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(n) - texto novo
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consciente
coletivo
Usando a ressonância mórfica ativamenteVou começar com o exemplo clássico, para ir
direto ao assunto. Duas ilhas, intocadas pelo homem, repletas de macacos, ambas distantes
entre si o suficiente para que nenhum macaco consiga ter qualquer tipo de contato com
outros da outra ilha. Eis que, um dia, um macaco descobre que, ao bater com uma pedra no
côco, ele consegue abri-lo de forma mais prática e rápida do que simplesmente
arremessando-o ao chão. Aos poucos, por observação, os outros o imitam e logo toda ilha
está usando tal tecnologia. Até aí, tudo bem.
O lance é que quando o último macaco da
primeira ilha aprende a usar as pedras, um outro macaco, da segunda ilha, aprende logo
em seguida. Sem nunca ter estado próximo da primeira ilha, nem conhecido qualquer
outro macaco que soubesse abrir cocos com pedras. A idéia vem - puf! - como se fosse
mágica.
O que o inglês Rupert Sheldrake descobriu é que
não é. Em cima das experiências do americano William McDougal (que passou uma década e
meia ensinando gerações de ratos de laboratório que o alimento estava no buraco escuro,
e não no iluminado), ele resolveu ir além. Os resultados das experiências da McDougal
já eram absurdamente intrigantes: afinal, não só os descendentes dos ratos testados
aprendiam a ir no buraco claro como os outros ratos, fora do laboratório,
também aprendiam isto. A espécie aprendia.
Sheldrake resolveu ir adiante com os
experimentos. Testou com outros animais, sempre com o mesmo resultado. Testou com cristais
(que "aprendiam" a se sintetizar logo após que um primeiro laboratório
conseguia produzir o cristal in vitro). Testou com seres humanos: primeiro com aquele tipo
de truque de ilusão de ótica em que as letras de uma palavra estão em branco e os
espaços em preto, dando a impressão que as letras são os espaços (você sabe: ou você
lê "Jesus" ou "Todo viado é míope"). Depois ensinando palavras e
frases em japonês para crianças inglesas (que "aprendiam" mais rápido as
frases que faziam sentido - para quem sabe japonês, claro - do que aquelas que não
diziam nada). Em todas as experiências, o mesmo resultado.
Ele chegou à conclusão que a informação era
transmitida entre exemplares da mesma espécie como um campo magnético, mas ao contrário
destes, ele atravessa todas as barreiras físicas e parece comunicar-se diretamente com o
DNA do indivíduo - que não seria pré-programado, mas aberto a "sintonizar-se"
aos campos de idéias que melhor se adequem às necessidades do ser. À sua descoberta,
batizada "campo mórfico", acrescentou a manifestação deste campo, chamada
"ressonância mórfica".
Contestada pela ciência tradicional, se
correta, a ressonância mórfica muda não apenas a biologia, mas praticamente tudo. Ela
provaria a existência, sim, de um inconsciente coletivo que age com a realidade e
transcende teorias. Se correta, a ressonância mórfica põe em xeque o evolucionismo de
Darwin, o conceito de memes, métodos de educação e aprendizado, a psicologia de Freud
(Jung a abraçaria de imediato), além de reconsiderar hegeres da ciência moderna como
telepatia, percepção extra-sensorial, paranormalidade, entre outros. Se Sheldrake tiver
razão, vale o ditado que diz que a fórmula da Coca-Cola (ou o segredo do McDonald's,
dependendo da fonte) é estar em todos os lugares ao mesmo tempo.
(Tudo isso que eu falei não é novidade - há
mais textos em português sobre isso aqui [será que é o mesmo Marcos Bragatto que eu tou pensando?], aqui, aqui e aqui,
além de Sheldrake ter vários livros publicados no Brasil).
O próprio fato de você estar sendo apresentado
à ressonância mórfica é um exemplo dela mesma. Pense com seus botões nas causas e
conseqüências de tudo que acontece à luz desta descoberta. Chavões como "nada é
por acaso" ou "tive uma idéia" se desfazem. E faça uma experiência:
conte sobre isto para algumas pessoas e espere alguns meses, para ver quantas pessoas te
comentarão sobre este assunto.
Noutro experimento semelhante, comece a dizer
pra todo mundo que a Guerra do Iraque é uma balela, um capricho do governo Bush e que ela
não vai acontecer. Não duvido que é este tipo de afirmação pontual que moveu os
protestos de 15 de fevereiro. Mais do que as convocatórias de última hora, é o
conteúdo dos protestos (frases claras, conceitos bem definidos, mensagens diretas - a
melhor resposta para a patinação verbal da década de 90) que os torna tão eficazes. A
frase "No War" num broche diz muito mais do que um artigo de página inteira de
jornal do intelectual da moda.
A experiência, agora, não é fazer com que a
guerra não aconteça (o que, etmologicamente falando, faz a guerra existir), mas dizer
que a guerra não vai acontecer. A próxima vez que te perguntarem sobre guerra, pergunte
"qual guerra?", em tom de desprezo. Sei que soa tão utópico e inocente quanto
o Uri Geller pedindo pra todos mentalizarem o fim do funiconamento de todos os mísseis do
planeta na abertura da Olimpíada de Sidney (o que não aconteceu... Hmmm...), mas não
custa nada. E como não vai rolar guerra mesmo, depois tu ainda tira onda eu-já-sabia.
Vai dar certo. Acho que esse é o grande mérito
da descoberta, a grande lição que a humanidade pode dar à natureza - tornar o
inconsciente coletivo consciente de si.
(A propósito, nada a vê: Ressonância Mórfica
também é uma banda manaura ressurgida em Goiânia).
talagadas
Random tidbits sobre porranenhuma
Aê
Mor preguiça de falar daquilo tudo, falo na quinta-feira agora.
Foda-se se não for verdade
Frases de George W. Bush:
"Uma palavra resume provavelmente a responsabilidade de qualquer governante. E
essa palavra é 'estar preparado'."
"O futuro será melhor amanhã."
"Eu mantenho todas as declarações erradas que fiz."
"Nós estamos preparados para qualquer imprevisto que possa ocorrer ou não."
"Para a NASA, o espaço ainda é alta prioridade."
