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caô
Promessas servem para serem quebradasPrometi resenha do Matrix 2 pro fim de semana
retrasado e furei, claro - parece que você não me conhece... Pior do que isso, não vou
nem resenhar o filme. A essa altura do campeonato, você já deve ter assistido e ter a
sua opinião. Se não, você tem duas opções: ou compra o especial da Zero (essa
mesma...), que tem uma resenha minha quase no final da revista, ou compra o pôster da
Herói, em que eu conto toda a história do filme (eles que pediram...). São as minhas
duas incursões à galáxia de Gutenberg da vez. Não que eu não vá falar mais de
Matrix, mas deu preguiça de escrever. Mesmo porque, ainda devo escrever mais sobre este
assunto, então...
talagadas
Random tidbits sobre porranenhuma
Em defesa de Fernanda Young
Virou moda malhar a escritora tatuada mais famosa do Brasil (não por
muito tempo, espero). Tudo bem, a menina é mimada, direitosa, fala asneiras como se
estupidez (ainda) estivesse na moda e solta umas pérolas de matar os detratores da Carla
Perez de inveja.
Outro caso
Mas defendê-la não é como defendar a velha loira do Tchan. Perez,
coitada, foi içada da choldra intelectual que tomava Xuxa de manhã e Cid Moreira à
noite para um universo de Caras e bocas que ela achava que fosse a realidade. Natural que
achasse que escola começasse com "i". Ela é a representante perfeita da
mutação cerebral que os powers that be brasileiro queriam propor a seu povo. Felizmente,
os tempos mudam e os brasileiros não se tornaram 170 milhões de Carlas Perez (devemos
ser, ainda, 170 milhões de Tonis Carrados, mas isso deve mudar).
O umbigo
Se dá uma certa pena malhar a inteligência da mama Perez, o mesmo não
pode ser dito da jovem Young. Afinal, ela é estudada, bem nascida, prendada, teve
oportunidades que Carlinha sequer sonhou. Por isso, se fala asneiras e porta-se como uma
porta, merece nossos esgar e escárnio. Faz sentido. Mas não é isso que me faz vir em
defesa da autora.
As outras
O que me irrita é a total falta de senso crítico para contextualizá-la.
Pode prestar atenção: todos as maledicências ao redor da desdita fazem uma ressalva
quase unânime, defendendo as outras apresentadoras do programa em questão, o tal Saia
Justa. Mas não é fácil livrar a cara destas.
Uma por uma
Muito pelo contrário. A apresentadora Mônica Waldvogel, ex-íntima de
altos círculos do poder, solta pérolas de deslumbre feminino que soariam infantis entre
as leitoras da Capricho (por quem tenho o maior respeito, sublinho). Visivelmente passa
por um processo de "descoberta da feminilidade", típico de mulheres que
dedicaram anos à vida profissional e à beleza formal, esquecendo das outras coisas da
vida, senão dela mesma. A impressão é que ela acabou de ultrapassar o estágio que o
maior misógino do Brasil, Manoel Carlos, rotulou em sua obra fantasiosa como
"Helena".
Dois parênteses: 1
(Manoel Carlos misógino? Claro: basta assistir qualquer cena de qualquer
de suas novelas para saber que ou o cara não entende nada sobre porra nenhuma ou odeia
todas as mulheres do mundo. Ao rotular suas personagens de "Apaixonadas" em seu
atual folhetim, ele demonstra todo o ódio que sente pelo sexo feminino, que considera
mesquinho e sem noção. Esconde isso fingindo gostar de ver as intimidades de Cristiane
Torloni, que aparece constantemente escovando os dentes, passando hidratante nas mãos,
acordando... Neste quesito, sugiro Ariella, filme perdido dos anos 70, em que a atriz se
engalfinha intimamente com a diva esquecida Nicole Puzzi)
Dois parênteses: 2
(Que armadilha de consumo que é a mulher moderna. Ela é um dos poucos
seres publicitários que ainda conservam-se fragmentados. Preste atenção na quantidade
de produtos que o mercado coloca à sua disposição. Assim, ela deve se preocupar com as
roupas para lavar, com a própria higiene, com a educação dos filhos, com a comida para
o marido, com a sexualidade, com a boa forma, com os problemas profissionais, etc., etc.
