entrevistas »
Jello Biafra
» Clarah Averbuck
>>
» Rogério
Duprat >>
» Humberto Gessinger >>
» DJ
Marlboro >>
» André Lemos >>
» Al Giordano >>
» Renato Russo
>>
» Viviane Menezes
>>
» Tom Zé
>>
» H. D.
Mabuse
» Afrika
Bambaataa
» Derek Holzer >>
» Cris Dias >>
» Four
Tet >>
» Jon
Carter >>
» Ira (Growroom) >>
» Nelson
Motta >>
» Isabel
Monteiro >>
» Tjinder Singh
» André Lemos >>
» Lobão >>
» Otto
» JP >>
» Mopho >>
» Ira
Kaplan >>
» Nicholas Frota >>
» Howard
Sounes >>
bios
» Kraftwerk
>>
» Mutantes >>
» Genesis
» Pussy Galore >>
» Santana
>>
» Isley Brothers
>>
» Blitz >>
» Burt
Bacharach
» Nick
Drake
» Krautrock
>>
» Beatles 1969
» Gang
of Four
obrigatório
» Zen
Arcade - Húsker Dü
» Dois
- Legião Urbana >>
» Paul's
Boutique - Beastie Boys >>
» Psicoacústica
- Ira! >>
» Substance
1987 - New Order >>
» The
Piper at the Gates of Dawn - Pink Floyd
>>
» Trout
Mask Replica - Captain Beefheart and His Magic Band
» Tim
Maia Racional - Tim Maia >>
» Três Lugares Diferentes- Fellini >>
» Abbey
Road - Beatles >>
» Superfly
- Curtis Mayfield
» London
Calling - Clash
» Fear of Music - Talking Heads >>
» Pills'N'Thrills
and Bellyaches - Happy Mondays
glôbal
» Kung
Fu Meets the Dragon - Lee Perry & The Upsetters
» Out
of Nowhere - Jimi Tenor >>
» The
69 Los Angeles Sessions - Fela Kuti
» Clandestino
- Manu Chao >>
» Titan - Titan >>
» Talvin
Singh Presents the Masters Musicians of Jajouka With Bacchi Attar - Masters Musicians
of Jajouka
» Suspiria
- Goblin
shows
» Mogwai
2002 >>
» Rock
in Rio 2001
» Solitude
2003 >>
» Aphex
Twin 2001
» Pin Ups
1999 >>
» Abril
Pro Rock 2001
discos
» A Hard Day's Night - Beatles >>
» A
Invasão do Sagaz Homem-Fumaça - Planet Hemp >>
» A Tempestade - Legião Urbana >>
» As Quatro Estações - Legião Urbana >>
» Acústico MTV - Paralamas do Sucesso >>
» Alive
1997 - Daft Punk
» All
Back to Mine - Moloko
» American
Water - Silver Jews
» Amnesiac
- Radiohead >>
» And
Then Nothing Itself Turned Inside-Out - Yo La Tengo >>
» Anutha Zone - Dr. John >>
» Aquamosh - Plastilina Mosh >>
» BBC Sessions - Jimi Hendrix Experience >>
» Bloodflowers
- Cure >>
» Bow
Down to the Exit Sign - David Holmes >>
» Brazilian
Pebbles - Vários >>
» Brincando
de Deus - Brincando de Deus >>
» California
- Mr. Bungle >>
» Can Our
Love... - Tindersticks
» Carpal Tunnel
Syndrome - Kid Koala >>
» Carteira
Nacional de Apaixonado - Frank Jorge >>
» Changez-Tout -
Otto >>
» Cidadão Instigado - Cidadão Instigado >>
» Cinema Auditivo - Wado >>
» Come
With Us - Chemical Brothers
» Communty
Music - Asian Dub Foundation >>
» Condom
Black - Otto
» CM/FM - Cornelius >>
» Decade
- Duran Duran
» Deserter's Songs - MercuryRev >>
» Dois - Legião Urbana >>
» Drum'n'Bass
Strip to the Bone by Howie B - Sly & Robbie
» Evil Heat - Primal Scream >>
» EP - Jurassic 5 >>
» Excuses
for Travellers - Mojave 3 >>
» From the Muddy Banks of the Whiskah - Nirvana >>
» Fuá na Casa de Cabral - Mestre Ambrósio >>
» Gorillaz
- Gorillaz
» Handcream
for a Generation - Cornershop
» Halfway
Between the Gutter and the Stars - Fatboy Slim >>
» Head
Music - Suede
» Help! - Beatles >>
» Hey Na Na - Paralamas do Sucesso >>
» Hip
Hop Rio - Vários
» Home - Josh
Rouse >>
» Houses
of the Holy - Led Zeppelin
» I
Might Be Wrong - Radiohead
» In
the Mode - Roni Size/ Reprazent >>
» International - New Order >>
» Is
There Anybody Out There? - Pink Floyd
» Kid
A - Radiohead >>
» L.A.
Woman - The Doors >>
» Live
After Death - Iron Maiden
» Legião Urbana - Legião Urbana >>
» Lollo Rosso - High Llamas >>
» Maquinarama
- Skank >>
» Munki - Jesus & Mary Chain >>
» Muquifo Records apresenta Comp_01|02 - Orgânico | Sintético -
Vários
» Music Kills Me - Rinoçerose
» Música P/ Acampamentos - Legião Urbana >>
» Nação Zumbi - Nação Zumbi >>
» Nevermind - Nirvana >>
» 1965 - Afghan Whigs >>
» Nirvana - Nirvana >>
» Nixon
- Lambchop >>
» No.
