37 - "Desliga o som dessa TV pra gentte conversar" (Los Hermanos)

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Alexandre Matias
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passe de mágica
Economia sobrenatural e terrorismo financeiro

"Você soube do calendário maia?", me perguntou o Alex, um pouco antes de começar seu set no lounge do Tramp, semana passada. Como assim? Afinal, o tal calendário foi escrito há uma cara pelos habitantes nativos da América Central, um dos muitos povos dizimados pelos colonizadores espanhóis e saiu dos sítios arqueológicos para o imaginário mundial por um detalhe específico: diferente dos outros de sua natureza, ele apontava o final da história, quando tudo se acabaria. E de um tempo pra cá passou a ganhar tons proféticos, ao acertar algumas previsões no final do século. Chame de sincronismo jungiano ou bata três vezes na madeira: o fato é que o tal relógio dos dias tornou-se uma versão pré-colombiana de Nostradamus. Mas o que é que tinha de novidade, a ser sabido?

Ele explicou que fizeram uma nova leitura do calendário que prevê a morte do Papa e o colapso do sistema financeiro. A morte do Papa não me parece uma notícia digna de premonição - o fato de o mesmo ter durado tanto tempo, talvez. Mas o papel político do Sumo Pontíficie foi bastante reduzido nestes tempos de jihad entre sionistas petroólatras, fundamentalistas islâmicos e tele-evangélicos (do Texas ou daqui mesmo) - mesmo com a polêmica e retroprogressista (um passo pra frente, um passo pra trás) linha política do velho (oh) Karol. É visto pelo complexo industrial-militar com o mesmo desdém que caubóis do mercado financeiro dirigem a oligarcas rurais que ainda sujam as mãos para manter seus benefícios. Então, a morte do Papa, que o ronda faz tempo, seria um fato mais óbvio que imprevisível.

Já o tal "colapso do sistema financeiro", não. Venha ele na forma do fim do capitalismo (algo tão reducionista e estreito quanto "o fim do socialismo"), a bancarrota final da era da especulação, 1984, um megacrash na Bolsa, um golpe terrorista, uma equação memético/matemática ou o final do Clube da Luta, qualquer destas hipóteses fascina nosso imaginário como o apocalipse bíblico encantava nossos antepassados europeus. Basta lembrar como o tema bug do milênio tomou conta da mídia ao cogitar catástrofes que iam do fim da energia elétrica a explosões em usinas nucleares - nada, literalmente, aconteceu. Mas à medida que incidentes como a Bolha da Internet, a queda do World Trade Center, o fracasso das políticas do FMI na América Latina e na Ásia e o escândalo das fraudes de contabilidade em megacorporações americanas aconteceram, encolhíamos os ombros e apertávamos os olhos como se o céu fosse cair em nossas cabeças. Mas, como cantava Leo Jaime, uou-uou-uou-uou, nada mudou. Continuamos com a estranha sensação de termos nossas carteiras batidas ao mesmo tempo em que sentimos o navio lentamente afundar. E o colapso do sistema financeiro parece ser o único jeito de pegar os ladrões - nem que nos leve juntos.

Engraçado perceber a função mística que corporações e seu habitat, o mercado, exercem sobre todos nós. Seja nas cobranças do seu chefe, nas contas do dia-a-dia ou para justificar qualquer ato de natureza política ou policial, o "mercado" está à espreita, puxando os pés dos incautos e dos que dormem, assombrando o homem comum com possibilidades que vão além da sua compreensão. As corporações, por sua vez, são entidades impávidas, seres mitológicos que tão implacáveis ao punir quanto ao premiar. Fazem o bem e o mal ao mesmo tempo, senhoras de seus próprios narizes, donas de juízos temperamentais. Elas estão em todos os lugares, sabem tudo, vêem tudo: são deuses modernos, um Olimpo. Já o mercado age como aquelas divindades menores - faunos, fadas, duendes, sacis, curupiras e gnomos -, dando potes de ouro para uns e tornando a vida de outros um inferno.

Quantifique, racionalize, argumente: tudo é passível de explicação nessa época em que dados, opiniões e informações poluem a oxigenação cerebral. Mas se uns compreendem o mercado e desmitificam as corporações, a grande maioria das pessoas sequer sonha que há a ser explicado. Simplesmente aceitam, como os gregos antigos achavam que os raios eram feitos por um ferreiro chamado Hefestos ou que os vikings acreditavam que o trovão era o barulho do martelo de Tor. As explicações, conceitos e sugestões são proferidas por economistas, comentaristas e analistas financeiros como conselhos de oráculos e pajés em tempos anteriores.

Esta mistificação de uma ideologia não é inédita na história. A própria história, se formos ver direito, transforma a realidade e o passado em um ponto de vista único, quase bíblico. Em outros momentos, a igreja católica, os exploradores, a burocracia e o direito tiveram funções semelhantes no imaginário mundial, mas todos eram fundamentados em aspectos da realidade - seja na propriedade de terras, na descoberta de novas riquezas, na transferência de direitos ou na defesa dos poderosos. A grande sacada da economia - o legado de Richard Nixon ao planeta -, foi se basear em algo que não tivesse o menor vínculo com a realidade. Quando as multinacionais norte-americanas viram que era possível se apropriar dos mercados de outros países de verdade, Nixon soltou o vínculo que o dólar tinha com a realidade - a quantidade de riquezas que o país possuía. Nos termos corretos, ele tirou o lastro que o dólar tinha com o ouro, tornando-o mais valioso que o ouro, como num passe de mágica. Tirou a economia da realidade e entregou-a ao campo das idéias perfeito, o mundo fantástico da matemática, onde tudo é possível. O breque que o califado árabe deu na economia logo em seguida (criando a Opep, os petrodólares e a crise do petróleo de 73) e a reação conjunta do velho continente na figura do Euro são apenas as reações mais evidentes ao truque realizado por Nixon. Imagine a surpresa dos alquimistas mais esforçados ao saberem que a busca pelo ouro sintético não tinha nada a ver com química ou palavras mágicas, mas com números! A pedra filosofal, uma invenção da cabala!