"Tá bom, mas o que você tá dizendo de novo?". Provavelmente nada, mas
lembre-se que, para cada um desses aspectos citados acima, existe um corte mercadológico,
que parece falar apenas com uma parcela do público [quando na verdade está falando com
um só]. A diferença é que esta fragmentação da mulher moderna ainda está baseada em
uma eterna dúvida, que é o excesso de atividades [ou obrigações] do papel feminino na
sociedade. Ou seja: a mulher, mesmo tratada como "moderna", continua submissa -
não mais ao "macho" [vulgarmente ridicularizado, em diferentes instâncias],
mas à obrigação social de provar que a mulher é o homo superior. Ao menos, em
termos de mercado, o "macho" foi reduzido a dois estereótipos, dois grupos no
mercado: os sofisticados intelectuais e os brutos imbecis. Quando perceberem que este
grupo é apenas um só e tratarem essas diferenças como o mercado de produtos esportivos
trata torcedores de diferentes times, o faturamento tenderá à engorda, já que
encontrará mais eco entre os consumidores. Afinal, as mulheres bem sabem que "homem
é tudo igual". E não deixa de ser engraçado perceber o paradoxo entre as
múltiplas funções da mulher moderna e a ausência de função de seu par
contemporâneo, com as preocupações de cada um deles. Como falei, é uma armadilha:
deixem o adjetivo de lado e percebam-se mulheres e só)
A segunda
Marisa Orth dá pena. Deslumbrou-se com uma beleza inexistente (já deu
pra sacar que ela tem umas pernonas, não é?) e se acha no direito de poder falar
qualquer abobrinha que venha à telha, como se fosse bonita. Fora a tendência a se aliar
ao pensamento de Olavo de Carvalho e Caio Blinder, essas vedetes da nova direita. Talvez
Magda fosse um bom personagem por pura terapia em palco (aliás, o Sai de Baixo era
basicamente isso), pois Orth carrega mais que os trejeitos da moça. Que, ao menos, era
mais ingênua, menos ruim.
Por fim
Até Rita Lee já pastou, só pra não perder a amizade... Se no começo,
ela se limitava a a olhar torto os espasmos fascistas de suas pobres companheiras
(respondendo, às vezes, com aquelas frases feitas de triplo sentido que ela é famosa por
compor e cantar), pouco depois cedeu ao clube da Luluzinha e esqueceu que não estava mais
em casa, com as amiguinhas. Aliás, tenho lá minhas dúvidas que ela se porte daquela
forma em casa, tão fútil e risonha. De todo modo, quem perde (ou ganha, dependendo do
ponto de vista) é ela. Mas todas já são bem grandinhas e não merecem esses puxões de
orelha em público.
Crossmedia
A diferença é que isso é uma página na internet e um texto desses, por
mais que corra o mundo, não tem a força de um mero minuto na TV a cabo. E eu não
falaria isso que estou falando com tanta veemência na TV, porque é outro veículo, outro
formato. E nem estou cobrando "responsabilidade" (justo quem...), e sim um pingo
de desconfiômetro, de senso do ridículo mesmo. Por isso vim em defesa da Fernanda Young.
É a primeira vez que ela faz algo na frente das câmeras, se deslumbrou com o poder da
imagem e virou subseqüente Judas da inteligentsia que assume assistir TV. Normal, pra
ela. O que me espanta são opiniões igualmente burras ditas pelas outras três, veteranas
(e como!) no formato - e a conseqüente "aclamação popular" do seleto público
da TV a cabo.
Modernidade normal
E esse é o problema. Desisti do Saia Justa logo no começo. O programa
tentava jogar em uma mesa redonda o espírito que garante as boas piadas do gênero
reacionário "humor para a mulher moderna", que inclui Sex & the City, Os
Normais, Radical Chic, Absolutely Fabulous e 02 Neurônio no mesmo balaio. Mas ao
contrário destes outros, o programa da GNT virou uma panelinha de comadres sem graça,
uma tentando mostrar mais cultura e sensibilidade que a outra. Talvez aí resida o segredo
do sucesso do programa, que em vez de colocar (de)formadores de opinião para discutir
(como tenta seu companheiro de canal, o Manhattan Connection), optam por chamar
representantes do público-alvo: a tal "mulher moderna". Resumindo a ópera, a
mulher moderna é bem diferente do que pinta a publicidade e o mercado - em vez de segura,
decidida, ousada e deslumbrante, ela é medrosa, angustiada, retrógrada e reticente.
Muito mais normal do que parece. Ah, se elas deixassem os adjetivos pra lá...
O'Blivion
Por culpa de coincidências não tão coincidentes assim (domar o acaso é
difícil, mas compensador) estou numa fase pesada David Cronenberg. Além dos filmes, tou
lendo resmas e mais resmas de papel não-impresso sobre o cara. A margem que ele abre pra
interpretação é perfeita, pega na veia e dá ainda mais sentido pra uma das minhas
máximas: "Metade da arte está na cabeça do espectador". Saca esse artigo
sobre dualismo e mutação corporal e esse site cheio de links e fotos dos filmes do cara. Tem ainda esse
perfil da Salon (além dessas duas entrevistas), um outro da
Disinfo, essa entrevista com o cara (que traz frases ótimas como "a
realidade é o que você faz dela", "estou consertando uma falha
cartesiana" e do papo de refilmar Scanners), outra na Wired (feita pelo grande R. U. Sirius, com um trecho que eu
cito logo mais), uma resenha
do Spider na Slate, uma boa
filmografia comentada em italiano, uma ótima
resenha do Videodrome feita pelo Ruy Gardnier, do Contracampo. Se você tem um texto, link
ou algo para falar sobre o cara, dizaê.