10, Upping St. - Big Audio Dynamite
» Nova Bossa Nova - Marcos Valle >>
» 90º
- Walverdes >>
» Nuggets
- Artifacts from the Original Psychedelic Era 65/68 - Vários >>
» O
Bloco do Eu Sozinho-Los Hermanos >>
» O Descobrimento do Brasil - Legião Urbana >>
» Ok Computer - Radiohead >>
» One - Beatles >>
» One by One - Foo Fighters >>
» Out of Nowhere -
Jimi Tenor >>
» Outubro
ou Nada! - Bidê ou Balde
» Please Please Me - Beatles >>
» Plunderphonic
- John Oswald
» Por Enquanto - 1984/1995 - Legião Urbana >>
» Por
Pouco - Mundo Livre S/A
» Post-Punk Chronicles - Vários >>
» Psyence Fiction - U.N.K.L.E. >>
» Quality
Control - Jurassic 5 >>
» Que País é Este? 1978/1987 - Legião
Urbana >>
» Rated R - Queens of the
Stone Age >>
» Root - Thurston Moore >>
» Royal Albert Hall, October 10, 1997 - Spiritualized >>
» Ruído
Rosa - Pato Fu >>
» Selmasongs
- Björk >>
» Silver
& Gold - Neil Young >>
» Singles 90/98 - Massive Attack >>
» Smoker's
Delight - Nightmares on Wax
» Sonic
Júnior - Sonic Júnior >>
» Songs from the
City, Songs from the Sea - PJ Harvey >>
» Sonhos
Hi-Fi - Astromato >>
» Sophtware
Slump - Grandaddy >>
» Spiritual Reality - Trance Journey - Nude
» Strange But True - Yo La Tengo & Jad
Fair >>
» Strange Days - The Doors >>
» Stress,
Depressão e Síndrome do Pânico - Autoramas >>
» Summeteeth - Wilco >>
» Super
Black Market Clash - Clash
» Supergrass
- Supergrass >>
» Tanto Tempo
- Bebel Gilberto >>
» Terror Twilight
- Pavement >>
» The Boy with the Arab Strap - Belle &
Sebastian >>
» The
Brasil EP - Vários
» The
Cold Vein - Cannibal Ox
» The
Dirtchamber Sessions Volume 1 - Liam Howlett >>
» The Doors - The Doors >>
» The
Great Eastern - Delgados
>>
» The Hot Rock - Sleater-Kinney >>
» The Hour
of Bewilderbeast - Badly Drawn Boy >>
» The
Marshall Mathers LP - Eminem >>
» The Menace -
Elastica >>
» The
Mirror Conspiracy - Thievery Corporation
>>
» The Sebadoh - Sebadoh >>
» The Soft Parade - The Doors >>
» The
Virgin Suicides - Air >>
» The
Wash - Vários
» 13 - Blur >>
» Uma
Odisséia no Universo Paralelo - Lobão
» Unplugged in New York - Nirvana >>
» V - Legião Urbana >>
» Velvet Goldmine - Vários >>
» Waiting for the Sun - The Doors >>
» White
Blood Cells - White Stripes
» With the Beatles - Beatles >>
» XTRMNTR
- Primal Scream >>
filmes
» Matrix 2.0
» Star Wars 2
livros
» Abutre -
Gil Scott-Heron
» Paraíso
na Fumaça - Chris Simunek
>> - link externo
(n) - texto novo
|
|
a
guerra acaba se você quiser?
Em tempos de mobilização, a proposta parece mais do que válidaApesar da corrente-pra-frente do Sheldrake não ter
segurado a guerra a tempo - embora eu ainda continue aplicando-a em diversos campos, neste
inclusive -, precisamos de meios para parar a invasão do império. O próximo passo é os
caras botarem as Farc pra correr pro meio da Amazônia e pra justificar outra invasão por
aqui. Antes que isso aconteça (e antes que o Iraque seja devastado), é preciso bolar a
reação.
Ainda acho que a melhor atitude a ser tomada
não é o terrorismo ou a violência - tais atos dão apenas motivos para que respondam de
forma violenta. E novamente, volto a questionar o potencial de pessoas ligadas via
internet. É muita gente trocando informação aleatória o tempo todo - e vejo o
antiamericanismo crescente se tornando cada vez mais o principal assunto do meio, à
medida que a cúpula dos EUA mostra-se cada vez mais distante da realidade e arrogante em
sua ganância por poder. É possível canalizar todo este sentimento rumo a algo que
realmente faça mais diferença do que simples textos de indignação e espanto trocados
via blog.
Do mesmo modo que existe, inclusive nos Estados
Unidos, uma sede por informações que não sejam os press-releases do império (as três
ou quatro agências internacionais de notícias), e que esta sede transforma pequenos e
ágeis núcleos de comunicação de alcance nacional (como as TVs Al Jazeera, Abu Dhabi e
a RTP, e jornais como o Observer e o Telegraph, além de diversas
fontes online e até uma
celebridade blogspot em plena Bagdá), é possível catalizar esta curiosidade
mórbida em contra-ataque. Não com bombas, tiros ou pedras. Já disse: violência é
bobagem.
Mas com idéias. Apesar de uma pequena parte da
população brasileira estar ligada à internet, acredito que cada internauta possa
externar as informações que recebem destes meios alternativos e passar em frente. A
mídia corporativa sequer mostrou nos EUA as imagens dos americanos presos pelos
iraquianos - o stalinismo instantâneo já não é novidade. Por isso, a mobilização
deve sair do online e ir para as ruas.
Mas... fazer passeatas? A idéia é boa, mas já
mostrou-se ineficaz. Sempre é bom ter um motivo para não trabalhar (apesar das passeatas
terem se mobilizado inicialmente nos fins de semana), mas caminhadas na rua apenas mostram
que os números contra a guerra são altos. A maior parte dos que são contra a guerra
sabe disso e sequer sai de casa para protestar - embora comemore a saída dos outros via
TV.
Passeatas dão trabalho. Infelizmente, vivemos
em uma sociedade corrompida pelo dinheiro, um mundo habituado com o conforto das imagens
chegando pela TV e pela comida pronta na geladeira. O capitalismo acertou na veia e nos
viciou em letargia. Por isso, protestos tradicionais são ineficazes.
Mas o que é eficaz? Não sei. Eu proponho o
boicote a produtos-símbolo dos EUA como uma saída mais do que simbólica - se cada um de
nós conseguisse convencer dez pessoas a parar de tomar Coca-Cola, de comer no McDonald's,
de comprar discos de gravadoras americanas, de usar cartões de crédito e comprar tênis
americanos, talvez não mudasse muito no balanço comercial dos caras. Mas se nos
juntássemos a vários movimentos de boicote a produtos norte-americanos e difundíssemos
de todas as formas que pudermos este boicote, acredito que o número poderia crescer e as
coisas reverterem. Era hora do Bob's e do Guaraná Antarctica lançarem campanhas do tipo
"brasileiro como você" e, em vez de quebrarmos McDonald's, passaríamos pela
frente sem nos importar com ofertas e sabores. Não comeríamos ali porque somos contra o
governo dos EUA.
Não vai faltar gente pra me chamar de ingênuo,
romântico, viúva da Guerra Fria e outros adjetivos menos educados. Tudo bem. Não sei se
essa é a melhor saída (ainda acredito qie algo mais ágil e interessante de fazer seja a
saída, mas não consigo visualizar nada), mas cada vez me faz mais sentido que o ato de
buy-nothing é o mais próximo de não-violência quando o assunto é dinheiro. E se é
dinheiro que eles tanto querem, vamos a ele.
talagadas
Random tidbits sobre porranenhuma
Marco zero
Excelente o Mídia Tática Brasil do final da semana passada. Muita coisa
deu errado, mas outras deram mais certo do que o previsto: show do repórter Brito
Júnior, Satã Bárbara, a oficina de zines A Cria, o grande Mestre Laurentino
("Bezerra da Silva é o nome da minha rola", disse para o PM), o DJ maneta, a
invasão Sid Moreira, bate-bocas e festas prank. Depois eu falo mais disso tudo.