Tempos interessantes e nada modernos, vivemos numa época em que riquezas são criadas e destruídas da noite para o dia, países e empresas sacrificados na coreografia da ganância corporativa. Um truque faz um milionário; um gesto, milhões de desempregados - o equivalente moderno de "excomungado". A racionalidade dos números justificam qualquer motivação política e o mercado age como um mundo sobrenatural, povoado por pessoas que não agem como pessoas comuns - servem a senhores sem rosto, patrões que são palavras, símbolos, sinais. Comunicam-se com uma linguagem hermética, que não representa nada palpável, palavras mágicas incompreensíveis para qualquer indivíduo médio. Ciências ocultas? Talvez nos primeiros anos, quando o truque de Nixon era uma piada interna dentro de uma panelinha de biliardários. Mas depois de institucionalizada, tornada pública, tornada doutrina e vendida como objetivo profissional, a magia assumiu os contornos de religião.

E os anos 90 assistiram às reformas religiosas. A internet, o narcotráfico global e a indústria de segurança (faces da mesma moeda), o fortalecimento do sistema bancário, a política neo-liberal e o boom da economia norte-americana abriram as portas da nova religião a empreendedores novatos que, motivados por todos os tipos de intenções imagináveis, inflacionaram o Olimpo. O inchaço de celebridades que assistimos nesta década foi só o reflexo do clima de "é-meu-ninguém-tasca- eu-vi-primeiro" que se instalou no mercado mundial. Quando um monte de aspirantes a corruptos ou milionários de quinta categoria entendeu que o jogo o banco imobiliário da vida real permitia inventar dinheiro sem precisar falsificiar notas, o Titanic bateu no iceberg (alguns dizem que devido ao excesso de peso à direita).

Mas mais do que isso: alheios aos holofotes da mídia, há gente trabalhando bombas financeiras. Geeks do mercado que se divertem craqueando movimentações bancárias como crackers, abrindo contas bancárias cinco minutos antes de fechá-las, apenas para transferir o dinheiro que inventaram dez minutos antes. Ainda em estágios primários (e sendo contratados por multinacionais a peso de ouro), estes nerds de números sabem que é possível apagar ou inventar uma pessoa da noite para o dia, como afundar uma empresa contando um boato para pessoas certas. Mais do que isto: já entenderam o mercado como uma grande equação matemática e dedicam-se a criar algorritmos que cortem este padrão, quem sabe, quando descobrirem o poder que têm nas mãos, talvez para sempre. Bombas-função, cuja representações gráficas são tão alarmantes e entorpecentes quanto as do 11 de setembro. Quando isto acontecer, é provável que veremos um replay daquelas cenas de suicídio em massa. Desta vez, sem o menor risco do prédio cair - a menos que de vergonha.

talagadas
Random tidbits sobre porranenhuma

A guerra acabou?
Cada país tem o Mohammed Said al-Safad que merece.

Por aqui...
Bem longe dos cadernos de cultura passa a história do vazamento do terceiro disco do Los Hermanos via internet. Segundo fontes próximas à banda, alguém seqüestrou uma fita pré-masterização do disco novo e tascou na rede. Em pouco tempo o grupo trocava o nome do disco de Bonança para Ventura, transformando o título abandonado no nome de batismo do primeiro disco brasileiro a vazar para a internet antes de seu lançamento.

Serviço de utilidade pública
Essas são as faixas de Bonança:
1) Moça
2) Cara Estranho
3) Deixa o Verão
4) Samba a Dois
5) Um Par
6) Perdoa
7) Outra
8) O Tempo Passar
9) O Velho e o Moço
10) O Vencedor
11) De Porta Aberta
12) De Onde Vem a Calma
13) Conversa de Botas Batidas

Aparentemente, os nomes das músicas não mudam, e "Cara Estranho" é o primeiro single.

E é bom?
Sim. Apesar da gravação não ser a final (e a mixagem crua compromete o resultado), o disco prova-se alguns passos à frente de O Bloco do Eu Sozinho. A instrumentação do grupo está se fragmentando, minimalista, e o naipe de metais é cada vez mais o "quinto hermano" na equação sonora do grupo. Mas o salto de O Bloco... não é repetido: Ventura parece ser disco irmão, a la Rubber Soul/Revolver, e faz questão de sublinhar o lado samba-canção frente ao lado skacore do grupo. Há até acenos para a bossa nova -  sem lembrar a caricatura nostálgica que o gênero virou. Mas melhor esperar o disco sair para falar. Mais do que ler um livro no copião, ver o rascunho de um quadro ou o roteiro de um filme, ouvir um disco antes de finalizado pelo autor tem um quê de ver a noiva antes do casamento. Talvez pelo excesso de cosmética, decoração e detalhes que toda banda coloca quando faz seu disco. Enfim, a dica foi dada.