O tal trecho
"O sexo não é mais o que era. Você não precisa mais de sexo para
fazer bebês - e em breve não precisaremos de humanos para fazer bebês humanos. O que é
o sexo, agora que ele foi desconexo de sua atividade biológica correlativa. É arte? É
só prazer? É política? É guerra? Provavelmente é tudo isto".
Mister Postman
Aos correspondentes, paciência. Recebi seu email, vou ver se consigo
responder. Mas tá foda, já adianto.
Frase do dia
"Eu não tenho compromisso com estilo", Marcelo Bicudo, outro
brasiliense desocupado.
Pai da matéria
Digão escreve
pra reclamar que eu falo que o novo metal (bandas que começam com "Li" e
valentões manhosos que não têm coragem de dizer que são indies) começou com o Angel
Dust, do Faith No More. É fato, não adianta fugir. Como os Beatles deram origem ao
britpop e às bandas de sub-britpop. Não é pra culpar ninguém.
A propósito
Ainda bem que essa leva de bandas sub-britpop (o chamado "britpop de
arena") se esgotou. Passou, passou - tão vazios como as bandas que aparecem entre um
ou outro seriado da Sony (naquele "Music News"). Que é o que aquelas bandas
são: Friends fazendo música.
Gente normal
Lembrei de uma capa da Spin, acho que 1999, que apontava o sucesso do
Matchbox 20 como a "ascensão dos regular guys". Armação de gravadora,
escoadouro sem fim de "grana pra promoção", isso sim. O dia em que "gente
normal" vender rock, tamos fodidos. Ou nós, ou o rock.
Rock é leite
Não pensem que eu redimi o rock ou que uma nova revolução vai renovar
tudo de novo. Rock é leite: se azedou um pouco, vira iogurte. Se azedar mais, vira
coalhada. Se azedar ainda mais, vira queijo. Se azedar ainda mais, vira gorgonzola. Nada
contra o gorgonzola, muito pelo contrário (tiragosto perfeito pra cerveja: canoinhas de
cebola crua com gorgonzola e um pingo de azeite decente). Já esse gorgonzola rock de hoje
em dia...
Primeira audição
Poptical, do Ed Motta, é o Manual Prático do Entre e Ouça.
Primeira audição 2
Ventura, do Los Hermanos, é o Bloco do Eu Sozinho sem culpa. É bom, mas
não é melhor que o Bloco. Pelo menos não na primeira audição. Tem entrevista que eu
fiz com os caras pro site da Som Livre aqui. (E outra com o Supreme Beings of Leisure aqui, só pra aproveitar a deixa).
Primeira audição 3
À Procura da Batida Perfeita (e não "Procurando", como me
corrigem os advogados da retidão), de Marcelo D2, é candidato a melhor disco do ano. E
já está no Soulseek.
Primeira audição 4
Depois de eu muito insistir, Granado me mandou seu disco novo. É de
chorar de bom. Vai ser masterizado por um fodão gringo, se tudo der certo. E é rock
feito a Kiss FM.
Falando nela
Mané de quem ouve rádio e perde tempo com outra estação, aqui em São
Paulo. Ainda mais agora, que eles botaram rock anos 90 e nacional na programação. E toca
Pixies, de vez em quando. E U2 no começo, Smiths, Cult e Echo direto. E até a banda mais
fuleira que eu já gostei na vida, o Living Colour. Aliás, outro dia teve "Perfect
Day" seguido de "Here Comes Your Man" e "My Sharonna", do Knack.
E eu tenho certeza que, se tocasse nessas festinhas indie, neguinho ia achar que é o novo
Strokes.
Desindie
Mas na programação da emissora, é justamente o antiindiesmo que
emociona. Bandas como Supertramp (um Radiohead menos fresco) e Credence Clearwater Revival
(tudo que o Pavement queria ser) são presenças constantes, além de clássicos do
protometal, fuleiragens arena dos anos 70 (tipo Peter Frampton, Status Quo e BTO - os J
Mascis, Oasis e JSBX de seu tempo, respectivamente), muito Pink Floyd e Led Zeppelin. Só
falta tocar mais Raul.