"O povo americano não quer saber de nenhuma declaração errada que George Bush
possa fazer ou não."
"Não é a poluição que está prejudicando o meio-ambiente. São as impurezas no ar
e na água que fazem isso."
"O futuro será melhor amanhã."
"O futuro será melhor amanhã"
Emoldure esta frase num quadro e transforme sua vida numa bosta. É como
"o futuro já começou": transforma esperança em ansiedade.
E diz um inglês desses:
"Ansiedade faz consumidores modelo". Dia desses eu traduzo o
texto todo aqui.
Jacaré no esgoto
O Demolidor é melhor do que o que parecia vir. Afinal, ele pertence
àquele gênero de filmes ("filmes com Ben Affleck") que compromete qualquer
tipo de produção. Passada a raiva inicial (uniforme de couro? máscara com o nariz à
mostra?) e zerada a expectativa após o trailer, o filme até que faz direitinho: Jennifer
Garner não é a melhor Elektra possível (Elektra tem uns dois metros! De perna!), mas
não perde a compostura, o Rei negão parece o Dr. Dre e o novo galã de Hollywood (Collin
Farrell) mata a pau como o Mercenário. Affleck não compromete tanto o filme (apesar de o
melhor de sua atuação serem seus óculos escuros - bem massa), que opta por uma linha
mais light e descompromissada, sem o nerdismo no último de Homem-Aranha e X-Men (que
tratam quadrinhos de super-herói com toda a erudição necessária). Mas este está
presente: preste atenção no senhor que Matt Murdoch, ainda moleque, interrompe ao
atravessar a rua e o sobrenome dos boxeadores que lutavam contra seu pai. E quando
aparecer um rosto em extremo close com uma caneta enfiada na testa, pode cutucar quem
estiver do lado e tirar uma onda: "Esse é o Frank Miller".
Street global
Nesta sexta, ponho em prática um conceito que venho bolando há um tempo.
Ali no terceiro andar do Edifício Guanabara, na frente do antigo Correio Central, do lado
do metrô Anhangabaú (número 126 da Avenida São João). Das 23h à 1 da madruga, no
chill-in da festa Temp. Não prometo
nada...
Feliz ano novo
Afinal, só agora 2003 começa.
resenhol
Discos, discos, discos...
Laboratório - Grupo de Experiências Multimídia
- Labo
O Labo é a metade musical do grupo multimída Laboratório (a outra é o
coletivo de design Bijari - o site
vale a visita, confie), mas ao contrário do que reza o clichê, a experimentação não
toma conta do conceito a ponto de restringir a audiência. Há um compromisso com o ritmo
que coloca o grupo no mesmo eixo de dance experimental de nomes como AD, Bojo e
Carregados, introspectivo o suficiente para não lançar a versão brasileira dos Chemical
Brothers (a vaga está aberta, basta alguém se dispor). É claro que há aquele verniz
publicitário característico destas produções, mas nada que atrapalhe a audição.
Pisando na trilha psicodélica que liga o A Saucerful of Secrets ao Vanishing Point, o
Labo faz o que toda estréia precisa fazer: deixa sua marca. Falta ousadia e peito, mas,
calma, uma coisa de cada vez. O disco você consegue via Reco Head.
Deus e o Diabo
A impressão inicial é que a banda gaúcha Deus e o Diabo se exercita
muito fugindo dos rótulos. As quatro músicas de seu primeiro EP exercitam a
possibilidade de não lembrar nada à primeira audição. Guitarras ambient, teclados
tristes, um baterista enfurecido e o jogo de vocais de Thiane Nunes (que canta gelada e
teatral) e Rafael Martinelli (que canta com o sotaque de um disco rodado de trás pra
frente). Mas música é engraçado: se não se encaixam em nenhum cânone histórico (há
referências vagas, com o tempo: pós-punk melancólico, Portishead, cabecismo Radiohead e
), automaticamente parecem pertencem a uma classe musical ainda dispersa, que inclui nomes
novos como Casino, OAEOZ, Santo Samba, Svetlana, Tom Bloch e Valv, vagando entre o
indiesmo sentimental e a MPB de uma realidade paralela. O grupo é um dos integrantes do
manifesto gaúcho Estética do Fracasso e seu disco pode ser comprado pelo site da banda.
Hellburst - MQN
Esse é do ano passado, mas faço questão de resenhar, porque quando o
MQN lançou seu CD (nos idos de 1999), criou uma expectativa muito grande para um disco
muito ruim. A banda era novíssima, não tinha chegado a um consenso sobre o tipo de som
que faziam e vagavam no limbo do "rock alternativo". Seu grande trunfo era
colocar Goiânia no mapa indie que se desenhava àquela época - daí a expectativa,
criada em emails superlativos do vocalista Fabrício Nobre. A tática Stone Roses
funcionou ao contrário e muita gente - eu incluso - desdenhou a banda. Mas desde então,
firmaram o pé no ruído garagesco e passaram a associar a banda a um imaginário
babilônia rock'n'roll: gostosonas gigantas, fogo e demônios, como se fossem uma das
inúmeras bandas que habitam a cabeça do ilustrador Coop. O CD Hellburst, gravado no ano
passado sob o olhar insano dos Man... Or Astroman?, incendeia as caixas de som com
guitarras-caixa-de-abelha e vocais garganta-rachada explicitando o parentesco do grupo com
seus tio-avós Stooges. Não tive a oportunidade de ver a banda ao vivo (dizem que é aí
que as coisas pegam pesado, com Nobre cuspindo fogo na platéia), mas Hellburst é o
suficiente para reparar a imagem da banda, ao menos pra mim. Peça o disco no site da banda.
cut+paste
Citar é fácil
Vai Lacraia!
Todo mundo anda metendo o pau na Lacraia e no MC Serginho. É infalível! Tanto
agrada ao público que está em todo lugar mas todo mundo mete o pau assim mesmo. É claro
que o bom gosto é a principal alegação, e depois aquela ladainha toda de que a TV tem
que servir à educação das criancinhas, à manutenção de nossa cultura e tudo o mais.