Vazamento em boa hora
A circulação do disco na internet antes de seu lançamento em funcionamento em comum com a base online de fãs - usando o site como termômetro daria - uma boa idéia se o público que baixou o disco comprou ou não o CD quando ele for lançado. Apostaria minhas fichas que sim, se o atual preço do CD (30 reais) não fosse um acinte à realidade. E o melhor exemplo é a banda favorita dos caras, o Weezer, que deixou o Maladroit aberto, com demos, versões alternativas e o cacete de graça no próprio site para, depois de definir o que seria o disco, ver o mesmo chegar ao número 3 da parada de discos americana vendendo um milhão de cópias em uma semana (nada mal, em tempos que o líder de venda de discos nos EUA é o Linkin Park, com míseros quatro milhões). Outro ótimo exemplo de fidelidade do público são os discos do Radiohead, que, desde o Kid A, aparecem na rede antes de serem lançados.

Parêntese rápido
(Falando em Weezer, a Pam, leitora deste sítio, manda uma dica: uma tese sobre o grupo que examina um dos mais interessantes fenômenos de popularidade e avaliação crítica da década passada, quando o Pinkerton, o segundo disco do grupo, passou de "disco lixo" para "obra-prima" em menos de um ano e meio).

Ainda Los Hermanos
Voltando ao disco vazado, insisto que o grupo poderia testar se podem sobreviver sem precisar das grandes gravadoras. Nessa aposta, eu tenho mais certeza que na anterior - afinal, o grupo já é conhecido e faz shows com freqüência. Se mantivessem o nível e reforçassem as bases, talvez cresceriam mais ainda e retomariam o crescimento do mercado indie brasileiro. Sem contar que ganhariam muito mais dinheiro por disco vendido.

Independente
Foi a opção dos Autoramas. Conversei com o Gabriel antes do show do grupo em São Paulo, o 99º da carreira, na última quinta e ele adiantou que o terceiro disco do grupo sai pela gravadora goiana Monstro: "Além da Monstro ter um público fiel, que compra as coisas pelo nome da gravadora; eles ainda vão ser distribuídos pela Tratore, o que garante que o disco chegue nas lojas. Fora que a banda, sozinha, sempre vende uns mil discos nos shows, e a gente nunca se preocupou com isso. Agora que o disco é nosso, vamos nos preocupar - e garantir que os discos sejam vendidos nos shows. Fora o fato que as gravações originais do disco ficam com a gente, e não com as gravadoras". A íntegra desse papo você lê na próxima edição.

E o show?
Show do Autoramas é ruim de ser ruim. Enchem o ambiente com mais som que um trio elétrico, e isso três sujeitos, sem programações digitais ou efeitos computadorizados. Pelo contrário, eles optam pelas válvulas, por efeitos analógicos, distorção no amplificador e aquele baixo fantasmagórico de Simone - e ela é, sem dúvida, a pose rock mais emblemática do atual rock brasileiro, com suas caretas de Chipmunks, trejeitos de As Panteras com Josie & As Gatinhas e gritos de "RRROCK!". No show, cheio de fãs com as letras na ponta da língua, alguns petiscos do próximo álbum, como a ótima "Nada a ver". Não dá pra acreditar que, num país que tem o Autoramas, ainda há quem ponha todas suas fichas nos White Stripes.

Rock stance
Falando em pose-rock, outra banda que fez bonito no mesmo dia no teatro do Sesc Pompéia foi o Forgotten Boys, que cada vez se distancia mais do punk rock para abraçar o rockão anos 70. Toda a banda tem presença de palco, mas o guitarrista Chucky compensa a voz esganiçada com seu visual de "jovem Keith Richards". E ao tocar o riff de "Aqualung" do Jethro Tull entre uma música e outra, o guitarrista apontou que a solução musical da banda pode estar em audições contínuas da Kiss FM, a única rádio audível de São Paulo. Aí, quem sabe, eles descobrem seu verdadeiro rumo - algum lugar entre o Cheap Trick e o Rainbow.

Falando em show...
Na semana anterior a esses shows no Sesc Pompéia, rolou o primeiro show de BNegão em São Paulo depois das gravações de seu disco solo. Com o título provisório de Enxugando Gelo (a música que fechou o set do cara no Jive - excelente lugar, diga-se de passagem), o disco deve sair em maio pelo selo do Lobão, o tal Universo Paralelo. Enquanto isso, Bernardo mandou rimas ininterruptas sozinho, esbravejando política e malandragem sobre bases sagazes e espertas. Ficamos à espera do disco.

E já que falamos do Rio
Só gente fina: Cecília Gianetti, Kamille Viola, JP, Tiago Teixeira e Fred Leal são os anfitriões da novíssima revista Bala, sobre cultura pop. Vale dar aquela famosa "bispada", pra ver qualé.

Já que falei nisso...
De repente, até desovo a entrevista com o Gabriel antes na Bala e depois aqui.

Reality show
O ótimo JP (o mesmo da Bala aí de cima), um dos melhores escritores do Brasil, abre seu inconsciente artístico ao criar este blog, onde conta o processo de concepção de seu primeiro livro, Carmen, que ainda está sendo escrito.

De volta pra São Paulo
Acontece entre os dias 21 e 24 de maio o aniversário de 25 anos da gravadora e loja Baratos Afins, no Sesc Pompéia. Entre as apresentações, estão confirmados nomes como Caçulas, Marcelo Nova, Plato Dvorak e os Analógicos, Lanny Gordin, Serguei acompanhado da banda de Brasília Mákina du Tempo, Patrulha do Espaço, o pós-punk Voluntários da Pátria, Harppia, Bocato e "outras surpresas", como anunciou o dono da marca, o lendário Calanca.