Síndrome de Blair
O Lúcio levantou
uma velha lebre que ouriçou a comunidade wannabe da internet brasileira: jornalistas
inventam matérias, citando histórias clássicas de coxia. Não é preciso o desprezo
(que denota corporativismo) gasto pelo Elio Gaspari ao Jason Blair, o ficcionista
recém-descoberto do NYT (a saber: "a
história de Blair pertence à crônica das fraudes jornalísticas e poucas vezes um
cascateiro teve tamanha notoriedade"). Nem é uma questão de ética, mas de
senso do ridículo. As histórias contadas por Lúcio (ou pelo Tomate, em
sua coluna da semana passada) são monumentos à falta de vergonha. Conhecê-las e não
divulgá-las não é falta de prurido profissional, como implicam alguns, mas apenas pena,
pessoal e intransferível.
Segunda parte
Mas o colunista da Folha esqueceu de contar a segunda parte da história
de Pepe Escobar, contada por Ricardo Alexandre em seu ótimo Dias de Luta. Pedi pro autor
pra reproduzir o causo neste não-impresso e ele topou. O trecho (que, coincidentemente ou
não, começa na página 171 do livro) segue abaixo, editado com (...)s e colchetes meus
para ir direto ao assunto.
Trecho
"Foi entre Pepe Escobar, Nasi e a Ilustrada, entretanto, que se
desenrolou uma das histórias mais malucas da imprensa musical nacional.
Tudo começou quando Thomas Pappon e Guilherme Isnard saíram numa briga física
que culminou com a expulsão do vocalista- saxofonista- estilista [Isnard] dos
Voluntários da Pátria.(...) A comunidade alternativa paulistana entrou em polvorosa: 'Os
Voluntários eram uma banda ambiciosa, a ponto de os principais críticos de São Paulo
quererem ser seus cantores [ah, os anos 80...]', conta Nasi. 'E quem a banda escolheu para
o lugar de Guilherme? Eu, o menino punkinho. Aí começou a fofoca, o lobby, nos
bastidores'. Miguel Barella lembra que Pepe Escobar costumava enviar letras 'sem métrica'
na esperança de vê-las transformandas em músicas dos Voluntários. Infalivelmente, eram
vetadas por Thomas. Pior: o guitarrista lembra que o crítico lhe telefonava com
freqüência para saber das novidades do mercado pop. 'Ele me ligava e dizia: 'Oi Miguel,
você foi ao show do fulaninho, semana passada?'. Fui, foi legal. 'Não, explica melhor
que eu preciso escrever sobre ele'. A mesma coisa com os discos. 'Ouviu o novo do Echo
& the Bunnymen?'. Ouvi sim, um amigo me trouxe dos Estados Unidos. 'Então faz um
corridão, que eu preciso escrever uma matéria para amanhã'. Na maior cara de pau!'. E
Nasi, o menino punkinho, julgando-se ridicularizado pelo jornalista. 'Como é que eu ia
respeitar o cara que era o papa do jornalismo da época, que todo mundo tratava como se
fosse Deus e que tirava suas materinhas por telefone na sala de estar do Miguel?'
Com Nasi nos vocalis (...), os reformulados Voluntários da Pátria fizeram poucos
shows e partiram para a gravação de um LP, independente. (...) Nasi chegou a ameaçar
outro crítico da Ilustrada, Fernando Naporano, que jurou detonar o disco sem ouvi-lo
porque não simpatizava com o jornalista. A picuinha foi se alastrando.
Algum tempo depois, (...) Nasi montou a Cooperativa Mundo Moderno. Alugaram um
horário no Val Improviso, uma boate de travestis na Boca do Lixo de São Paulo. Nasi
discotecaria, seriam exibidos vídeos de bandas como Joy Division e Au Pairs e, no
palco, tocariam Ira, Basculantes, Mercenárias, Voluntários da Pátria, Smack e Cabine C
(...). 'Não havia drag queens em 1984', lembra Nasi. 'Eram uns caras deste tamanho,
parecendo uma mistura de Blade Runner com aquele bar do Guerra nas Estrelas. Era a coisa
mais transgressora que eu vi na minha vida'. Era o Woodstock do pós-punk paulista. No
entanto, a cooperativa excluiu da escalação o Zero, o novo grupo de Guilherme Isnard
(...). 'Não existe muita democracia numa panela', repara Edgard Scandurra [mestre], que
tocou em praticamente todos os shows do festival. 'As bandas que surgiam eram
ramificações dos mesmos grupos iniciais. E Gulherme se sentiu alijado dessa cena, com
razão. Ele era uma pessoa mais ligada ao pop do que qualquer um de nós na época.
Gostávamos de estranheza, de vocalis estranhos, antiguitarras, um baterista
não-heavy-metal. E, tal como a madrinha da Bela Adormecida, que não foi convidada,
Guilherme resolveu rogar uma praga e mandou uma carta à redação da Folha de São
Paulo'.