Não vou advogar contra essas causas. A TV Cultura tem feito esse papel muito bem e a TV
Educativa poderia receber mais investimentos para dar visibilidade aos eventos culturais
de muito valor e pouco interesse comercial. Acho ótimo, adoro a iniciativa e o apoio mas
acho ingênuo querer que TVs abertas e em horário nobre encampem essas premissas ao
invés de, simplesmente, lutar pelo ibope. O que rola é uma luta de minuto a minuto pela
audiência e coisas imples, populares e de fácil memorização são as poucas chances
musicais nesses canais em horário dito nobre. Ah, outra coisa: quem tem que dar
educação é família e escola. TV informa e diverte.
Voltando à Lacraia. O problema talvez não seja exatamente a
Lacraia mas o destaque que ela tem ou a ausência de outras coisas que equilibrem a
balança de nossa auto-imagem. Explico: Há 20 anos existiam as chacretes e chacretes eram
chacretes, exatamente como as de hoje e a Lacraia é uma chacrete 2003. Eu adorava
Chacretes e via muitas crianças dizendo que queriam ser chacretes quando crescessem e
algumas acabaram virando Paquitas que é mais ou menos a mesma coisa. Há uma linha
evolutiva da televisão que pode ser avaliada por esse segmento. As chacretes existiam mas
elas sabiam que a Maríla Pêra ou a Fernanda Montenegro, ou a Marília Gabriela etc.,
eram as mulheres que falavam. A Rita Lee era sucesso, assim como Gal, Bethânia, Zizi,
Rorô, Marina etc., eram as que cantavam e também falavam. Elas dançavam. Chacrete
antigamente não tinha programa de televisão, não aparecia em programa de entrevista,
não dava receita de dieta, não reclamava pensão de jogador de futebol em jornal, nada
disso. Chacretes dançavam. Hoje só mulheres reconhecidas pelos atributos físicos são
reconhecidas e ganham destaque na mídia. Sejam atrizes, dançarinas ou putas. Tem que ser
gostosa. Se for modelo melhor, aí engloba todas as categorias anteriores. Sim, não há
mais puta no país: todas são modelos/atrizes que querem ser apresentadoras. Todas!!!! E
eu amo as putas, não tenho nada mesmo contra, acho fantástica a escolha delas, de
venderem a si mesmas a ilusão de que são queridas e desejadas, explorando o desejo de
rejeitados e reprimidos. A puta é quase uma utilidade pública. Quantas almas não se
salvam nas mãos e pernas de uma puta. A puta é uma entidade fundamental, referencial, e
merece todo o nosso respeito e admiração. Recordo-me de ver em Amsterdam o marido de
uniforme de operário esperando a esposa sair da janela em que ela trabalhava seis horas
por dia atendendo turistas a 50 florins por meia hora de sexo. Tudo em família, sem
falsidade, sem hipocrisia e sem julgamento moral. E no bairro da luz vermelha de Amsterdam
tem igreja, creche, colégio e é muito seguro. A polícia proteje muito as putas de lá.
Deixando as putas de lado, voltemos às chacretes. Conheci
Sarita Catatau na casa de Cazuza. A menina era uma das chacrestes mais engraçadas por ter
uma característica: era muito agitada, dançava mais rápido que as músicas e era uma
pilha só. E freqüentava a casa do Cajú! Mas não queria fingir que era isso ou aquilo,
não posava de politicamente correta, não queria ser mais do que tinha conseguido na
vida. Era chacrete.
Nada contra o fato de uma das Angelicats ter virado uma das
principais e mais talentosas de nossas jovens atrizes. A melhor, das novas, pra mim é a
Ana Paula Arósio, uma ex-modelo que tem um talento inegável. O problema é que mulheres
talentosas e inteligentes não ganham destaque. Tem que ser bunduda. Tem que ser malhada.
Tem que ser, ao menos, magricela e alta. Tem que ser sueca. Tem que isso e aquilo. E
mulher doutora? E mulher que toca a vida com amor e carinho mas não é comparável às
beldades? Temos mulheres maravilhosas nesse país e quase só vejo putas dando entrevista
na TV!!!! É só cachorra!!!! E daí vem o povo e põe a Lacraia no meio do pacote. E eu
tenho que levantar a questão. A Lacraia é a anti-puta. É autêntica, livre,
despretensiosa, original, corajosa, surpreendente, alegre, leve. Lacraia transcende! Vamos
ver as coisas como elas são: em um mundo machista, preconceituoso, em que vigor físico,
força, é cobrado de homens e mulheres, aparece a bicha magrinha, soltinha, do jeito
dela, de sandalinha, dançando e ganha espaço. As bundudas todas para escanteio; quem
arrebenta no rebolado é a Lacraia. E rebola mesmo, sem ser de perna aberta, essa moda
vulgar que a música baiana trouxe. Sem rebolar de perna aberta, como uma legítima
chacrete, e sem pretensão de ser outra coisa. Lacraia é dançarino. Gay, assumido,
divertido, pinta o cabelo de loiro, não se dobra a nenhum padrão e tem como parceiro um
MC hetero. Sinal de pura aceitação, tolerância, integração. Ela dança, ou ele
dança, de seu jeito, muito mais discreto que a maioria dos homens que dançam funk
carioca na TV. Menos gestos de sexo e mais rebolado de mulata. Mais graça e alegria.
Bom gosto? Como dizia Nélson Rodrigues; bom gosto é uma
qualidade de quinta categoria. Ele mesmo passou a vida e toda a brilhante obra sem
sequer esbarrar no bom gosto. Um heroísmo!! então, foda-se o bom gosto e viva a
sensualidade ao invés da vulgaridade. E viva a alegria ao invés da baixaria. Viva o gay
que vive sua sexualidade sem censuras e abaixo o alpinismo sexual/social. O problema não
é a Lacraia. O problema é o que está em volta. E o que não está.
blogger + google 2
A nuvem da dúvida ainda paira sobre e-topia
Semana passada, publiquei uma matéria na Folha
sobre blogs, aproveitando o gancho do título aí em cima. Para isso, conversei com alguns
nomes do meio eletrônico brasileiro e celebridades blogueiras (o adjetivo
"blogueiro" é o "metaleiro" desta geração) sobre vários assuntos,
inclusive a compra do Blogger pelo Google. Quando o editor me disse o espaço que teria
para a matéria, podei uma larga parte do material, que já vinha de uma triagem que daria
dezenas de páginas do Word, e reduzi 6 mil toques a esse tantinho
aqui. Sem contar que nada do material sobre o Bloogler foi usado.