Uma dessas surpresas
É a volta, para apenas um show, do mítico Akira S. & As Garotas Que Erraram. É ver pra crer!

Antes disso
Bem antes, nos quatro primeiros dias de maio, tem o Eletronika, em Belo Horizonte. Depois eu falo mais sobre este assunto.

E terminou...
Neste domingo, a edição 2003 do Abril Pro Rock, em Recife. Semana que vem eu (que não fui) conto o que rolou (depois de conversar com quem foi).

Os dez mais
1) Roberto Carlos
2) Hareton
3) Marcus Vianna
4) Sergio Saraceni
5) Djavan
6) Erasmo Carlos
7) Caetano Veloso
8) Tato
9) Gilberto Gil
10) Aluisio Didier
Esses são os maiores arrecadadores de direitos autorais, segundo o site do Ecad. Traduzindo em português: são os caras que mais recebem grana por músicas executadas no Brasil inteiro (o que não é o mesmo que dizer que são os músicos mais populares).

Who's who
Cinco desta lista você conhece de nome: o Rei, o Tremendão, os dois tropicalistas e o segundo alagoano mais conhecido do Brasil são, realmente, nomes fortes no imaginário musical brasileiro. Mas quem são os outros?

O número 2
Hareton é o maestro Hareton Salvanini, que compôs trilhas sonoras para programas da Record anos a fio sem ser pago direito. A colocação estratégica e recente e ocorre depois de um acordo entre a emissora e o músico. Entre as composições mais conhecidas de Salvanini, estão o tema do Jornal da Record, o tema do Cidade Alerta e a abertura do programa de Raul Gil.

O número 3
Marcus Viana é uma celebridade, perto de Hareton. Autor de trilhas da Globo, despontou com a abertura da novela Pantanal, na extinta Rede Manchete, quando ainda era líder do grupo ecoprog Sagrado Coração da Terra. É autor de trilhas para novelas como Terra Nostra, O Clone e a recente Casa das Sete Mulheres, que o ajudaram a colocá-lo na atual posição da lista.

Os outros três
Sérgio Saraceni é mais um trilheiro da Globo. Tato é o vocalista e compositor do Falamansa. E Augusto Didier é outro trilheiro da Globo. Antes do acordo entre Hareton e a Record, outro compositor da Globo, Alberto Rosemblit, figurava entre os 10. A qual conclusão que você chega?

Se for a mesma que a minha...
Não consigo entender porque o Rouge, do Sílvio Santos, ainda continua fazendo sucesso e ninguém do Fama (em dois programas), não.

Você sabe o que quer dizer ISRC?
International Standard Recording Code. É um código que vai inserido nos CDs brasileiros em breve, que funciona como uma "impressão digital" de cada música. Sim, tem a ver com o papo da numeração de discos, mas é um cavalo-de-pau muito mais sinistro. Sente este trecho da matéria do Brasil Agora, o órgão de notícias online da Radiobrás. "O novo sistema, conhecido como International Standard Recording (ISRC), registra em tempo real todas as vezes que uma obra musical gravada é executada. A medida tem como objetivo fiscalizar eletronicamente os direitos autorais por meio da moderna tecnologia inédita no mercado fonográfico mundial". Uou: o Big Brother tá mesmo à espreita...

Sci-fi news
Mateus, o único ser vivo fã do Ookla, disponibilizou em seu site uma versão em português para o conto Johnny Mnemonic, de William Gibson. Aproveita.

Michaelmooremania
O gordo feio toma conta da TV brasileira. Seu documentário The Big One já foi reprisado algumas vezes no canal pago GNT. O SBT passou Roger and Me no sábado passado. E quem vai passar o Bowling for Columbine?

Por enquanto é só...
Ainda esta semana, teremos o emblog, mais cut+paste e o resenhol... E mudanças virão a seguir.

cut+paste
Citar é fácil

Crianças entram na guerra contra o terror
A indústria de brinquedos serve de campo de treinamento ideológico infanto-juvenil. Conceitos como "guerra contra o terror", "terroristas", "bem contra o mal", muito utilizados hoje em dia pelos Estados Unidos e seus aliados, são colocados de forma lúdica na cabeça das crianças por soldadinhos bombados de plástico. São operações psicológicas militares multicoloridas que tem muito mais chance de atingir seu objetivo porque são aplicadas não de forma burocrática e formal como nas salas de aula, mas através do entretenimento.

matias
psychedelic
breakfast

Três considerações pela manhã

R&S: Só faltam dizer que foi o Saddam
SSU: Próximo!
MG: Diga lá: o que vocês vão fazer hoje?

p&r
Tecla daí que eu teclo daqui

Fiz uma matéria para o caderno de informática da Folha sobre o Movimento das Fotógrafas Super Sexies, um grupo de fotógrafas de Porto Alegre (a saber: Sabrina Fonseca, Cibele Selbach, Letícia Tatsch e Thiago Martini - este último o "quarta fotógrafa") que usa a dobradinha voyeurismo e exibicionismo como arte. Mas mal deu pra publicar o papo propriamente dito, cuja íntegra segue abaixo.