Trechos da carta foram publicados num artigo de Pepe Escobar em 28 de outubro de
1984. 'Foi a deixa para o Pepe fazer uma sacanagem comigo', acredita Nasi. Citando trechos
dos queixumes de Isnard "'quero denunciar a programação nesse pulgueiro que é o
Val Improviso', dizia ele, 'que, no final, é uma armação para alimentar algumas bocas,
isso porque, de onze ou doze grupos, sete são a maçonaria do rock, uma cooperativa que
exclui novos instrumentistas que se inibem diante da presença dos egos dos
multiinstrumentistas'), Pepe se referia a Nasi como 'neo Nazi rides again' e elogiava RPM,
Voluntários e Zero, afirmando é que 'o resto é de lascar'. Ademais, tecia bons
argumentos quanto à postura dos grupos, dizendo que 'gueto só serve para a Inglaterra,
onde há mercado e locais de encontro para todos'. Propositalmente, a edição não
deixava claro onde acabava a carta e começava o artigo de Pepe.
'Eu estava na boate e vi o jornal de madrugada', conta Nasi. 'Fiquei tomado de
raiva'. Durante o show das Mercenárias, o vocalista pediu o microfone. 'Aqui diz que isto
aqui é um pulgueiro', bradou, como um sindicalista. Edgard, na bateria, rufava os
tambores, aumentando a tensão. 'Vocês se consideram pulgas?', perguntava Nasi, aos
berros. Naquela noite, o Val Improviso era uma panela de pressão. Nasi sumiu na noite com
Crânio, o segurança do Madame Satã, à caça de Pepe Escobar. No dia seguinte, como
não houvessem conseguido invadir o apartamento do crítico durante a madrugada, Nasi,
Crânio e toda a cooperativa foram até a redação 'desautorizar' Pepe a escrever sobre a
cena. 'Eles queriam desautorizar, eu queria pegar o cara de porrada', reconhece Nasi. 'Eu
estava babando. Aquilo era a gota d'água de todo o lobby'. Diante do tumulto, a Folha
marcou um 'debate' para o dia seguinte, em seu auditório. Pepe chamou Nasi de
'terrorista'. O vocalista partiu pra cima. Bateram foto, que publicariam no jornal, e os
seguranças tiraram de lá o cantor possesso. Durante o debate, Miguel Barella pediu a
palavra e contou, na frente de todos: 'Eu assinava a Musician e emprestava pra ele (Pepe).
E ele: 'Pô, vou copiar a matéria tal'".
A verdade era que a credibilidade de Pepe Escobar já andava claudicante desde
abril de 1983, quando o jornalista André Singer [que hoje é o porta-voz do Lula]
escreveu um enorme artigo na Ilustrada denunciando sua crítica ao disco Let's Dance, de
David Bowie, impressionantemente copiada do livro The Rolling Stone Illustrated History of
Rock & Roll. Pepe se defendeu nas páginas do próprio jornal, dizendo que seu texto
era uma referência à História Universal da Infâmia, de Jorge Luís Borges, e que a
idéia era, conceitualmente, 'prestar uma homenagem ao camaleonismo' de Bowie. Outras
estrelas da Folha, como Boris Casoy ou Matinas Suzuki (que chamava o crítico de
'juveniilista', uma mistura de juvenil e niilista), foram cerceando o espaço de Pepe para
polêmicas até que ele acabou demitido, em 1987. Trabalhou no Estadão até a década de
90, quando forjou uma entrevista exclusiva com Roman Polanski e também perdeu o
emprego."
Constrangedor, não?
O engraçado é perceber que boa parte dos nomes envolvidos se repetem e
que boa parte deles continua com a reputação intacta e trabalhando para grandes
veículos. E que, com um pouco de memória e exemplares à mão, é possível até
montar um cânone (ou árvore genealógica mesmo?") de como picaretagem, jornalismo
raso, interesses pessoais e más intenções persistem há décadas na imprensa
brasileira. E isso só pra ficar no "meio não-sério", que é o jornalismo
cultural.
Flashback
Lembro do Hermano comentado sua ida à Trash londrina e dizendo para
procurar o livro da Conrad sobre o rock de Brasília (O Diário da Turma, do Paulo
Franchetti) para ver pessoas vestidas exatamente na moda 2003.
Por essas e outras
Que eu recomendo o livro do Ricardo (Dias de Luta - lançado pela DBA).
Mais do que contar a história das bandas e do sucesso do rock dos anos 80, ele conta
bastidores deste naipe que ajudaram a moldar a indústria de entretenimento brasileira e
suas relações com a mídia. Aí sim, você verá dezenas de nomes que ainda se repetem,
fazendo papéis um tanto "diferentes", até hoje.
Falando nisso
Ricardo manda notícias que em breve terá novas notícias. Beleza.