Optei em continuar a discussão aberta na semana passada com mais aspas alheias. Sente o
drama.
Pedro Dória, Nomínimo
"Não creio que blogs venham a ficar mais mainstream do que já são na
internet. Tem uma coisa interessante que pode acontecer. Se o Google comecar a indexar
minuto-a-minuto os blogs da dupla Blogger/Blogspot, quem for procurar por noticias do
cotidiano talvez acabe encontrando mais e mais links para blogs do que para veículos
tradicionais como New York Times ou CNN. Nos blogs, invariavelmente, encontrarão ainda
links para os NYTs e CNNs da vida. No fim, se isso acontecer, pode reforçar o papel dos
blogueiros como fontes secundárias de informação. Serão editores. Não se esqueça que
75% das buscas feitas na internet são feitas no Google.
Daniela Abade, Mundo Perfeito
"Acho que para os usuários do Blogger haja uma maior facilidade ainda de
postagem e outros recursos disponíveis. E por causa do universo que o Google atinge, a
tendência é que mais pessoas resolvam fazer seus blogs".
Manoel Fernandes Neto, Nova-E
"Não vejo grandes mudanças no cenário. Vejo um grande negócio comercial
entre as partes. Temos que pensar que o Blogger original apenas impulsionou a ferramenta,
e continua impulsionando. Hoje já existem diversas outras alternativas similares. Além
de programas de códigos abertos que são customizados como muita facilidade e que
permitem a mesma coisa: colocar mais e mais pessoas com a voz real na grande rede"
Clarah Averbuck, Brazileira!Preta
"Talvez comecem a levar o fenômeno blog mais a sério - fenômeno que não
deixa de ser uma febre, mas também não quer dizer que vai acabar de uma hora pra outra.
O que eu acho é que os blogs ruins e rejeitados e mal escritos vão acabar (coisa ruim
não se sustenta) e os bons vão ficar e outros melhores vão surgir. Dá pra chamar de
seleção natural. Mas acho que os blogueiros não pensam muito nisso. Eu mesma não
penso"
Hernani Dimantas, Marketing Hacker`
"Por um lado, ficamos um pouco tristes pelo romantismo que circunda o Blogger,
mas por outro lado, nos aponta para outro patamar de importância. As empresas estão
começando a encarar os blogs com a seriedade que merecem. A compra pelo Google também
garante que os blogs continuaram a aparecer no buscador com relevância".
Rafael Spoladore, Rafa Inc.
"O Google é um grande processador / tratador / organizador de informações.
Agora ele também tem a ferramenta que produz essa informação. E se a discussão é a
qualidade da informação produzida por essa ferramenta, quem melhor que o Google para
classificá-la? Um recente
comentário do site Don't Believe The Hype, resumiu bem o poder do Google. É uma
ferramenta eficaz que conquistou a liderança justamente por causa dessa eficácia.
Parece que o Google está com sede de informação. Só lembrando que anos atrás ele
comprou o Deja.com, repositório de mensagens da usenet, e lançou o Google Groups. Tem em mãos o maior
arquivo de grupos de discussão desde a fundação da internet.
O Toplinks mostrou que foi
com bastante interesse, já que na segunda,
uma dia após o anúncio não-oficial nos EUA, os 3 primeiros links eram sobre o assunto e
outros relacionados também estavam listados no site.
Fica só a expectativa para saber se o Google vai apenas somar a ferramenta ao seu
portfólio de serviços, como fez com o Deja.com, ou vai criar algo ainda mais inovador em
cima dela. Eu fico com a segunda opção. Eles tem experiência e pessoal para isso".
Rossana Fischer, Wumanity
"Acho que não muda nada, ambos são ferramentas que permitem a difusão livre
do conhecimento de formas diferentes. Com o Google, qualquer um acha o conteúdo que quer.
Com o Blogger as pessoas disponibilizam rapidamente esse conteúdo, somado à sua cultura
pessoal. Como o Google tem grande experiência em servidores de alto tráfego, imagino que
a expectativa seja de melhora na qualidade do serviço do Blogger, que estava
sobrecarregado por ter mais de um milhão de blogs inscritos"
Cris
Dias, Toplinks
"Eu queria saber o que esses caras estão bolando. O grande medo é que o
Google, que é um ótimo mecanismo de busca "de nerds para nerds" siga o mesmo
caminho do Yahoo! e AltaVista que resolveram "aumentar a abrangência" para
ganhar dinheiro e se perderam no caminho, piorando a qualidade dos serviços. Eu acho do
"Bloogle" devem sair ferramentas que ajudem na troca de informação entre
blogs, a tal da 'web semântica'."
Edney Souza, Interney
"O Blogger é o maior canal do planeta para publicação de informação
independente, como 1,1 milhão de usuários e pelo menos 200 mil blogs (editores) ativos.
O Google é o maior canal para encontrar informações na rede, se você não sabe o nome
de um site, não sabe que jornal publicou uma notícia, ou em que portal existe um
determinado conteúdo, vá ao Google e pergunte a ele, ele tem uma resposta. Agora some os
dois, a maior fonte de criação (Blogger) com a maior fonte de distribuição (Google) de
dados, e temos um novo 'monopólio' da informação no planeta.
Fora que dessa união surgem novas ferramentas de exibição das respostas. Ex.:
Veja o que os sites de conteúdo falam sobre isso (+)
Veja o que os jornais tem publicado sobre isso (+)
Conheça a opinião dos blogs sobre o assunto (+)
De uma só vez você veria o conceito de algo, o impacto disso na atualidade e o reflexo
disso na população mundial, esse é um pequeno exemplo, conhecendo a criatividade da
equipe do Google, podem surgir coisas muito mais surpreendentes.