Como começou o MFSS?
Sabrina -
O MFSS, como quase tudo dentro do site, começou a partir de uma piada. Uma bela noite dessas eu estava conversando com a Cibele pelo ICQ e surgiu uma conversa, que virou o nosso manifesto.
Depois desse papo, resolvemos fazer um site apenas com auto-retratos. Na época (2001), eu já fotografava fazia algum tempo, trabalhava no setor de fotografia na Assessoria de Imprensa do Governo do Estado daqui e estava no quinto semestre de artes plásticas com ênfase em fotografia. A Cibele estava começando a fotografar e cursava Letras. Chamei a Angelita Kasper (fotojornalista) pra participar também. Já existia até o slogan: fama, glamour, ego e luxúria.
A idéia inicial de colocar apenas os auto-retratos em um site não deu certo, ficou muito ruim, sem unidade. Então surgiu a idéia de produzirmos ensaios. Além de ser um costume bastante comum pedir a amigos que posem para fotografias, também queríamos usar isso como mote, já que a idéia dos auto-retratos fracassou.
Compramos um vestido de noiva em um brechó e partimos para uma olaria abandonada em Canoas (Grande Porto Alegre) pra fazer o primeiro ensaio das Super Sexies, "As Virgens Melancólicas do Fim do Mundo" onde nós três fotografamos, produzimos e posamos. Esse ensaio aconteceu em agosto de 2001.
O segundo, fotografado por mim e pela Angelita, lá por setembro de 2001, é o "As Beatas que queriam ser Enquadradas". O terceiro foi o "Super Ego", fotografado por mim, que estreou a participação da Letícia Tatsch. Ela já era formada em artes plásticas com ênfase em fotografia. Na época desse ensaio, a Angelita foi morar em Berlim e não participou mais.
Em janeiro de 2002, na época do ensaio "Trompe Le Monde" (ensaio fotografado pela Letícia onde eu posei) é que publicamos o site com tudo o q já tinhamos feito. E passamos a publicar ensaios todos os meses. A idéia de ter galerias de auto-retratos reapareceu depois; já haviam alguns ensaios no ar, os auto-retratos ficaram melhores e o conceito do site estava mais sólido.
O Thiago entrou depois, com o relançamento do site. Ele faz artes plásticas no Instituto de Artes da UFRGS, também com ênfase em fotografia.

Por que um Movimento? A idéia era prolongar o conceito para outros "núcleos" ou brincar com rótulos artísticos?
Sabrina -
Só depois de algum tempo é que o que fazemos nos ficou claro: a idéia sempre foi trabalhar a relação entre fotógrafo e fotografado como uma espécie de invasão do primeiro pelo segundo. Uma relação de poder.
O fotógrafo faz o que quiser com a imagem do fotografado, que não tem controle sobre isso. Assim como o voyeur controla o que o observado representa pra ele. Ambas são espécies diferentes de relações de poder, o fotógrafo pensa que faz o que quer com o modelo e o voyeur também pensa o que quer a respeito do seu objeto. Mas, em ambas relações, o poder é um pouco impotente, pois o que resta da idéia de poder do voyeur e do fotógrafo é apenas uma imagem do objeto. O poder não existe, de fato.
Então porque fotógrafas se sujeitariam a isso? Exatamente para ver como essa relação estranha funciona e tentar desafiar a câmera. Sempre fizemos o possível para que essa relação apareça nas fotografias; mesmo assim, o espectador não pode dizer exatamente o que aquela fotografia, aquelas modelos e aquela fotógrafa queriam de fato dizer. Na verdade, ninguém pode dizer o que estava acontecendo por uma fotografia.
Os temas escolhidos são, como tu falaste, um prolongamento deste conceito. A idéia não é julgar aquilo que escolhemos como tema, mas experimentar estas situações que são diferentes para nós.

Alguma de vcs já fazia algo online?
Sabrina -
Desde antes do site existir, a Letícia tem um blog.
Letícia - Eu também já tinha feito um site com alguns textos e trabalhos meus, o Miombligo, que foi onde aprendi o html que usamos na versão 1 do site.

Como era a reação inicial do público? E hoje?
Sabrina -
No começo recebemos, entre elogios, alguns e-mails realmente mal-educados, xingando muito. Houveram convites para participar com ensaios em webzines também (publicamos um ensaio, "Bota Mais Água no Feijão" no webzine paulista Givago. Está na lista de ensaios no nosso site). Grande parte das pessoas que visitavam o site eram pessoas da faculdade de artes plásticas e blogueiros. Depois do relançamento do site tivemos um retorno bem maior.
Recebemos agora muitos e-mails efusivos e de várias pessoas que não conhecemos oferecendo-se para posar também. Ainda que o site seja apenas em português, existe muita visitação do exterior. Depois do Brasil, a maior visitação é dos EUA, e, ultimamente, da Arábia.
O relançamento do site inaugurou um layout novo, dois ensaios inéditos e a, digamos, 'afiliação' do Thiago Martini, que já havia participado (posando) do ensaio "Spleen".

Vocês já têm um público fiel? Qual é a média de visitas, hits por mês,etc...?
Sabrina -
Existe um público fiel que conhecemos pelo site e que é bastante grande. Alguns viraram nossos amigos. A maioria dessas pessoas ficou sabendo do site através de blogs.
A visitação está numa média de 3.300 visitas por mês, com cerca de 126 mil hits por mês.
Existe uma newsletter para informar a respeito das atualizações do site (novos ensaios, making ofs, etc.) com 100 pessoas inscritas.