Sem glamour
Este é o grande trunfo de 8 Mile, o filme do Eminem. Sou entusiasta e
posso tecer laudas e laudas sobre o assunto (como o filme supre a lacuna cinematográfica
das rap battles, como Eminem quer ser o novo Chaplin, como cada um dos amigos do
protagonista é um arquétipo da cultura hip hop, o uso minimalista da trilha sonora), mas
por hora basta dizer que o filme lida com um mundo sem dinheiro ou à base dos trocados -
seja para gravar uma demo, sair à noite ou fazer hora-extra. Curtis Hanson limpou as
tatuagens de Eminem e transformou Kim Bassinger num naco de carne white-trash que não tem
lugar nem num filme dos irmãos Coen. Cru e seco, mas otimista, 8 Mile é para se assistir
numa tarde daquelas em que você dá cano no trabalho e fica passeando pela cidade,
pensando na vida. Recomeindo.
Recado do Wado
Chegou semana passada: email coletivo pra alguns chegados com aquele tipo
de recomendação que não dá pra escapar. Segue a íntegra:
Tudo bem que eu sou suspeito,
Mas partilho aqui minha felicidade e entusiasmo com os amigos,
Original Olinda Style, do Eddie é um confeitinho de alegria,
Felicidade e simplicidade,
Recomendo a todos,
Há alguns dias só escuto ele,
Orgânico e simpático, uma festa pras crianças,
Exemplo de postura,
Orelha em pé.
abraço,
wado
Brasiliana
Festa Anticonformista é o nome da coletânea do grupo franco-alemão
Stereo Total que a Bizarre vai lançar no Brasil. O disco conta com uma versão em
português para o hit tongue-in-cheek do grupo, "L'Amour a Trois", que virou
"Amor a Três". Sai no fim de abril.
"Dois Rios"
Ao que consta, a próxima música de trabalho do Skank pode ser um divisor
de águas na história da banda. Um pé na psicodelia beatle e outro no Clube da Esquina,
com letra do Nando Reis. Se isso é bom ou ruim, é esperar pra ver.
Skol Beats
Convenceu alguém? Um tanto heróico realizar um festival desse porte numa
época dessas, mas o elenco tá bom basicamente por culpa dos brasileiros. (O resto fica
parecendo aquelas "puta idéias" de trazer o Moby ou a Björk pro Brasil esse
ano... Mais uns anos e o 808 State virava o Paul Dianno). Por isso, acho que vale repensar
tudo.
Sadako vive
Assisti (há algum tempo, na verdade) à versão japonesa do Chamado,
aquele filme de terror que conta a história de uma fita de vídeo que assassina seus
espectadores uma semana após a primeira exibição. A versão americana é legal, mas
não tem um décimo da sutileza do filme de Hideo Nakata - é possível ter pena do
fantasma e não é preciso deformar pessoas e apelar para a candura infantil para garantir
um bom filme de terror. É claro que fãs de gore e sobrinhos do Zé do Caixão vão achar
tudo calminho e inocente - como se "descobrir o final" fosse o sentido de
qualquer filme de terror.
Outro filão
O Chamado japonês, que é de 98, é o pontapé de uma cena de cinema de
horror japonês que já recebeu o rótulo de J-Horror. Só ele teve quatro seqüências,
além de virar filmes e seriado para a TV, adaptação para mangás e outras franquias.
Mas a saga da menina Sadako é só o filão mais rentável - atualmente há pelo menos dez
franquias de horror no Japão que se entrecruzam na estranheza e no tema central:
histórias que fundem tecnologias descontroladas e lendas urbanas. Nomes como Rasen,
Tomie, Shikoku, Uzumaki, Kairo, Kuroi Ie, Odishon, Juon, entre outros, aparecem cada vez
mais em listas de programas P2P como o Kazaa. O remake de O Chamado é só o primeiro
passo de mais uma invasão japonesa. E se prepare para ter medo: há desde zumbis imortais
que sobrevivem à base de meninas decapitadas, suicídios na frente do computador e
obcessões com espirais que torcem um cara inteiro dentro de uma máquina de lavar roupa.
Dando idéia
Demorou pra começarem a agitar uma série de coletâneas a la DJ Kicks
aqui no Brasil. A fórmula é óbvia: convidem alguém com uma reputação classuda e
pouco destaque na mídia para escolher faixas suculentas que freqüentam seu inconsciente.
Depois, basta liberar as faixas - gente pra fazer isso é o que não falta. A idéia está
dada.
Bolha vermelha
A era Lula chegou aos comerciais de cerveja. Fora a exuberância vazia das
musas de outrora: agora as marcas se dispõem a criar conteúdo para seus produtos.
Primeiro foi a modificação daquele comercial idiota da Brahma que o sol ficava berrando
"E TAVA QUENTE PRA CARACA!" na orelha de um público que, estupefato, chapava
com aquela cena. A mudança: o sol não berrava mais, e sim "cantava" (com uma
voz metida a shu-bi-du-bals) "E tava quente pra cacilda" ou coisa do tipo. Não
foi suficiente e a cerveja optou por aquela propaganda em que um peixe é pescado, atirado
a um copo de cerveja e devolvido ao mar. A Skol adotou a mesma linha cartoon e colocou
dois clientes de supermercado revivendo perseguições Looney Tunes em torno da última
caixa de cerveja. A Antártica colocou o Mateus "eu sou o cinema brasileiro"
Natchergaele andando de jegue pelo sertão, num anúncio cujo humor foi surrupiado de uma propaganda francesa. De todas, só a Kaiser (que até tentou uma
saída estratégica, colocando a Fernanda Torres dizendo que "depilação com cera
não merece uma Kaiser" ?!?!?) e a Schincariol ainda continuam insistindo na mágica
"tome essa cerveja como se ela fosse essa gostosa", mais uma das miragens da era
FHC que desaparecem feito poeira. Não bastasse a indecisão publicitária, ainda vem o
Ministro da Saúde, Humberto Costa, disposto a empurrar os comerciais da bebida para
depois das 22h. Sempre é bom lembrar que o bom desempenho em vendas da bebida está associado ao crescimento
do número de acidentes com trauma, sem contar as milhões de vidas arrasadas
lentamente, em silêncio. E se lembrarmos que praticamente não há diferença de sabor entre as principais
concorrentes do mercado...