Muitos estão apenas achando 'legal' que o Blogger vai estar hospedado no Google e parar
de 'dar pau' (sair do ar), alguns poucos estão preocupados com o monopólio de
informação, outros poucos estão enxergando aí um novo boom de ferramentas
tecnológicas para a família Google e para o blogverso, e uma maioria percebeu que algo
grande vai sair daí mas ainda não entendeu bem o que será".
André Lemos, Ciberpesquisa
"Acho que não há grande mudanças, ao menos não dá pra saber ainda. Ao meu
ver as duas empresas agiam de forma a facilitar essa emissão e acesso livre da
informação. Assim, o casamento deve ser proveitoso se não houver grandes mudanças.
Eles já fazem sucesso como são: simples, diretos e eficientes. Não tenho idéia mas
acho que so pode ser positivo já que o Google e o Blogger são dois sucessos de acesso na
rede. Os dois atuam como flechas digitais em direção a manutenção da liberação do
pólo da emissão".
Guilherme Kujawski, ItauLab
"Escrevi no meu blog:
'A compra de Pyra Labs pela Google é o assunto do dia. Colocar todo o código do Blogger
em Java para fazê-lo funcionar em qualquer servidor e ainda por cima com uma senhora
funcionalidade de busca pode ser um bom negocio no setor de Intranets'.
Eu acho que tem vários aspectos essa compra, positivos e negativos. O lado
positivo (e o mais explorado pela mídia) é que a empresa de Evan Williams já estava
capenga há algum tempo, mesmo depois do fechamento de negócios no Brasil e Índia. Eles
estavam precisando urgentemente migrar os bloggers para servidores mais potentes. Mas há
um outro aspecto positivo: uma possível indexação especifica para blogs, assim como
existe hoje para grupos, diretórios, etc.
Os aspectos negativos também devem ser considerados. Creio que o pessoal do Google
deveria se concentrar em seu objeto de negocio e criar métodos mais éticos de venda de
publicidade. Deveriam se concentrar em sofisticar mais o inovador algoritmo de ranking que
inventaram. É sempre bom lembrar como é perigoso diversificar demais o negocio
principal.
No geral, estão otimistas. Até demais. A Cora Rónai achou a compra o máximo, pois agora o blog dela cheio de
fotos e imagens supostamente vai carregar mais rápido. O pessoal da Radinho de Pilha, uma lista que agrega vários
profissionais de destaque da internet brasileira, também está um pouco "Poliana
demais" e profetizou que um dos frutos da fusao pode ser a criacao de ferramentas
mais eficazes de datamining. Entretanto, alguém na lista lembrou que o Google pode não
ser a oitava maravilha do mundo e citou um recente artigo de Pedro Doria sobre o Google Watch".
Mário AV, Mário AV
"De cara, nada, exceto uma alegada ampliação dos servidores para melhorar o
serviço, que andava congestionado... Todo o resto é especulação. Por exemplo, se o
Google montar um banco de dados de busca melhor para os sites feitos com o Blogger, vai
ter que estender o privilégio aos concorrentes. O Google tem uma credibilidade tão
enorme que não pode se arriscar a tratar os sites de forma discriminatória ou parcial.
Se bem que já pintaram acusações de censura de sites comuns pelo Google.
Ninguém que conheço tem a mínima idéia do que vai acontecer. Muitos estão exultantes,
mas meio que sem motivo. Prefiro uma cautela desconfiada. A única certeza é que o Google
e a Globo.com agora têm laços diretos, já que a Globo é dona do Blogger em
português"
Jotaesse, Guia de Blog
"Ainda não se sabe ao certo, pois siquer se conhece a real intenção do
Google ao comprar o sistema Pyra / Blogger / Blog*Spot. Mas as especulações são muitas.
A fusão destas duas ferramentas (blog+search engine) oferece infindáveis expectativas de
utilização, inclusive no campo dos negócios. E são estas expectativas que ainda são
mistério. Mas a fusão mexeu com toda a internet e não só com a blogosfera.
Acho, particularmente, que será bom para todos, especialmente para o blogging,
pois o Google, agora somando a experiência de Ev Williams (ex-CEO do Blogger) e de sua
equipe, com a estrutura sólida que possue, poderá suprir as deficiências tecnológicas
que existiam. Mas, por outro lado, teme-se pela possibilidade de "concentração de
poder" nesta área.
Creio que seria interessante que os governos apoiassem iniciativas no sistema
"open-source", apoiadas em ferramentas de "mcs-management content
systems" (tipo wiki, drupal, etc) para que a perspectiva de tal concentração possa
ser, pelo menos, contrabalançada, garantindo a continuidade de acesso acesso ao blogging
a qualquer pessoa, e especialmente às que não podem pagar para desfrutá-lo. O mesmo
raciocínio se aplica à internet como um todo, pois o blogging não existe sem a
internet.
Acho que ainda não caiu a ficha e, no Brasil, não tenho visto muitas manifestações.
Mas os efeitos sobre os blogueiros, também são, ainda, uma incógnita. Principalmente
porque, a meu ver, esta fusão não será um fato isolado. Especula-se que outras virão,
talvez por parte da AOL e do Yahoo. E também porque a própria Microsoft deverá entrar
em cena, se não com uma fusão, certamente com o lançamento de um blogware (software
para blog), o "ASP.Net Community Starter Kit"que já foi até anunciado na web
pela Jornalista Mary Jo Foley na newsletter Microsoft-Watch,
com a qual ela cobre o noticiário de Redmond.
A melhor avaliação que eu encontrei, dos possíveis desdobramentos desta fusão foram
feitas pelo jornalista Mark Gleiser, na sua coluna Glaser Online do OJR-Online Journalism
Review da USC Annenberg School for Communication, aqui e aqui. Em
resumo ele fala: "Irá a compra do Blogger pelo Google servir de plataforma de
lançamento do weblog no "mainstream" (corrente principal, meio de divulgação
de massa) ou será o blogging um modismo passageiro? Ele aborda, ainda aspectos
econômico-financeiros como:poderão Blogger, Movable Type, Userland, etc. (ferramentas
importantes semelhantes ao Blogger) proporcionar níveis de receita e rentabilidade
interessantes para Portais ou potenciais compradores? Ou o que, exatamente, estes
compradores querem? E eu acrescento: Será que agora a "mainstream media" irá
reconhecer a "self-publishing revolution" conhecido por blogging, como um
"movimento" confiável e duradouro? Espero que sim".