Vocês lidam com o voyeurismo de verdade e um voyeurismo fake, artificial. Até que ponto fingir exposição é exposição de fato?
Sabrina -
Difícil responder isso... Mas acho que se a idéia do site é mostrar justamente que as pessoas vão pensar o que quiserem sobre as fotografias, isso leva a pensar que elas também não fazem a menor idéia sobre quem somos, pois uma fotografia não conta nada sozinha.
Tudo bem que fingir exposição é também uma forma de se expôr, mas também é uma forma de esconder, confundir o que realmente somos pelos vários disfarces dentro do site. O irônico é que, mesmo que eu apareça várias vezes no site, ninguém pode supôr nada sobre a minha privacidade vendo o site. A exposição é somente do corpo.
Como disse Helmut Newton, grande fotógrafo de moda alemão que gosta da temática kink, "se eu vivesse como as minhas fotos, eu estaria morto agora"! É mais sobre fantasias (e sobre pessoas que têm fantasias, e para pessoas que têm fantasias) do que sobre a realidade.
Letícia - É interessante porque, como diz a Sabrina, não dá pra saber o que daquilo que a gente está mostrando tem algum fundo de verdade, mas isso também não deixa de estimular a imaginação. Então cada um lê as imagens como quer, pensa o que quiser e fica com a imagem da gente que mais preferir. Por mais que a pessoa não perceba no momento, a leitura que ela fizer do site fala mais sobre ela mesma do que sobre nós.

O que vocês acham da época de "evasão de privacidade" da internet - blogs, uma literatura pop egocêntrica etc... - que estamos vivendo?
Thiago -
Acho que com essa história da internet "romper fronteiras e aproximar o mundo" fez com que as pessoas quisessem mostrar para todos que elas existem, o que fazem, como vivem, etc. Parece que ficou muito fácil promover os seus "15 minutos de fama" e estendê-los por tempo indeterminado. Há pessoas que se filmam em sua própria casa, há aqueles que apenas escrevem sobre suas festas, aqueles que desabafam a sua vida inteira num blog e todos têm algum retorno, de certa forma. Sempre vai existir alguém que se identifique e compartilhe suas experiências também. As pessoas criam seu próprio show, exibem em tempo real e recebem os aplausos e críticas, sem sair de sua casa. É uma necessidade de mostrar para o mundo que existem, talvez um exercício de auto-afirmação. Acho que evita suicídios...hehehe

Sabrina - Já que tudo pode aparecer, todas as pessoas estão obrigadas a ter critério para escolher o que vêem e o que fazem. As pessoas estão um tanto perdidas, com a sua identidade fragmentada. Mostrar-se na internet para receber um retorno é uma reação normal de quem quer se encontrar através dos outros.
Letícia - Fora a questão da fragmentação da identidade na pós-modernidade e a questão de que todo adolescente (de qualquer idade) acha muito divertido contar sobre suas festas, eu acho que a exposição que as pessoas se propõem na internet pode ser interessante. Depende do que a pessoa escolhe mostrar, porque mesmo os que dizem "o meu blog é o que eu sou" não estão sendo exatamente sinceros, ou não tem exatamente a noção do que estão fazendo. Escrever sempre é um exercício de escolha e todos acabam escolhendo um enfoque para dar, e essa é a riqueza dessa exposição desenfreada: os vários enfoques que as pessoas escolhem dar sobre qualquer assunto.

O MFSS já foi para o mundo offline? Há projetos paralelos, além do site?
Sabrina -
Em maio de 2002 participamos de uma exposição entitulada "Gente Pelada+Conceito=Arte Erótica", de um grupo de discussão por e-mail chamado "Enquadra e Põe na Sala", formado essencialmente por estudantes de artes plásticas da UFRGS. Colocamos algumas fotos escolhidas do ensaio "Trompe Le Monde", fotografado pela Letícia e onde eu posei. O Thiago também participou desta exposição com fotografias, mas ainda não fazia parte do MFSS.

Alguma novidade em vista?
Sabrina -
Relançar o site deu bastante trabalho: além do site em si, fizemos vários ensaios que estão na fila para ir ao ar e uma festa de relançamento. Por enquanto queremos gozar da tranquilidade dessa fase superada. Significa que continuaremos publicando ensaios, making-ofs e auto-retratos, mas não estamos pensando em, por exemplo, preparar uma exposição não-virtual. Estamos, sim, preparando ensaios para serem publicados em alguns webzines bem interessantes. Gostaria muito de preparar outra festa, já que a primeira, do relançamento, foi divertidíssima.
Letícia - Eu estou em São Paulo procurando trabalho e tentando organizar a minha vida por aqui, os meus planos para as super sexies são de conseguir ser também uma "correspondente estrangeira" (a Cibele está em Londres e manda material para o site) e se tudo der certo, estar presente para a próxima festa.