Streetglobal
Set espremido, um senhor pico (o Vale do Anhangabaú todo iluminado
adiante, elevador de novela das seis, fumódromo e a massa bombando), disputa mano a mano
com o Tomate, inspirado, e a premiére do vídeo Ambusha, do ganjaman Matias Maxx,
confrontando delírios bélico-cirúrgicos, passeatas no-war pela Europa, alucinações
herbífilas e o samba das cariocas pós-Copa do Mundo. Nas caixas, Le Peuple De L'Herbe,
DJ Dolores, Los Sobrinos del Juez, ESG, Yoko Ono, Khaled, Tabla Beat Science, DJ Omena,
Xangbetos, Nusrat Fateh Ali Khan, TTC, Jimi Tenor, Liquid Liquid, Goblin, Plastilina Mosh,
Sonic Junior, TJ Rehmi e outros petardos glôbal, fazendo a massa chacoalhar a paranóia
da guerra pra fora. Para entrar no clima de terrorismo festeiro, CDs com palavras de ordem
(como "a revolução será discotecada", "deus está preso" e
"anuncie aqui") eram arremessados sobre a turba que, alucinada, caiu em delírio
tribal. Quando a versão instrumental de "Baba" rolou (sob protestos, vejam
só), a casa kayoh. Peguei gosto, quero mais. De preferência, sem falar inglês.
Em dia
Leitura obrigatória - anotem aí: O Ponto de Desequilíbrio, de Malcolm
Gladwell, e Mídia Radical, de John D. H. Downing. O primeiro é da Rocco, o segundo da
editora do Senac. Valem por dez livros, cada.
Choque e pavor
Me desculpem os politicamente corretos, mas dá gosto ver os ianques se
fodendo na mão dos iraquianos.
Sou leigo em árabe...
Mas presumo que o "Al" signifique algo como um artigo,
"o", "a", sei lá... Parece que se referir à Al Jazeera como tal é
como se referir aos Beatles sempre como The Beatles. Alguém aí sabe se isso é certo?
FELA!
Só agora pus os ouvidos no último disco da fundação Red Hot, que
lançou alguns dos discos mais legais dos anos 90 em nome de uma causa mais do que
respeitável. Red Hot and Riot junta titãs da black music mundial para lembrar o nome de
Fela Anikulapo Kuti, o Bob Marley da África. Morto em decorrência da Aids (o alvo da Red
Hot) em 1997, o líder nigeriano, misto de James Brown, Malcolm X e entidade mitológica,
é revisto por um time que reúne nomes como Mixmaster Mike, D'Angelo, Ray Lema, Baaba
Maal, Manu Dibango, Nile Rodgers, Lenine, Money Mark, Lateef, Cheikh Lo, Femi Kuti, Les
Nubians, Common, Yerba Buena, entre outros. O resultado é um caldeirão de vodu do bem -
hip hop tribal, funk pesado, batuque possuído, baixos cavernosos, beats noturnos. Um dos
pontos centrais é a rendição para "Shuffering and Smiling", que reúne os
Dead Prez, Bilal, Talib Kweli, Positive Force e o nosso Jorge Ben, que abre a canção com
seu tradicional scat de samba e ganha o jogo sem precisar nem entrar no campo.
Robôs, naves e alienígenas
Estamos em pleno revival de ficção científica, que começou na virada
do milênio e ainda não atingiu seu ápice. Primeiro, Spielberg voltou ao gênero e
ressuscitou Kubrick e K. Dick. Depois, Tim Burton recria o Planeta dos Macacos. Agora
Sordenbergh refaz Solaris. Esse ano ainda temos dois Matrix e o terceiro Exterminador do
Futuro. E por enquanto estamos falando só de cinema. Por enquanto.
Presente
É o nome da coletânea de inéditas de Renato Russo que a EMI lança dia
desses. Tem dueto com o 14 Bis, Leila Pinheiro, outtakes e três entrevistas, entre outros
gracejos. Só pra quem é fã - e olhe lá.
Gaviões da paz
E pra encerrar, saudações corintianas para todas as pessoas de bom gosto
do Brasil!
cut+paste
Citar é fácil
8. As
três virtudes da Internet
Esses são os fatos sobre a Internet. Como avisamos, é tudo muito simples.
Mas o que significa para nosso comportamento - e, mais importante, o comportamento das
megacorporações e governos que até então agiam como se a Internet fosse deles? Aqui
estão três regras básicas de comportamento que estão diretamente ligadas à natureza
básica da Internet:
a. Ninguém é dono.
b. Todos podem usá-la.
c. Qualquer um pode melhorá-la.
Vamos olhar cada uma de perto...
8a. Ninguém é dono.
Ninguém pode ser dono da Internet, mesmo as empresas por cujos "fios" ela
passa, porque é um acordo, não uma coisa. A Internet não só está no domínio
público, ela é um domínio público.
E isso é uma boa coisa:
- A Internet é um recurso confiável. Podemos montar empresas sem nos preocupar que a
Internet SA vai nos forçar a atualizar, dobrar o preço depois de assinarmos, ou ser
comprada por um dos nossos competidores.
- Não precisamos nos preocupar que partes dela só funcionarão com certo provedor e
outras partes só com outro provedor, como acontece com celulares, por exemplo.
- Não temos que nos preocupar que suas funções básicas só funcionarão com a
"plataforma" da Microsoft, Apple ou AOL - porque aquelas ficam embaixo destas,
fora de controle proprietário.
- A manutenção da Internet está distribuída entre todos usuários, não concentrada
nas mãos de um provedor que pode quebrar, e nós todos juntos somos um recurso mais
robusto do que qualquer grupo centralizado poderia ser.
8b. Todos podem usá-la.
A Internet foi projetada para incluir todos os habitantes do planeta. Certo, hoje apenas
uma fração da população - pouco mais de 600 milhões de pessoas - está conectada à
Internet. Então - "podem" na frase "todos podem usá-la" - se sujeita
às variações miseráveis da sorte. Mas, se você tem a sorte de ser rico o suficiente
para ter uma conexão e um dispositivo que se conecta, a Internet em si não impõe
obstáculos à sua participação. Você não precisa de um administrador de sistemas que
se digne deixá-lo participar. A Internet, deliberadamente, deixa permissões do lado de
fora do sistema.
