47... Porra... E alguem ainda quer me assustar por aqui!? Speak Serious my friend!!!

E a moral do Posta Eh:
Acentos... Mal com eles, MUITO pior sem eles...
-- Matias Maxx, 1/21/2003 02:11:32 PM

 

hitofdasummer
Óculos escuros e cabelos ao vento

»  "Faz Tempo", Nação Zumbi
»  "Things Are Getting Better", N*E*R*D
»  "Pasta Al Burro", Bugo
»  "Ball of Confusion", Temptatins
»  "Go!", Tones on Tails
»  "Falador Passa Mal", Originais do Samba
»  "Highagain", Stereo Maracanã
»  "I Want a New Drug", Huey Lewis & the News
»  "Medicine Man", Playgroup
»  "Locomotion", Grand Funk Railroad
»  "Walking on Thin Ice", Yoko Ono
»  "Walking on Sunshine", Katryna & the Waves
»  "Sapo da Banca", Záfrica Brasil
»  "Snip Snap ", Goblin
»  "See You", Depeche Mode
»  Os quatro primeiros compassos de "Hey You", Bachman-Turner Overdrive
»  "Baby I'm Gonna Leave You", Led Zeppelin
»  "Tarja Preta", Wado
»  "Ape Man", Kinks
»  "19 Rebellions", Asian Dub Foundation + Edy Rock
»  "O Caminho do Bem", Tim Maia
»  "Cross-Eyed and Painless", Talking Heads
»  "Poweride", Marcos Valle
»  "Chunk of the Winter", Pablo
»  "Mysteries of Love", Fingers Inc.
»  "The State of the Union-Tronik", Thievery Corporation
»  "Take On Me", A-ha

50 de 2002
Aos poucos eu vou
colocando as resenhas

  1. In Search of... - N*E*R*D

  2. Nação Zumbi - Nação Zumbi

  3. Blazing Arrow - Blackalicious

  4. The Private Press - DJ Shadow

  5. The Eminem Show - Eminem

  6. Ciclo da De.Cadência - Cidadão Instigado

  7. Cinema Auditivo - Wado

  8. Deadringer - RJD2

  9. Playgroup - Playgroup
    O Roxy era uma boate nova-iorquina que queria reinventar o princípio da disco num ponto de vista entre o electro, a new wave, o hip hop e a world music. O Playgroup é como um parque temático musical sobre o Roxy. Sem soar retrô.

  10. Nada Como Um Dia Após o Outro Dia - Racionais MCs

  11. Fantastic Damage - El-P

  12. Mind Elevation - Nightmares on Wax

  13. Start Breaking My Heart - Manitoba

  14. Geogaddi - Boards of Canada

  15. Angles Without Edges - Yesterday's New Quintet

  16. Antigamente Quilombos Hoje Periferia - ZÁfrica Brasil

  17. EP - Casino

  18. In Between - Jazzanova

  19. Murray Street - Sonic Youth

  20. All of the Above - J-Live

  21. Walking With Thee - Clinic

  22. Contraditório? - DJ Dolores

  23. Scorpio Rising - Death in Vegas

  24. Evil Heat - Primal Scream

  25. Sea Change - Beck

  26. Concrete Dunes - Grandaddy

  27. Outubro ou Nada! - Bidê ou Balde

  28. As Heard on Radio Soulwax, Pt. 2 - 2 Many DJ's

  29. Are You Passionate? - Neil Young

  30. Amanhã É Tarde - Fellini
    A maturidade fez a dupla Cadão e Thomas perder um tanto da espontaneidade ingênua que era um dos charmes do grupo. Mas com ela, veio uma segurança musical inédita, colocando o Fellini ao lado de seus contemporâneos europeus. Para exportação.

  31. Out of Season - Beth Gibbons & Rustin Man

  32. Yoshimi Battles the Pink Robots - Flaming Lips

  33. Kittenz and thee Glitz - Felix da Housecat

  34. Handcream for a Generation - Cornershop

  35. Coleção Nacional - Instituto

  36. Combatente - Stereo Maracanã

  37. Original Pirate Material - The Streets

  38. Déjà-Vu - Metrô

  39. Gerador Zero - Gerador Zero

  40. Life On Other Planets - Supergrass

  41. I Might Be Wrong - Radiohead

  42. Hate - Delgados

  43. Title TK - Breeders

  44. Panzertúnel - Objeto Amarelo

  45. The First Album - Miss Kittin & The Hacker

  46. Now You Know - Doug Marstch

  47. Come with Us - Chemical Brothers

  48. Disco novo - Kiko Zambianchi
    Um pouco de rock anos 80, um pouco das melodias do Teenage Fanclub, um acabamento Gallagheriano. Tudo que o Astromato devia ter tentado, se quisesse ir para a rádio.