Denis Dias, Concatenum
"A cartada de mestre do Google foi em trazer para dentro de casa um celeiro de
publicações independentes constantemente atualizadas sobre milhares de assuntos, podendo
ser armazenada da melhor forma possível para o seu buscador apresentar os melhores
resultados para seus usuários.
Apesar de existirem agora centenas de milhares de pessoas imaginando o que poderiam fazer
se estivessem na pele do Evan Williams, Jason Shellen e equipe, temo por algumas pedras no
caminho.
Se antes o Blogger era a razão de existir da Pyra Labs, agora é só mais um pequeno
departamento de uma grande companhia. Há pelo menos três anos o Blogger é o "the
next big thing" e apesar de todo o crescimento de atenções ao redor do assunto
nunca decolaram como merecem. Se isso demorar para acontecer, sabe-se lá o que a
diretoria do Google pode fazer - cortes de custos, demissões, cancelamento do serviço...
Enquanto o Google for uma empresa de capital fechado talvez isso não ocorra, mas se um
dia fizerem seu IPO precisarão cumprir metas de perfomance mais agressivas e satisfazer
seus acionistas, custe o que custar. Tenho receio do Blogger acabar sendo sacrificado numa
dessas.
Nem sempre compras e fusões possuem dinheiro envolvido. Pode ser que a Pyra tenha
recebido um pequeno aporte para adaptar o serviço aos planos do Google e o dinheiro de
verdade só apareça depois - quem sabe, tarde demais.
Será que weblogs feitos pelo Blogger terão privilégios no sistema de busca do Google,
prejudicando a democracia da rede em relação a quem usa Movable Type, b2, Manila? Ou
ainda, para qualquer assunto que retorne weblogs como resposta, os do Blogger terão maior
pontuação de reputação? Só o tempo irá dizer.
Acredito que os weblogs mantidos no BlogSpot deixarão de ter seu formato de publicidade
atual, sendo substituídos pelos text-ads do Google. Imagine a situação: Alguém procura
por um certo modelo de DVD player no Google e encontra seu weblog tecendo críticas sobre
o produto. Na mesma página, no topo, aparece um text-ad inserido pelo Google recomendando
a compra do mesmo item, em promoção no site X que pagou para aparecer ali. Leitores mais
desatentos podem entender como uma contradição do blogueiro, colocando em cheque a
credibilidade do que lê em seu weblog. Outra possibilidade: seu weblog com as críticas
ao produto não aparece nos resultados, em favor do anunciante pagante. Vamos ficar de
olho no que o Google acha de ter um produto seu licenciado para o Globo.com pela
eternidade de 10 anos. Se existia alguma cláusula de exclusividade, não sei se eles vão
gostar de ficar presos a um só portal num país como o Brasil - que apesar das
discrepâncias sociais, é bem conectado e com uma atividade blogueira efervecente.
São só suposições pessimistas, claro. Com tanta gente torcendo a favor e trabalhando
no sistema, pode até se tornar no primeiro caso de sucesso real pós-bolha-nasdaquiana.
Pelo o que li e conversei a maioria parece bem animada, alguns pelas possibilidades que
possam advir da união, outros apenas pela convergência de dois serviços indispensáveis
nos seus cotidianos online. Torço para que sejam resolvidos de uma vez por todas os
eternos problemas de indisponibilidade do Blogger assim que o serviço passar a rodar nos
servidores do Google. Se isso acontecer, o produto se tornará mais atrativo para quem
pensa em usar o módulo pago e será mais confiável até mesmo para o uso em
corporações para atualizações de seus sites e intranets, rendendo receita ao
Google".
(E o Douglas
Rushkoff, o que ele acha disso?)
p&r
Tecla daí que eu teclo daqui
O Mídia
Tática Brasil começou ontem (sexta) e a resenha do primeiro dia tá lá em cima, no
começo do talagadas. Abaixo segue um papo com Ricardo, um dos organizadores do evento,
que começa na quinta que vem, no começo da Paulista.
O que é mídia tática?
Basicamente, é mídia "faça-você-mesmo", de produção independente,
e não necessariamente antagônica, "contra o sistema". O que de maneira nenhuma
exlui ativistas de mídia, dissidentes, pois o sentido básico é se apropriar de
tecnologias usadas pelos mais poderosos para dar voz ao mais fracos, aos que não tem voz.
Tecnicamente falando, o conceito é mais que abrangente, podendo incluir do fanzine do seu
amigo a vídeo, software, sites, performance, festa de rua, intervenção urbana,
"culture jamming", hacktivismo, até vírus de computador! O meme da mídia
tática prolifera em listas de discussão de novas mídias tipo Nettime e tem seduzido de artistas a
programadores de software por seu viés político-ativista mas não dicotômico, pois a
contestação aqui vem de dentro. Exemplos? Centro de Mídia Independente, Rtmark, Critical
Art Ensemble, Rizoma, Adbusters, e muitíssimos outros.
Agora, só um aparte: filho da cena peculiar da Amsterdã dos anos 90 (cidade totalmente
ligada a cabo de fibras óticas, abundância de TVs digitais em desuso, mais tarde usadas
por minorias, cena contracultural de longa tradição, dos provos aos squatters) , o
festival de Mídia Tática Next Five Minutes consagrou o conceito batizado pelo teórico e
ativista Geert Lovink, e já teve, entre outros convidados, Peter Lamborn Wilson (ou Hakim
Bey), Reclaim The Streets, entre muitos outros luminares da contracultura eletrônica
atual. Um dos atrativos do N5M sempre foi unir teoria e prática, tornando a teoria
crítica uma coisa pop e juntando palestras com ações de rua, exposições e exibições
de vídeos.
Como surgiu a idéia de fazer o MT Brasil?