É por isso que a Internet, para muitos de nós, tem o jeito de um recurso natural. Nós
nos aproveitamos dela como se fosse uma parte da natureza humana que estava esperando
aparecer - tanto quanto falar e escrever agora fazem parte do que significa ser humano.
8c. Qualquer um pode melhorá-la.
Qualquer um pode fazer a Internet um lugar melhor de viver, trabalhar, e criar filhos.
Para piorá-la, precisa-se de alguém extremamente estúpido com uma vontade de ferro.
Há duas maneiras de melhorá-la. Primeiro, você pode montar um serviço na periferia da
Internet que esteja disponível para quem queira usá-lo. Faça de graça, faça as
pessoas pagarem por ele, coloque uma marmita para receber moedinhas, qualquer coisa.
Segundo, você pode fazer algo ainda mais importante: habilite um conjunto novo de
serviços de periferia inventando um novo acordo. Foi assim que se criou o e-mail. E
newsgroups. E mesmo a Web. Os criadores destes serviços não fizeram uma simples
aplicação final, e certamente não mexeram no protocolo da Internet em si. Em vez disso,
inventaram protocolos novos que usam a Internet do modo que ela existe, do mesmo modo que
o acordo de como encodificar imagens em papel permitiu às máquinas de fax usar linhas
telefônicas sem a necessidade de mudar o sistema telefônico em si.
Lembre-se, porém, que se você inventar um novo acordo, para que ele gere valor tão
rapidamente quanto a própria Internet, ele deve ser aberto, sem donos, e para todo o
mundo. É exatamente por isso que os sistemas de mensagens instantâneas não conseguiram
atingir seu potencial: os sistemas atuais - AIM e ICQ da AOL e MSN Messenger da Microsoft
- são territórios particulares que podem rodar em cima da Internet, mas não são parte
da Internet. Quando AOL e Microsoft decidirem rodar seus sistemas de mensagens em cima de
um protocolo burro que não tem dono e que qualquer um pode usar, terão aumentado
grandemente o valor da Internet. Enquanto isso, eles apenas estão sendo burros, e não no
bom sentido.
p&r
Tecla daí que eu teclo daqui
Crítico de publicações como The Wire, XLR8R,
Surface e CMJ, além de ter a coluna Needledrops no site Neumu, Philip Sherburne esteve no Brasil no final
do ano passado para checar o que estava acontecendo na cena de hip hop local. Conversei
com ele pouco antes de ele chegar aqui e havia me esquecido que tinha feito esta
entrevista. Ei-la.
20 anos de MC e finalmente os DJs voltam
a cena. O que você acha disso?
Pessoalmente, acho maravilhoso, simplesmente porque sempre me interessei mais
pela parte musical do que por letras. Talvez seja por isso que muitos não me consideram
"um cara do hip hop", pois dou pouca atenção ao MC. Fico feliz em ver o DJ
voltar. Mas devo notar que, mais do que o DJ, eu estou interessado no produtor.
Turntablism é ótimo, mas me parece um tanto limitado. Um DJ que segura uma festa sempre
será um herói para mim, mas no fim das contas, eu estou interessado em que produz faixas
inovadoras. Felizmente, estamos em uma época ótima para isso, com pessoas como Shadow,
Spinna, El-P, Beans, Prefuse 73 e Recloose. Os dias dos "bum-bip-bum-bip"
acabaram.
Cada vez mais, artistas de hip hop e de
dance music fundem os dois gêneros.
Eu acho que a dance music, ou "música eletrônica", e o hip hop
continuarão a se fundir. Na Inglaterra, o UK-Garage, ou two-step, basicamente pegou MCs
de rap e colocou-os sobre beats de house - e é a maior fusão que já vimos. Há muitas e
muitas gravadoras de eletrônico lançando discos de hip hop - com a Warp, que já lançou
o Anti-Pop Consortium e agora lançou o Beans. Muitos artistas de hip hop estão cada vez
mais próximos da eletrônica, como Roots Manuva, New Flesh, acredito que devido ao fato
que a dance music na Inglaterra não tem o estigma que tem nos EUA.
Qual é o papel da comunidade
internacional de hip hop no mundo pós 11 de setembro?
Grande pergunta e eu adoraria ter a resposta. Eu acrescentaria: qual é o papel
da comunidade internacional de artistas? É triste, poucos de nós nos EUA temos contatos
com qualquer tipo de comunidade internacional. A dance music tem, não sei o hip hop.
Poucos artistas de hip hop disseram coisas significativas sobre o mundo pós 11 de
setembro, como J-Live, Jean Grae, the Coup, Jurassic 5...
E o do hip hop frente ao atual mundo de
corporações?
Acho que o hip hop está tendo cada vez mais dificuldades em "ser pra valer"
(keeping it real). Um exemplo é o caso de Ms Jade, a nova protegida de Missy Elliot, se
vendendo por Humvees. Humvee é um carro tão grande que não precisa se preocupar com
restrições de combustível - tem a maior autonomia do mercado. Basicamente, é um
símbolo do capitalismo ilimitado e do uso de petróleo irrestrito - um sonho molhado
Republicano. O que certamente é algo muito distante dos dias de "Fight the
Power". Ao mesmo tempo, o hip hop underground não está necessariamente indo melhor.
Muitos artistas independentes estão assinando contratos com corporações e assim boa
parte da energia vai para a discussão a respeito do que é "real" ou
construindo uma cultura cada vez mais insular. Eu acho que há um paralelo com o que
aconteceu com o punk uns 15 anos antes.
Como fãs de hip hop podem desafiar a
cultura corporativa?
Pare de ouvir rádio, pare de comprar Jay-Z, etc. Apoie a Def Jux. Apoie a rádio
independente. Comece uma rádio pirata.
Como você vê a recente crise na
indústria fonográfica?
Não sei, honestamente. Muito depende dos consumidores - o que eles escolhem
comprar e apoiar. Eu ainda não tenho certeza se a indústria está em colapso,
francamente. Não está fazendo dinheiro como fazia, mas ainda faz muita grana. Mais
importante ainda, ela ainda controla todos os canais de distribuição - rádio, vendas,
etc. -, com exceção da internet - que, poderosa como é, é muito ampla e difícil de
focalizar. Se acontecer algo, esses tempos difíceis por que passam a indústria a
levarão a criar padrões ainda mais rígidos à medida que eles vão tentar fazer mais
dinheiro com o mínimo esforço.
Artistas de hip hop do século 21
preferem manter-se fiéis às suas áreas do que explodir. Foi uma lição aprendida com
os anos?