"Não acredite no que você lê"
Neguinho tem dito isso com uma empáfia de quem cunhou a frase. Como se
fosse novas. Precisa de um micro-escândalo na segunda divisão do jornalismo de várzea
para abrir os olhos dos outros para o óbvio. Vamos pegar um exemplo qualquer pra mostrar
o que eu estou dizendo. A Folha de S. Paulo, em sua gana neo-direita, usa qualquer
subterfúgio para atingir o governo ou não? Que tal essa
notícia, em que uma astróloga, irmã do Mendonça de Barros (que esteve metido no
escândalo das privatizações facilitadas do governo passado e é um dos caras mais
entrevistados pelo jornal desde que Lula começou a subir nas pesquisas no ano pasado),
diz que o povo "só em 2007 ocorrerá uma mudança de paradigma no páis"?
Siga a lógica de Lenin
Quer saber porque qualquer notícia é publicada? Veja quem se benefia
mais com ela e descubrirá.
A verdade não existe
Suspeito que haja um erro de tradução praquela parte da Bíblia em que
Cristo diz que "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". Não existe
"verdade", tudo é subjetivo e passível de interpretação. Acho que a frase
deveria ser "eu sou o meu caminho, a minha verdade e a minha vida", que
colocaria o filósofo Issa ("Issa!") lado a lado de gigantes como Crowley e
Nietzsche. Você sabe: "Todo mundo é uma estrela" e todo aquele papo Raul.
Fora do ar
Já que o Tomate atualizou sua coluna (ainda preso aos vícios da
periodicidade), segue o trecho que encerrava uma edição passada que listava, entre
outras coisas, causos envolvendo um conhecido jornalista que, nos anos 90, quase lançou
uma revista independente com seu próprio nome: "Esse episódio é patético, porém
obnubla a causa principal de existir tantas matérias inventadas na imprensa
musical: a obviedade das declarações dos popstars. Junte um jornalista despreparado e um
artista enfastiado e surgirá um festival de platitudes dignas de um jogador de futebol
"Esse é o nosso melhor disco", "Foi muito legal trabalhar com
fulano", "Não vamos nos vender ao sucesso fácil" e outros clichês que
não importam se foram forjados ou não. O repórter pode deixar a matéria pronta e só
entrevistar o músico para corroborar o que colocou previamente como dito por ele. Por
isso é que caras que rendem boas aspas têm espaço garantido na mídia. Ainda que sejam
Lobão, Humberto Gessinger ou Marcelo Nova".
No ritmo
Exagero? Nah, notícia é como salsicha: quem não te conhece que te
compre. Ou você não sabe como funciona o esquema pra se conseguir "exclusivas"
no mundo corporativo hoje em dia? Se não, leia a tia Bahiana. E lembre-se: procedimentos de cinema funcionam quase da
mesma forma para outras mídias. Aí eu me pergunto se o jornalismo atual não é uma
ciência exata, cujas regras são determinadas pelo bizness...
Mesma pergunta
O que, em música pop, faz sucesso hoje em dia? Refaço a você uma
pergunta que eu tou fazendo pra todo mundo. A resposta mais bizarra e óbvia é também a
mais comum: nada.
Não é bem assim
Veja só o top 25 dos discos mais vendidos no Brasil na semana passada:
1) 24 Horas no Ar - Pedro & Thiago
2) C'est La Vie - Rouge
3) Mulheres Apaixonadas - Trilha Sonora
4) Do Meu Jeito - Kelly Key
5) Come Away With Me - Norah Jones
6) American Life - Madonna
7) MC Buchecha
8) Matrix Reloaded - Trilha Sonora
9) Refla
10) Rodox
11) Tribalistas
12) Ao Vivo 2 - Alcione
13) Escapology - Robbie Williams
14) Ventura - Los Hermanos
15) Presente - Renato Russo
16) Os Mulekes
17) Home - Simply Red
18) Agora é que São Elas - Trilha Sonora
19) Zezé Di Camargo & Luciano
20) Acústico MTV - Kid Abelha
21) Produto Nacional - Só Pra Contrariar
22) Pra Ser Feliz - Gustavo Lins
23) MTV Ao Vivo: Eletrodoméstico - Daniela Mercury
24) Think Tank - Blur
25) Na Sola da Bota - Rionegro & Solimões
Pernas pro ar
Não precisa ser nenhum gênio pra saber que se um disco mala com o Think
Tank está na frente de um disco do Rionegro & Solimões, no Brasil, alguma coisa
está errada. E quais músicas você sabe cantar dos 10 primeiros? E quem são os Mulekes,
Refla e Gustavo Lins?
Sublinhado
Passa batido, mas é sintomático, a ausência da corte da música
brasileira entre os 25. Da geração MPB/rock dos anos 80, encontramos apenas a trilha da
novela das 80, o ao vivo de Daneila Mercury, o acústico do Kid Abelha, o caça-níqueis
do Renato Russo e os Tribalistas (já já falo mais deles). Sinal dos tempos?