frasoutono
Uma estação de aspas legais

»  "Pobre é muito mais barato!", Millôr
»  "All art is quite useless", Oscar Wilde
»  "Todo homem é culpado do bem que ele não faz", Voltaire
»  "Quanto mais regras e leis são feitas, mais ladrões e desordeiros aparecerão", Lao-Tsé
»  "O homem é a única criatura que recusa-se ser o que é", Albert Camus
»  "Devemos contemplar ações estéticas com certa semelhança com o terrorismo - cujo objetivo seja alcançar a destrução de abstrações em vez da de pessoas, a liberdade em vez do poder, o prazer em vez do lucro, a alegria em vez do medo", Hakim Bey
»  "Não há mais festa, nem carnaval: acho que eu fui enganado", Marcelo Nova, apud David Byrne
»  "All art is quite useless", Oscar Wilde
»  "All art is quite useless", Oscar Wilde
»  "Todo homem é uma farsa. A diferença é que alguns admitem. Eu mesmo, nego", H.L. Mencken
»  "Penso que penso, logo penso que existo (Cogito cogito, ergo cogito sum)", Ambrose Bierce
»  "Por que você não escreve livros que as pessoas possam ler?", Nora Joyce, a seu marido James
»  "A jornada é a recompensa", provérbio taoísta
»  "A vantagem em se ter uma memória ruim é que pode-se desfrutar-se várias primeiras vezes para as mesmas coisas", Friedrich Nietzsche
»  "Eu não consigo escutar Wagner, pois me dá uma urgência de invadir a Polônia", Woody Allen
»  "It's kinda fun do the impossible", Walt Disney
»  "O homem suporta tudo, menos a rotina", Goethe
»  "If your children ever find out how lame you really are, they'll gonna murder you in your sleep....", Frank Zappa
»  "Change will do you good", Gang of Four

marchwaters
Se The Wall fosse um mês

»  "Pick Up the Pieces", Wilson das Neves
»  "Baba (DJ PM Só Love Extended Mix)", Kelly Key
»  "Sambadrome", Funk'N'Lata
»  "Don't Make Me Wait", Bomb the Bass
»  "Kisses on the Wind", Neneh Cherry
»  "Feelings", Karine Alexandrino
»  "I Beg Your Pardon", Kon Kan
»  "Freestyle Love", Stereo Maracanã
»  "African Rhythms", The Oneness of Ju-Ju
»  "Dreadlock Holiday", 10cc
»  "Europpean Son", Velvet Underground
»  "Mexe que Mexe", Furacão 2000
»  "White Rabbit", Jefferson Airplane
»  "Out of Time", Blur
»  "Jorge Maravilha", Chico Buarque
»  "I Want it All", Trans AM
»  "As Tortas e as Cucas", Júpiter Maçã
»  "Carpet Crawlings", Genesis
»  "September 13th", Eumir Deodato
»  "Dig a Pony", Beatles
»  "Aux Arms Et Caetera", Serge Gainsbourg
»  "Tere Sahn", Chico Correa
»  "More Bounce to the Ounce", Roger + Zapp
»  "Hey Dee Jay", DJ Omena
»  "Pop Star", João Penca & seus Miquinhos Amestrados
»  "Shake Up (Jaddle Remix)", Grand Unified

* Depois eu ponho na ordem
e zipo tudo em algum lugar

hitofdasummer2003
Óculos escuros e cabelos ao vento *

»  "Roadhouse Blues", Doors
»  "Ball of Confusion", Temptations
»  "Rainmaker", Grenade
»  "Good Day", Jimi Tenor
»  "Diabos", Wado
»  "See You", Depeche Mode
»  "O Tolo dos Tolos", Ira!
»  "Addicted to Love", Robert Palmer
»  "Na Pista", Casino
»  "Snip Snap ", Goblin
»  "Walking on Thin Ice", Yoko Ono
»  "Medicine Man", Playgroup
»  "Cross-Eyed and Painless", Talking Heads
»  "Argent Trop Cher", Tarace Boulba
»  "Highagain", Stereo Maracanã
»  "Say Hello to Angels", Interpol
»  "19 Rebellions", Asian Dub Foundation + Edy Rock
»  "We Rock Hard", Freestylers
»  "Faz Tempo", Nação Zumbi
»  "Catete Beats", Gerador Zero
»  "Astawesalehu", Lemma Demissew
»  "Uptown Top Rankin", Althea & Donna
»  "Things Are Getting Better", N*E*R*D
»  "Pasta Al Burro", Bugo
»  "Mysteries of Love", Fingers Inc.
»  "Walking on Sunshine", Katryna & the Waves

* Idem, ibidem

carrossel
"Estamos envoltos por som"

»  Supreme Beings of Leisure
Divine Operating System

»  Replaments
Let it Be

»  Os Pisoleiros
Os Pistoleiros EP

»  Weezer
Pinketon

»  Smith & Mighty
Big World, Small World

»  Onsunlade
El Primer Ano

»  Swayzak
Groovetechnology

»  Cure
Faith

»  Autechre
Draft 7.30

»  Instituto
Coleção Nacional

»  Nervoso
Personalidade

50 de 2002
Aos poucos eu vou
colocando as resenhas

  1. In Search of... - N*E*R*D

  2. Nação Zumbi - Nação Zumbi

  3. Blazing Arrow - Blackalicious

  4. The Private Press - DJ Shadow

  5. The Eminem Show - Eminem

  6. Ciclo da De.Cadência - Cidadão Instigado

  7. Cinema Auditivo - Wado

  8. Deadringer - RJD2

  9. Playgroup - Playgroup
    O Roxy era uma boate nova-iorquina que queria reinventar o princípio da disco num ponto de vista entre o electro, a new wave, o hip hop e a world music. O Playgroup é como um parque temático musical sobre o Roxy. Sem soar retrô.

  10. Nada Como Um Dia Após o Outro Dia - Racionais MCs

  11. Fantastic Damage - El-P
    O papa da Def Jux não está pra brincadeira e transforma seu disco solo em um combate entre as forças do bem e do mal - embora quase nunca saibamos quem é quem. Entre robôs que dançam break e gangues de rua ciborgues, o produtor chega a apenas uma conclusão: que a fusão homem-máquina vai nos dar uma dor-de-cabeça dos infernos.