Isso depende de quem você está falando - tenho certeza que Nelly não veria as
coisas assim. Mas, sim, acho que artistas independentes gostam de manter-se locais, e
tenho certeza que isso tem a ver com o fato das pessoas serem cada vez mais sacaneadas
pelas grandes gravadoras. Por exemplo, o Hieroglyphics, que eram de uma grande gravadora,
hoje são indies e estão fazendo mais grana do que nunca. Do mesmo jeito, há grupos de
qualidade e com integridade que preferem lançar-se por majors, como o Blackalicious.
O que você conhece de hip hop
brasileiro?
Eu conheço muito pouco de hip hop brasileiro, tenho até vergonha de dizer, e eu
não acho que a cena mundial de hip hop esteja muito ligada no Brasil. Se alguém está,
é a cena de house e dance music, mas muito mais por causa daquela coisa de samba e bossa
nova, que muitas vezes não é interessante, e vira só um clichê de música brasileira.
Eu acho que o hip hop americano - e a cultura pop em geral - precisa desesperadamente se
abrir para outras culturas. Há público para isso: uma gravadora alemã lançou um CD de
hip hop africano este ano e, apesar de não ter vendido muitas cópias, garantiu muita
publicidade. As pessoas querem saber de coisas desse tipo.
Quais são os artistas mais importantes
do hip hop atualmente?
The Roots, Blackalicious, Jurassic 5, DJ Shadow, Dan the Automator. Talvez
J-Live. Jean Grae um ano ou outro. Quanto aos artistas que estão mexendo com as coisas:
Prefuse 73, Beans, M Sayyid, Priest, que era do Anti-Pop, El-P, RJD2, Cannibal Ox, Aesop
Rock, Mr Lif, quase todo mundo na Definitive Jux, in fact. Acabou de sair o novo disco do
Murs, pela Ozone, que pega pesado com uma sensação de música ao vivo. Steinski ainda é
mestre como DJ. Supersoul faz coisas de eletrônica com dub bem doidas. Na Inglaterra,
acho que o Streets é muito bom - embora não sei se eles são "importantes", é
difícil enxergar no meio do hype - e Roots Manuva, New Flesh, Skitz, Deckwrecka, todos
muito bons.
resenhol
Discos, discos, discos...
Solteira Producta - Karen
Alexandrino
O disco de estréia da ex-vocalista da Intocáveis Putz Band é um drinque
perfeito: um terço de eletrônica lo-fi, um terço de música popular cafona brasileira e
um terço de estranheza. Mesmo. Solteira Producta reúne os dois principais nomes da
renascença musical do Ceará (Dustan Gallás, do Realejo Quartet e do Forma Noise, e
Fernando Catatau, do Cidadão Instigado) que se reúnem em torno de uma musa impossível,
Karen. Personagem de si mesma, ela habita um universo David Lynch em que o pavão
mysteriozo de Ednardo paira como um mau agouro psicodélico - só cogita dúvidas, nunca
explicações. Musicalmente falando, ela está em algum lugar entre Stela Campos, Roberto
Carlos e o Tetine, indo do lounge de brinquedo a brega electros e covers de Rita Lee
("Ando Jururu"), Morris Albert ("Feelings", quase definitiva) e
Caetano Veloso com Robertinho do Recife ("Baby Doll de Nylon"). Difícil
resistir a um dos grandes discos do ano (é de 2002? Era: é 2003 mesmo). Fale com ela.
Batidas Urbanas - Projeto Micróbrio
do Frevo - Silvério Pessoa
É claro que havia algo errado com o show de Silvério Pessoa no Solitude.
Acompanhado apenas de seu parceiro eletrônico, o DJ Zézão Nóbrega, o ex-vocalista do
Cascabulho lembrava as primeiras apresentações ao vivo de Otto, quando um DJ e um
percussionista faziam uma jam para o vocalista surtar seus mantras pernambucanos. E se o
gigante Otto com seu canto intuitivo caía numa caricatura (que frustrava todos os que se
animavam com Samba pra Burro), Silvério, estudioso das raízes e tradições nordestinas,
parecia apenas um universitário de humanas cantando rimas para si mesmo numa rave
solitária. Faltou ao vocalista o senso de ousadia de DJ Dolores na noite seguinte, que,
sem banda, inventou um novo show. Ouvindo o novo disco solo de Pessoa, percebe-se que a
apresentação do Solitude era uma versão pocket - e coxal - do ótimo conceito defendido
no disco Micróbio do Frevo. O segredo é a presença definitiva do time de metais e de
uma percussão de coreto, que instantaneamente ligam o interruptor "frevo" na
equação techno + folclore apresentada no palco do Sesc Vila Mariana. Coeso e criterioso
(diferente da apresentação paulistana), o disco de Silvério expande a afrociberdelia
para o carnaval nordestino, usando Jackson do Pandeiro como figura central deste universo.
Inventando seu próprio cânone, agrega personalidades marginais da cultura nordestina,
como Capiba, Naná Vasconcelos, Nelson Ferreira, Lula Queiroga e Almira Castilho a uma
turma de nomes satélites do mainstream pernambucano, como os grupos Via Sat, Eddie,
Re:Combo e Digital Groove. Boa pedida - peça o disco para o cara por este email.
When Loneliness Fucks You Up -
Arthur Franquine
Fui ao show de lançamento do Artur Franquini no festa Superblast, que o
Márcio Custódio tá fazendo no Tramp (bem legal, vale a visita), sábado passado. A
banda é o Artur e os caras do Hurtmold, botando os rocks pra fora. Nada demais, mas e
daí? Quantas pessoas já não voltaram ao rock mais primitivo, mais rústico - seja por
estética ou tiração de onda? Licks de guitarras dos Stones e dos Faces e postura punk
NYC 77 (Richard Hell e Johnny Thunders na veia), caretas e blues transbordando pelos
amplificadores. Black Crowes? Primal Scream? Tanto faz: o show faz jus à eletricidade
preguiçosa do disco duplo do ex-baterista do Forgotten Boys. Peça aqui.
emblog
Pensando com a cabeça dos outros
Guerra é guerra, porra
- Para EUA, iraquianos usam de "ardins" para matar seus soldados
Militares dos Estados Unidos disseram hoje que as tropas
iraquianas estão usando de "ardis" para matar soldados norte-americanos que
estão invadindo seu país.
"Houve vários incidentes relatados hoje nos quais houve comportamentos que só posso
descrever como ardis que são usados pelo inimigo", disse o tenente-general John
Abizaid, no quartel-general do comando central no Qatar.
Ele afirmou que em um dos incidentes uma suposta rendição foi seguida de fogo de
artilharia
"Em outro incidente havia tropas vestidas com trajes civis que pareciam dar as
boas-vindas às forças [norte-americanas] e então emboscavam nossos soldados",
disse Abaizaid. "Há vários incidentes ocorrendo na retaguarda das principais
forças de combate."