Crocodilagem
Saiu a Crocodilo, também conhecida pelos corredores da fama como "a
Play do Rogério". Você já viu? Depois eu falo mais dela...
Party on
A festa de lançamento da revista aconteceu naquele D-Edge, que eu falei
outro dia. Saí pouco antes da Clarah chegar. Imagine o ambiente: Clarah, João Gordo e
Lacraia (o próprio) sob o mesmo teto?
Falando nela
Me contaram que a Patrícia Niedermeier (que faz a protagonista da peça
Máquina de Pinball, em cartaz no Rio) planta bananeira em cena.
Do Clube
E bem que eu lembrava desse nome, Niedermeier: é o fogo amigo mais famoso
da história dos filmes de galera. Quem não lembra do sargento Douglas Nierdermeier, um
dos líderes da irmandade mauricinha que tanto pega no pé dos Delta Tao Chi no clássico
Clube dos Cafajestes?
Da Clarah pro Fante
É velha, mas não envelhece: o mestre Dodô, que em breve estréia em
livro (o site já está no ar), entrevistou Roberto Mugiatti no Rio
Fanzine, decano da literatura rock brasileira e tradutor de Pergunte ao Pó, do John
Fante, que acaba de ser relançado no Brasil pela José Olympio. Vale imprimir pra guardar
no meio do livro.
Falando em boa leitura
Vale guardar o Mais
passado, em que o Thomas Pynchon, talvez o americano mais fodão ainda na ativa, comenta,
entre outros bambas, o 1984 de Orwell..
Mas afinal
Você gostou do Matrix 2? Gostei pacas, só pra você saber. Já vi de
novo e vou ver outra vez. O diabo é escrever mais uma vez...
Tribal
Os Tribalistas ganharam cinco estrelas na nova DownBeat, a
"bíblia" do jazz que respeita bíblias... Caducamos nós ou a DownBeat?
Speak serious
Nada mais loser que a letra de "Heroes", do David Bowie. Aliás,
olhando com aquela famosa perspectiva histórica, vê-se que o Low é milhas aquém do
"Heroes", o disco. Por outro lado, Let's Dance é o pai do britpop. O que não
é grandes méritos, dizaê.
Jabá
No que parece ser uma briga vencida (embora os perdedores continuem se
debatendo - talvez por uma outra década, pelo menos), o decano Midani jogou mais merda no
ventilador do jabá, outro dia, numa entrevista pro PAS (leia a íntegra
aqui). É engraçado ver neguinho defendendo que a jabazeira agora tá nos conformes,
poque tudo é apenas uma negociação de espaço publicitário. Afinal, não custa lembrar
que rádio é concessão pública, né? Em cima disso, podiam facilitar as coisas na pena
da tal lei que o deputado do PT quer passar para criminalizar o jabá. Pegou recebendo
grana pra tocar música dos outros? Perde a concessão, de cara. Simples assim.
Nix manda avisar
Que lançou o seu primeiro livro, uma coletânea de contos chamada Escrevo por um Prato de Comida, sem pintar papel nenhum. Clique no
link e baixe o PDF. Ele gosta de blues mais do que o normal, mas seu texto compensa a
anomalia.
Dolores manda avisar
Que está com seu blog na ativa (saca a foto do cara com o Alex Antunes). E que dentro
em breve começa a turnê internacional de seu disco Contraditório?. Chique, o cara.
Ivan manda avisar
Que a gravadora curitibana De Inverno também atualiza suas novidades em
seu seu blog. E aproveita
para colocar online um texto que eu não lia desde o nascimento: o release
que eu escrevi para Dias, da banda Oaeoz.
Daniel manda avisar
Que seu Moleza
está de volta à ativa. Cultura musical para quem ainda precisa de cultura musical. Com
direito ao "check it out" dos emepetreis atachados.
Cecília manda avisar
Que não agüentou muito tempo e voltou pra blogosfera, reativando seu
blog no extinto Entre
Parênteses, que era um livro no começo.
Lariú manda avisar
Que agora posta um blog, o grande-nome-de-batismo Te Fuder. Como ele diz no primeiro
post: "Pode ser um grande erro: o 1o
deles, fazer um blog ; o 2o, dar importancia ao tipo de coisa que vou escrever aqui. (...)
a idéia é antiga: "por que nao fazer um fanzine sobre as fofocas, as fraudes e o
disse-me-disse deste mundinho da musica brasileira?" fanzine no papel nunca saiu
justamente porque da muito trabalho. Como blog e uma coisa facil de fazer, diabos, aqui
esta". Pra quem gosta do tal disse-me-disse, é um prato cheio.
Campanha
Tou quase lançando um certo grande nome da imprensa internética
corporativa pra fazer um blog nestes moldes. Este nome é tão central de fofocas que
perigas o cara ganhar grana com isso. Porque mais desafetos do que ele já tem, é
difícil.