  49. Yankee Hotel Foxtrot - Wilco

  50. Everyone Who Pretended to Like Me Is Gone - Walkmen
    Um dos poucos clones do Radiohead que não lembram o Toto.

carrossel
"Estamos envoltos por som"

»  Taking Heads
Remain in Light
»  Jimi Tenor
Higher Planes
»  DJ Marlboro
As Melhores do DJ Marlboro
»  Primal Scream
Screamadelica
»  Arnaldo Baptista
Lóki?
»  Wado
Cinema Auditivo
»  Pablo
95-97, Desafinado
»  Carpenters
The Singles (1968-1973)
»  Eddie
Sonic Mambo
»  The Mongo Hotline CD
Vários
»  Urban Renewal Program
Vários
»  David Holmes
Essential Mix 01/98
»  Serge Gainsbourg
Comic Strip
»  Pink Floyd
BBC Sessions

ou dá ou desce
Download enquanto é tempo

»  Snow Crash - Neal Stephenson
»  A Carta - Pero Vaz de Caminha
»  Illuminatus Trilogy - Robert Anton Wilson & Robert Shea
»  On Liberty - John Stuart Mill (capítulos 1, 2, 3, 4 e 5)
»  The Raven - Edgar Allen Poe (tradução de Machado de Assis)
»  Devil's Dictionary - Ambrose Bierce
»  Tao Te King - Lao Tsé
»  Contact - Carl Sagan
»  A Clockwok Orange - Anthony Burguess
»  A República - Platão
»  Contos Fluminenses - Machado de Assis
»  A Volta Ao Mundo em 80 Dias - Jules Verne
»  Neuromancer - William Gibson
»  The Heart of Darkness - Joseph Conrad
»  Lutando na Espanha - George Orwell
»  O Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto
»  Alice's Adventure in Wonderland - Lewis Carroll
»  Civil Disobecidience - H.D. Thoreau

Para ler arquivos em PDF, baixe o Acrobat

ehissaê
Dias dub e coração trankilo

»  LP&M Pocket
No sebo, então, melhor ainda.

»  1998
Grande ano.
»  Chiclete com Banana
Esqueçam os personagens, o conceito "revista underground" é que era do caralho.
»  Seu Espião, Kid Abelha & Os Abórboras Selvagens
O máximo de hormônio adolescente jamais registrado num disco feito em solo brasileiro.
»  Revival de Elis Regina
Mais rápido, senão perde o embalo!
»  Prince velho
2 cool 2 B true.

nadavê
Vodu é pra jacu

»  Atropelar alguém ouvindo "Under My Wheels"
Há limites para tudo.
»  Super 15
Quem disse que é legal? Quem disse que era uma boa idéia? E não bastasse vestir patinadores desempregados com o uniforme da vergonha, ainda tem bonequinho!
»  Coca-Cola
Vocês ouviram falar na história que a marca procurou o PT para patrocionar o partido nos próximos quatro anos? Nem eu.
»  Mundo Perfeito
Gerador de geradores. Entendi. Ha.
»  Big Brother 3
Todo mundo já sabe: quem ganha é o loser. Ou é a feia ou é o tanso. Sempre.

rapeize  >>
Eu vejum novo começo de era

»  Abonico
»  Alex
»  Cardoso
»  Cissa
»  Camilo
»  Clarah
»  Cláudia
»  Cleiton
»  Cosko
»  Custódio
»  Dago
»  Danilo
»  Digão
» 
»  Eduf
»  Farinha
»  Fernando
»  Flávia
»  Fred
»  FZero
»  Gaía
»  Galera
»  Giglio
»  Granado
»  Gui
»  Guilherme
»  Hector
»  Hiro
»  Jan
»  JP
»  Kamille
»  Lariú
»  Lia
»  Lillian
»  Lucianetti
»  Mabuse
»  Marcão
»  Mario AV
»  Matias
»  Maverick
»  Mini
»  Mutley
»  Nix
»  Nobre
»  Pablo
»  Panço
»  Paulo
»  Privatti
»  Rafa
»  Ricardo
»  Rodney
»  Rodolfo
»  Sílvio
»  Simone
»  Sol
»  Tacioli
»  Thaís
»  Tom
»  Tomate
»  Vlad
» 

altos massa
Onde é que eu ponho isso...

»  Rock in Rio 2001
»  Trabalho Sujo   >>
» 
1999   >>

» 
Ano 2000
»  Termômetro

» 
Britney, Madonna e Christina
» 
Retrospectiva 2001
»  Tudo ou Nada
»  BR 116 1 e 2
»  Soul Cyber 2002
»  Matias Psychedelic Breakfast

» 
Dezembro de 2002
»  Play(ers)  >>
» 
Abril Pro Rock 2001
»  Órbita (SomLivre)  >>

passadas
Aquela outra lá

»  026
»  027

© 2003 Reprodução permitida com a autorização do autor