Caceta, os caras vão lá, chamam o Saddam
na xinxa, dizem que vão tirar ele de lá, cagam pro resto do mundo e agoram posam de
bichonas e fazem biquinho para falar "ardis"? Ah, tem mais é que tomar na testa
mesmo. Os caras estão sendo espertos, só para mostrar que visão noturna, GPS e o
caralho não conseguem ser melhores que a inteligência. Os soldados iraquianos tão lá,
fudidos, com o Saddam pondo dum lado e o Bush de outro e os caras ainda vão reclamar da
esperteza dos caras?
Porra, se foder: guerra é guerra.
E o Bush passa por cima da ONU e do restante do mundo e agora aparece para lembrar da
Convenção de Genebra? Ah, puta que pariu! Nego não tem noção!
- EUA dizem que imagens de prisioneiros violam lei
"Isso é uma violação da Convenção de Genebra,
aquelas imagens que vocês mostraram", afirmou Rumsfeld referindo-se à lei
internacional sobre tratamento de prisioneiros de guerra. Ele disse que a convenção
proíbe a exibição de fotografias ou de interrogatórios por parte da mídia.
Não que eu não concorde com a Convenção (que o Iraque
diz estar respeitando),
ou apóie o Saddam (não apóio!), mas porra, se o cara diz que tem culhão para mandar
bala sozinho, que não venha posar de coitado! Quem pediu essa guerra foi o Bush e não o
Saddam.
Favor não confundir guerra com solução para o problema.
Obrigado.
Anota aí
Os EUA vão perder a guerra.
Rafa
Quando não tem ninguém olhando, o meu
cachorro come a comida da gata e a gata come a comida do cachorro.
Melhor que o Silêncio? |
|
marchwaters
Se The Wall fosse um mês» "Pick Up the
Pieces", Wilson das Neves
» "Baba
(DJ PM Só Love Extended Mix)", Kelly Key
» "Sambadrome",
Funk'N'Lata
» "Don't
Make Me Wait", Bomb the Bass
» "Kisses
on the Wind", Neneh Cherry
» "Feelings",
Karine Alexandrino
» "I
Beg Your Pardon", Kon Kan
» "Freestyle
Love", Stereo Maracanã
» "African
Rhythms", The Oneness of Ju-Ju
» "Dreadlock
Holiday", 10cc
» "Aux
Arms Et Caetera", Serge Gainsbourg
» "Tere
Sahn", Chico Correa
» "More
Bounce to the Ounce", Roger + Zapp
» "Hey
Dee Jay", DJ Omena
» "Pop
Star", João Penca & seus Miquinhos Amestrados
» "Shake
Up (Jaddle Remix)", Grand Unified
50 de 2002
Aos poucos eu vou
colocando as resenhas
- In Search of... - N*E*R*D
- Nação Zumbi - Nação Zumbi
- Blazing Arrow - Blackalicious
- The Private Press - DJ Shadow
- The Eminem Show - Eminem
- Ciclo da De.Cadência - Cidadão
Instigado
- Cinema Auditivo - Wado
- Deadringer - RJD2
- Playgroup - Playgroup
O Roxy era uma boate nova-iorquina que
queria reinventar o princípio da disco num ponto de vista entre o electro, a new wave, o
hip hop e a world music. O Playgroup é como um parque temático musical sobre o Roxy. Sem
soar retrô.
- Nada Como Um Dia Após o Outro Dia -
Racionais MCs
- Fantastic Damage - El-P
O papa da Def Jux não está pra
brincadeira e transforma seu disco solo em um combate entre as forças do bem e do mal -
embora quase nunca saibamos quem é quem. Entre robôs que dançam break e gangues de rua
ciborgues, o produtor chega a apenas uma conclusão: que a fusão homem-máquina vai nos
dar uma dor-de-cabeça dos infernos.
- Mind Elevation - Nightmares on Wax
- Start Breaking My Heart - Manitoba
- Geogaddi - Boards of Canada
- Angles Without Edges - Yesterday's
New Quintet
- Antigamente Quilombos Hoje Periferia -
ZÁfrica Brasil
Equilíbrio hip hop, atitude HC,
sagacidade homem-fumaça: o rap de São Paulo aos poucos ganha novos contornos...
- EP - Casino
- In Between - Jazzanova
- Murray Street - Sonic Youth
- All of the Above - J-Live
- Walking With Thee - Clinic
- Contraditório? - DJ Dolores
- Scorpio Rising - Death in Vegas
- Evil Heat - Primal Scream
- Sea Change - Beck
- Concrete Dunes - Grandaddy
- Outubro ou Nada! - Bidê ou Balde
O grupo gaúcho larga de vez a jovem
guarda e volta às suas raízes (indie) rock, cobrando parentesco com a safra Strokes,
Hives e Interpol, mas sem esquecer que o DNA do rock brasileiro carrega Ultraje a Rigor e
Léo Jaime nos cromossomos.
- As Heard on Radio Soulwax, Pt. 2 -
2 Many DJ's
- Are You Passionate? - Neil Young
- Amanhã É Tarde - Fellini
A maturidade fez a dupla Cadão e Thomas
perder um tanto da espontaneidade ingênua que era um dos charmes do grupo. Mas com ela,
veio uma segurança musical inédita, colocando o Fellini ao lado de seus contemporâneos
europeus. Para exportação.
- Out of Season - Beth Gibbons &
Rustin Man
- Yoshimi Battles the Pink Robots -
Flaming Lips
- Kittenz and thee Glitz - Felix da
Housecat
- Handcream for a Generation -
Cornershop
Música de protesto para a geração
pós-disco, o grupo indo-britânico propõe que a rave é a uma passeata
psicodélica que caminha memeticamente.
- Coleção Nacional - Instituto
A intenção original era montar um
coletivo sem fronteiras com o mais instigante pop nacional. Mas a megalomania do Instituto
peca ao tratar, como coadjuvantes, pesos pesados como BNegão, Zero Quatro e Kid Koala -
erro semelhante ao Orquestra Klaxon, de Max de Castro. Mas o grupo paulistano tem o tutano
musical que falta ao filho de Simonal e, mesmo com solavancos (o dub do final é
insuportavelmente vazio), o disco de estréia funciona. Resta enxugar a gordura e mirar o
alvo.