Bom, ocorre que o Next Five Minutes lançou uma convocatória na Nettime para a
maratona de festivais que rolaria ao redor do mundo a partir de setembro de 2002, passando
por Sidney, Barcelona, Delhi, Cluj, entre outras cidades do planeta e nessa convocatória
eles diziam que fazia falta um braço latino-americano do festival. Como sou um
frequentador assíduo da Nettime, foi lá que li essa convocatória e então pensei em
juntar conhecidos que já faziam mídia tática (mesmo sem conhecerem o termo) e aí foram
contatos, surgiu uma lista do N5M4 para a América Latina, entraram a Tatiana Wells, que
participou mais ou menos desde o começo, e a Giseli Vasconcelos, da editora Conrad, que
é uma grande articuladora e o grande cérebro logístico da nossa organização. Foram se
contactando os grupos, tudo na base do faça-você-mesmo e da comunicação em rede, e
detalhe: sem nenhuma grana rolando. E deu no que deu.
Isso em termos práticos. Teoricamente falando, nossa intenção principal tem sido trazer
para o Brasil um debate mais que candente sobre novas mídias e ativismo de mídia. O meio
artístico, de web arte e de vídeo-arte no Brasil, sempre me passou uma impressão de
assepsia e algo meio arte-pela-arte, nada muito relacionado a questões de política,
gênero, relações tecnologia-biopolítica-globalização etc. E o que propomos aqui é
por à baila um debate que não só é de ponta, como tem uma profunda preocupação
social, e de que os movimentos da "anti-globalização" são apenas a ponta de
um iceberg que na verdade implica muito mais numa mudança da subjetividade, o despertar
das multidões adormecidas pela manipulação dos grandes meios e pelo neo-liberalismo do
Império.
Como está sendo o feedback entre os participantes e
colaboradores?
Muito bom, a idéia parece que entusiasma muito os produtores, artistas e ativistas. Mesmo
com essa lógica faça-você-mesmo e sem rolar grana, só o fato de poder linkar tanta
gente diferente, de poder trocar informações e produções, tudo o que faz um
Laboratório, como é a nossa idéia, gera um grande clima de colaboração coletiva que
acredito que é o que tornará esse festival muito interessante. Todos estão se dedicando
com afinco e dando o melhor de si, agora é esperar para ver no que vai dar.
O intuito do evento é fazer com que mais pessoas
tenham contato com novos conceitos?
Claro! Acho que novos conceitos são cada vez mais necessários, coisas como software art
e net ativismo, são traduções de uma época que aos poucos estamos vislumbrando, mas
há algo que acho que tem de ser pensado aqui. Não é a questão se são conceitos novos
ou não, o que com certeza é muito gratuito, mas o que está por trás de conceitos como
esses, "usar a mídia como tática", "fazer do software, da programação,
uma arte", "fazer ação direta na rede". São esses novos raciocínios o
que realmente importa pois eles implicam novos usos de (já) velhas ferramentas, e toda
essa questão de "tática" gira em torno disso.
Quando Michel de Certeau (um dos inpiradores do termo) pensa o tático em A
Invenção do Cotidiano, ele pensa justamente no novo uso que o público, as pessoas,
fazem dos aquinários, dos objetos, postos à sua disposição pela tecnologia. Muitas
vezes esse "novo" uso, antes impensado, subverte a intenção inicial de seus
criadores, e normalmente é o que as camadas marginalizadas criam encima dos detritos
descartados pela "civilização", é a mesma lógica dos cyberpunks - William
Gibson já dizia que o que importa é o uso que as ruas fazem das máquinas - ou dos
afrofuturistas reciclando a tecnologia e a ficção científica dos brancos. O importante
de um conceito é o sua aplicação, não o conceito em si.
Como atrair público para este tipo de evento?
Primeiro, acho que a "mídia" tradicional vai estar de olho e
provavelmente, "taticamente", ela atrairá este público. Acredito também que a
novidade de um festival como esse e o curtíssimo tempo que se terá para acompanhá-lo,
quatro dias para ver a exposição, palestras, ações, workshops e performances, também
será um chamariz para um público ávido de coisas novas. É a questão. Ou você vê
nestes quatro dias, ou acabou. Queira ou não queira, e não falo isso só por ser um dos
organizadores, vai ser uma oportunidade rara.
emblog
Pensando com a cabeça dos outros
6 PALÍNDROMOS GRANDES
- A capacidade dá dica paca.
- A diva parece de cera, pávida.
- À lagarta é até mole domar. À modelo, meta é a tragá-la.
- A lage do bar é o peso da dose, põe rabo de gala.
- A tropa não tá à toa na porta.
- Matam a pata a tapa, a tapa a pata matam
Protensão
Pergunta: O que têm em comum os livros A Sangue
Frio, de Truman Capote; Décadas Púrpuras e Ficar ou Não Ficar, de Tom Wolfe; Os Degraus
do Pentágono e A Luta, de Norman Mailer, Fear and Loathing in Las Vegas, de Hunter S.
Thompson e A Mulher do Próximo, de Gay Talese?
Resposta: Nenhum deles pode ser considerado Literatura. Todos eles foram livros
escritos com base em pesquisas realizadas por cada dos escritores acima e são relatos, em
maior ou em menor grau, factuais do que foi visto ou ouvido. Numa biblioteca, têm que ser
colocados numa estante à parte, na seção de para-literatura ou meta-literatura, mais
próximos das coletâneas de jornalismo do que da ficção, que é onde fica a Literatura.
Ainda que façam uso de recursos ou da técnica literária, não se pode classificá-los
como Literatura, assim mesmo com L maiúsculo. Se fosse assim, histórias em quadrinhos
também deveriam ser classificadas como literatura, afinal, também podem se valer de
recursos & técnica literária.
Pergunta: E qual é a diferença?
Resposta: A Literatura, que surgiu com a poesia lírica, adota por tema "as
sutilezas da alma de cada um", ao contrário do que acontecia nos épicos, onde o
tema era externo a qualquer um e a diferença se dava apenas pelo modo de narrar.
Thompson, Mailer, Wolfe, todos eles relataram fatos que qualquer um repórter poderia
igualmente ter feito, não obstante as superiores capacidades narrativas deles.
Pergunta: E isso faz dos livros citados acima piores?
Resposta: Não. Mas também não faz deles Literatura.
Na Cara do Gol
Os mamutes
vão voltar! Os mamutes vão voltar! Os mamutes vão voltar! Os mamutes vão voltar! Os
mamutes vão voltar! Os mamutes vão voltar! Os mamutes vão voltar!