  12. Mind Elevation - Nightmares on Wax

  13. Start Breaking My Heart - Manitoba

  14. Geogaddi - Boards of Canada

  15. Angles Without Edges - Yesterday's New Quintet

  16. Antigamente Quilombos Hoje Periferia - ZÁfrica Brasil
    Equilíbrio hip hop, atitude HC, sagacidade homem-fumaça: o rap de São Paulo aos poucos ganha novos contornos...

  17. EP - Casino

  18. In Between - Jazzanova

  19. Murray Street - Sonic Youth

  20. All of the Above - J-Live

  21. Walking With Thee - Clinic

  22. Contraditório? - DJ Dolores

  23. Scorpio Rising - Death in Vegas

  24. Evil Heat - Primal Scream

  25. Sea Change - Beck
    Beck divide-se entre discos coloridos e monotônicos - estes últimos tendem a cair pro folk. E se One Foot in the Grave era azul escuro e Mutations era cinza-furta-cor, Sea Change mistura uma sépia quase classicista com um violeta lúdico, psicodélico, mas cético. Sinal de maturidade ou apenas mais uma máscara?
  26. Concrete Dunes - Grandaddy

  27. Outubro ou Nada! - Bidê ou Balde
    O grupo gaúcho larga de vez a jovem guarda e volta às suas raízes (indie) rock, cobrando parentesco com a safra Strokes, Hives e Interpol, mas sem esquecer que o DNA do rock brasileiro carrega Ultraje a Rigor e Léo Jaime nos cromossomos.

  28. As Heard on Radio Soulwax, Pt. 2 - 2 Many DJ's

  29. Are You Passionate? - Neil Young

  30. Amanhã É Tarde - Fellini
    A maturidade fez a dupla Cadão e Thomas perder um tanto da espontaneidade ingênua que era um dos charmes do grupo. Mas com ela, veio uma segurança musical inédita, colocando o Fellini ao lado de seus contemporâneos europeus. Para exportação.

  31. Out of Season - Beth Gibbons & Rustin Man

  32. Yoshimi Battles the Pink Robots - Flaming Lips

  33. Kittenz and thee Glitz - Felix da Housecat

  34. Handcream for a Generation - Cornershop
    Música de protesto para a geração pós-disco, o grupo indo-britânico  propõe que a rave é a uma passeata psicodélica que caminha memeticamente.

  35. Coleção Nacional - Instituto
    A intenção original era montar um coletivo sem fronteiras com o mais instigante pop nacional. Mas a megalomania do Instituto peca ao tratar, como coadjuvantes, pesos pesados como BNegão, Zero Quatro e Kid Koala - erro semelhante ao Orquestra Klaxon, de Max de Castro. Mas o grupo paulistano tem o tutano musical que falta ao filho de Simonal e, mesmo com solavancos (o dub do final é insuportavelmente vazio), o disco de estréia funciona. Resta enxugar a gordura e mirar o alvo.

  36. Combatente - Stereo Maracanã

  37. Original Pirate Material - The Streets

  38. Déjà-Vu - Metrô

  39. Gerador Zero - Gerador Zero

  40. Life On Other Planets - Supergrass

  41. I Might Be Wrong - Radiohead
    Depois de dois discos "difícies" (ou seria melhor dizer "vagos"? - Kid A tem momentos brilhantes, mas Insomniac dá sono), Thom Yorke e sua tchurma voltam ao ponto progressivo (Floyd + Genesis) de sua carreira e retomam as faixas da fase cabeça como se tivessem parado em OK Computer. Um best-of (sem eletrônica) da fase eletrônica.

  42. Hate - Delgados

  43. Title TK - Breeders

  44. Panzertúnel - Objeto Amarelo

  45. The First Album - Miss Kittin & The Hacker
    Nojenta, vulgar, barata... A Madame Hollywood se esforça pra baixar o nível em tom blasé e bases de funk carioca minimal. Electro? Azedo demais pra rotularmos disso. Tente algo como "coluna social muderninha em dias de ressaca".

  46. Now You Know - Doug Marstch

  47. Come with Us - Chemical Brothers

  48. Disco novo - Kiko Zambianchi
    Um pouco de rock anos 80, um pouco das melodias do Teenage Fanclub, um acabamento Gallagheriano. Tudo que o Astromato devia ter tentado, se quisesse ir para a rádio.

  49. Yankee Hotel Foxtrot - Wilco

  50. Everyone Who Pretended to Like Me Is Gone - Walkmen
    Um dos poucos clones do Radiohead que não lembram o Toto.

ou dá ou desce
Download enquanto é tempo

»  Snow Crash - Neal Stephenson
»  A Carta - Pero Vaz de Caminha
»  Illuminatus Trilogy - Robert Anton Wilson & Robert Shea
»  On Liberty - John Stuart Mill (capítulos 1, 2, 3, 4 e 5)
»  The Raven - Edgar Allen Poe (tradução de Machado de Assis)
»  Devil's Dictionary - Ambrose Bierce
»  Tao Te King - Lao Tsé
»  Contact - Carl Sagan
»  A Clockwok Orange - Anthony Burguess
»  A República - Platão
»  Contos Fluminenses - Machado de Assis
»  On the Road - Jack Kerouac
»  A Volta Ao Mundo em 80 Dias - Jules Verne
»  Neuromancer - William Gibson
»  The Heart of Darkness - Joseph Conrad
»  Lutando na Espanha - George Orwell
»  O Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto
»  Alice's Adventure in Wonderland - Lewis Carroll
»  Civil Disobecidience - H.D. Thoreau

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