- Combatente - Stereo Maracanã
- Original Pirate Material - The
Streets
- Déjà-Vu - Metrô
- Gerador Zero - Gerador Zero
- Life On Other Planets - Supergrass
- I Might Be Wrong - Radiohead
- Hate - Delgados
- Title TK - Breeders
- Panzertúnel - Objeto Amarelo
- The First Album - Miss Kittin &
The Hacker
- Now You Know - Doug Marstch
- Come with Us - Chemical Brothers
- Disco novo - Kiko Zambianchi
Um pouco de rock anos 80, um pouco das
melodias do Teenage Fanclub, um acabamento Gallagheriano. Tudo que o Astromato devia ter
tentado, se quisesse ir para a rádio.
- Yankee Hotel Foxtrot - Wilco
- Everyone Who Pretended to Like Me Is
Gone - Walkmen
Um dos poucos clones do Radiohead que
não lembram o Toto.
hitofdasummer2003
Óculos escuros e cabelos ao vento *
» "Roadhouse
Blues", Doors
» "Ball
of Confusion", Temptations
» "Rainmaker",
Grenade
» "Good
Day", Jimi Tenor
» "Diabos",
Wado
» "See
You", Depeche Mode
» "O
Tolo dos Tolos", Ira!
» "Addicted
to Love", Robert Palmer
» "Na
Pista", Casino
» "Snip
Snap ", Goblin
» "Walking
on Thin Ice", Yoko Ono
» "Medicine
Man", Playgroup
» "Cross-Eyed
and Painless", Talking Heads
» "Argent
Trop Cher", Tarace Boulba
» "Highagain",
Stereo Maracanã
» "Say
Hello to Angels", Interpol
» "19
Rebellions", Asian Dub Foundation + Edy Rock
» "We
Rock Hard", Freestylers
» "Faz
Tempo", Nação Zumbi
» "Catete
Beats", Gerador Zero
» "Astawesalehu",
Lemma Demissew
» "Uptown
Top Rankin", Althea & Donna
» "Things
Are Getting Better", N*E*R*D
» "Pasta
Al Burro", Bugo
» "Mysteries
of Love", Fingers Inc.
» "Walking
on Sunshine", Katryna & the Waves
* Depois eu ponho na ordem
e zipo tudo em algum lugar
carrossel
"Estamos envoltos por som"
» Karine Alexandrino
Solteira Producta
» Sonic Youth
Dirty
» Francis McDonald
Before and Hope (A Pop Opera)
» Genesis
The Lamb Lies Down on Broadway
» Realejo Quartet
Realejo Quartet
» French Fried Funk
Vários
» Ethiopians
Engine 54 - Let's Ska and Rock Steady
» American Psycho
Trilha sonora
» Red Hot + Rio
Vários
» TTC
C'est Ne Pas Une Disque
» Tahiti 80
Wallpaper for the Soul
ou dá ou desce
Download enquanto é tempo
» Snow Crash - Neal Stephenson
» A
Carta - Pero Vaz de Caminha
» Illuminatus Trilogy - Robert Anton Wilson & Robert Shea
» On
Liberty - John Stuart Mill (capítulos 1, 2, 3, 4 e 5)
» The Raven - Edgar Allen Poe (tradução de Machado
de Assis)
» Devil's
Dictionary - Ambrose Bierce
» Tao Te King
- Lao Tsé
» Contact
- Carl Sagan
» A Clockwok Orange - Anthony Burguess
» A
República - Platão
» Contos Fluminenses - Machado de Assis
» On the Road
- Jack Kerouac
» A
Volta Ao Mundo em 80 Dias - Jules Verne
» Neuromancer
- William Gibson
» The
Heart of Darkness - Joseph Conrad
» Lutando
na Espanha - George Orwell
» O
Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto
» Alice's
Adventure in Wonderland - Lewis Carroll
» Civil Disobecidience - H.D. Thoreau
Para ler arquivos em PDF, baixe o
Acrobat
ehissaê
Dias dub e coração trankilo
» Mídia Tática Brasil
Melhor que a encomenda
» Glamourama em SP
É ver para crer
» Breeders
Vocês ainda vão falar muito nelas
» Satã Bárbara
O Glamourama de SP
» Peladona do Big Brother
Isso sim é mídia tática
» Volta da Bizz
A César o que é de César
nadavê
Vodu é pra jacu
» O chato do debate
Depois eu descobri que o cara cuida da logística do Pasquim em SP. Putz
» Inteligência Norte-Americana
Um paradoxo
» Propagandas do Unibanco
Chamem os filhos do dono pra tomar conta desse assunto
» A Casa das Sete Mulheres
Como diz o Faustão: "Receberam pra fazer minissérie e tão fazendo
novela"
» Brasil de Fato
Parece um jornal de bairro
» Guerra
É coisa de enrustido
rapeize >>
Eu vejum novo começo de era
» Abonico
» Alex
» Alex
» Cardoso
» Cissa
» Camilo
» Clarah
» Cláudia
» Cleiton
» Cosko
» CrisDias
» Custódio
» Dago
» Danilo
» Digão
» Dú
» Drex
» Eduf
» Farinha
» Fernando
» Flávia
» Fred
» FZero
» Gaía
» Galera
» Giglio
» Granado
» Gui
» Guilherme
» Hector
» Hernani
» Hiro
» Jan
» Jesuíno
» JP
» Kamille
» Karen
» Lariú
» Lia
» Lillian
» Limãozinho
» Lucianetti
» Mabuse
» Marcão
» Mario AV
» Matias
» Maverick
» Mini
» Miranda
» Mutley
» Nasi
» Nix
» Nobre
» Pablo
» Panço
» Paulo
» Privatti
» Rafa
» Ricardo
» Rodney
» Rodolfo
» Sílvio
» Simone
» Sol
» Tacioli
» Thaís
» Tom
» Tomate
» Vlad
» Zé
altos massa
Onde é que eu ponho isso...
» Trabalho Sujo
>>
» 1999
>>
» e-Recife
» Tudo a ver
» Ano
2000
» Termômetro
» Anos 80 123e 4
» Britney,
Madonna e Christina
» Retrospectiva 2001
» Richard Barbrook x
J. P. Barlow
» Play 2
» Tudo
ou Nada
» BR 116 1
e 2
» Front 8
» Soul Cyber
2002
» Matias Psychedelic Breakfast
(Mês não)
» Fraude >>
» Dezembro de 2002
» Play(ers) >>
» Órbita (SomLivre) >>
passadas
Aquela outra lá
» 026 - back
in full effect
» 027 - depois da Praia
» 028 - a sua vida, saca?
» 029 - 'vá fazer algo'
» 030 - boca do lixo
» 031 - convergência tática
» 032 - blogger + google
» 033 - consciente coletivo
» 034 - jornalismo autêntico |