Os mamutes tem que voltar!!
Rodolfo
Filho |
|
marchwaters
Se The Wall fosse um mês» "Pick Up the
Pieces", Wilson das Neves
» "Kisses
on the Wind", Neneh Cherry
» "African
Rhythms", The Oneness of Ju-Ju
» "Shake
Up (Jaddle Remix)", Grand Unified
50 de 2002
Aos poucos eu vou
colocando as resenhas
- In Search of... - N*E*R*D
- Nação Zumbi - Nação Zumbi
- Blazing Arrow - Blackalicious
- The Private Press - DJ Shadow
- The Eminem Show - Eminem
- Ciclo da De.Cadência - Cidadão
Instigado
- Cinema Auditivo - Wado
- Deadringer - RJD2
- Playgroup - Playgroup
O Roxy era uma boate nova-iorquina que
queria reinventar o princípio da disco num ponto de vista entre o electro, a new wave, o
hip hop e a world music. O Playgroup é como um parque temático musical sobre o Roxy. Sem
soar retrô.
- Nada Como Um Dia Após o Outro Dia -
Racionais MCs
- Fantastic Damage - El-P
- Mind Elevation - Nightmares on Wax
- Start Breaking My Heart - Manitoba
- Geogaddi - Boards of Canada
- Angles Without Edges - Yesterday's
New Quintet
- Antigamente Quilombos Hoje Periferia -
ZÁfrica Brasil
Equilíbrio hip hop, atitude HC,
sagacidade homem-fumaça: o rap de São Paulo aos poucos ganha novos contornos...
- EP - Casino
- In Between - Jazzanova
- Murray Street - Sonic Youth
- All of the Above - J-Live
- Walking With Thee - Clinic
- Contraditório? - DJ Dolores
- Scorpio Rising - Death in Vegas
- Evil Heat - Primal Scream
- Sea Change - Beck
- Concrete Dunes - Grandaddy
- Outubro ou Nada! - Bidê ou Balde
- As Heard on Radio Soulwax, Pt. 2 -
2 Many DJ's
- Are You Passionate? - Neil Young
- Amanhã É Tarde - Fellini
A maturidade fez a dupla Cadão e Thomas
perder um tanto da espontaneidade ingênua que era um dos charmes do grupo. Mas com ela,
veio uma segurança musical inédita, colocando o Fellini ao lado de seus contemporâneos
europeus. Para exportação.
- Out of Season - Beth Gibbons &
Rustin Man
- Yoshimi Battles the Pink Robots -
Flaming Lips
- Kittenz and thee Glitz - Felix da
Housecat
- Handcream for a Generation -
Cornershop
Música de protesto para a geração
pós-disco, o grupo indo-britânico propõe que a rave é a uma passeata
psicodélica que caminha memeticamente.
- Coleção Nacional - Instituto
- Combatente - Stereo Maracanã
- Original Pirate Material - The
Streets
- Déjà-Vu - Metrô
- Gerador Zero - Gerador Zero
- Life On Other Planets - Supergrass
- I Might Be Wrong - Radiohead
- Hate - Delgados
- Title TK - Breeders
- Panzertúnel - Objeto Amarelo
- The First Album - Miss Kittin &
The Hacker
- Now You Know - Doug Marstch
- Come with Us - Chemical Brothers
- Disco novo - Kiko Zambianchi
Um pouco de rock anos 80, um pouco das
melodias do Teenage Fanclub, um acabamento Gallagheriano. Tudo que o Astromato devia ter
tentado, se quisesse ir para a rádio.
- Yankee Hotel Foxtrot - Wilco
- Everyone Who Pretended to Like Me Is
Gone - Walkmen
Um dos poucos clones do Radiohead que
não lembram o Toto.
hitofdasummer2003
Óculos escuros e cabelos ao vento *
» "Roadhouse
Blues", Doors
» "Ball
of Confusion", Temptations
» "Rainmaker",
Grenade
» "Good
Day", Jimi Tenor
» "Diabos",
Wado
» "See
You", Depeche Mode
» "O
Tolo dos Tolos", Ira!
» "Addicted
to Love", Robert Palmer
» "Na
Pista", Casino
» "Snip
Snap ", Goblin
» "Walking
on Thin Ice", Yoko Ono
» "Medicine
Man", Playgroup
» "Cross-Eyed
and Painless", Talking Heads
» "Argent
Trop Cher", Tarace Boulba
» "Highagain",
Stereo Maracanã
» "Say
Hello to Angels", Interpol
» "19
Rebellions", Asian Dub Foundation + Edy Rock
» "We
Rock Hard", Freestylers
» "Faz
Tempo", Nação Zumbi
» "Catete
Beats", Gerador Zero
» "Astawesalehu",
Lemma Demissew
» "Uptown
Top Rankin", Althea & Donna
» "Things
Are Getting Better", N*E*R*D
» "Pasta
Al Burro", Bugo
» "Mysteries
of Love", Fingers Inc.
» "Walking
on Sunshine", Katryna & the Waves
* Depois eu ponho na ordem
e zipo tudo em algum lugar
carrossel
"Estamos envoltos por som"
» Cidade de Deus
Trilha sonora
» Little Axe
Hard Grind
» Serge Gainsbourgh
Cannabis
» Afrika Funk
Vários
» Kandinsky
Novos Românticos
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Thank You For Giving Me Your Valuable Time
» Jorge Ben
Força Bruta
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Electric Circus
» Vikter Duplaix
International Affairs
» Smith & Mighty
Life Is
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The Remixes (1997-2000)
» Tiga
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ou dá ou desce
Download enquanto é tempo
» Snow Crash - Neal Stephenson
» A
Carta - Pero Vaz de Caminha
» Illuminatus Trilogy - Robert Anton Wilson & Robert Shea
» On
Liberty - John Stuart Mill (capítulos 1, 2, 3, 4 e 5)
» The Raven - Edgar Allen Poe (tradução de Machado
de Assis)
» Devil's
Dictionary - Ambrose Bierce
» Tao Te King
- Lao Tsé
» Contact
- Carl Sagan
» A Clockwok Orange - Anthony Burguess
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