Tchuna manda avisar
Que começou a tocar no Funhouse, ao lado de uns broders, e do grande nome
do pop Brasil 2003, Curumim. O primeiro show foi ontem e eu não fui. O próximo é dia
17, tem participação do Thaíde e eu acho que vou. A festa se chama Funk On.
DJ Marlboro manda avisar
Que dia 22 agora ele vai estar apresentando o funk carioca ao público
nova-iorquino no mesmo SummerStage que consagrou o Chico Science e a Nação Zumbi há pouco
menos de dez anos. Como ele mandou no subject do email, "é Big Apple, ô
mané!". (O que acontecerá se a cena electro de NY descobrir o Marlboro?)
JP manda avisar
Que fica fora no próximo mês em plena produção literária - e seu
livro, Carmen, sai no próximo semestre, pela espanhola Planeta.
Mutley manda avisar
Que o Superbug lançou EP novo, Hot Milk. Em breve, ele disponibiliza o
disco em rede. Eu já ouvi e aprovei - o que não quer dizer grandes coisas.
Eu mando avisar
Leiam a entrevista aí embaixo e voltem pra vida de verdade.
p&r
Tecla daí que eu teclo daqui
Semana retrasada, Edu Fernandes, o Eduf, lançou
seu livro (O Prazer de Decepcionar)
e matou sua revista, a Fraude, ficando
apenas com um mero blog.
Fui perguntar como andam as coisas e corre o risco da revista ressuscitar. Segue o papo
abaixo.
A Fraude acabou mesmo?
Olha, eu acredito em vida depois da morte. Chamem os ogãs e os cavalos.
E o que foi mais fácil, começar ou
terminar a Fraude?
Foi mais fácil começar. Quando você está entusiasmado é tudo mais fácil. Eu
respondia dezenas de e-mails sobre o fim da Fraude. Alguns até injustos e acusadores.
Quem era o público da Fraude?
Era muito variado. Dá pra fazer uma tipologia tosca:
1. Jornalistas e escritores conhecidos.
2. Molecada (16 a 25 anos) a fim de ter uma ideologia.
3. Aspirantes a escritores.
4. Gente em agências de publicidade, grandes redações e, principalmente,
estudantes de jornalismo.
5. Órfãos do Cardoso On Line.
Era comum o leitor se transformar num
colaborador? Você incentiva isso?
Eu incentivava. E sempre chegavam textos. Mas a maioria bem ruins. Às vezes eu
me sentia naquele programa da MTV "wannabe". Wannabe Bukowski. Ou wannabe
crítico do Bukowski.
Quais são os projetos pós-Fraude?
Por ordem de prioridade:
1. Uma revista nova em parceria com a Revista Zero + Editora Escala. Não posso
revelar detalhes ainda, mas vai ter site etc. Estamos aprovando algumas coisas ainda.
Vamos ver se a zica não baixa.
2. Criação da editora Nomos. Pra lançar livros e uma revista vagabunda, uma espécie de
Pulp Fraude, mais barata e só com literatura e jornalismo gonzo. Talvez seja bi ou
trimestral.
Fala um pouco do livro. Como foi o
lançamento e a reação dos primeiros leitores?
O lançamento foi divertidíssimo. Como diriam os descolês, BOMBOU. E o
dramaturgo-diretor-ator e OLD EIGHT, Mario Bortolotto, leu alguns trechos do livro, junto
com a excelente atriz Fernanda D'Umbra. Teve até bluezinho de fundo e clima boca do lixo.
As primeiras reações ao livro foram boas. Mas ainda não sairam resenhas, já que o
livro saiu no dia 12/05.
A Fraude era um dos poucos focos de
discussão intelectual que não caía na obviedade, no formalismo ou do elitimismo típico
de outras publicações do gênero. O que resta, neste sentido, para o leitor da Fraude -
tanto online quanto offline?
Aí é que tá. Eu não vejo tanto assim. Acho que nós criamos uns clichês
também. A Fraude parecia mais libertária do que realmente era. Caíamos fácil naquela
conversa de escritor em crise. Refletíamos pouco sobre política, poderíamos ser bem
mais politicamente eretos.
Mas acho que abrimos portas, criamos um modelo de revista eletrônica que ainda pode ser
melhor explorado. Espero poder fazer isso no futuro.
Como trazer a discussão que havia na
Fraude para fora da internet? Você consegue ver quem esteja fazendo isso hoje? Não estou
falando só de publicações, mas de iniciativas.
Sinceramente? Não vejo nada. Existem iniciativas boas, como o Núcleo de
Sociabilidade Libertária (da PUC-SP), algumas coisas do projeto Metáfora e do Rizoma.
Mas aí você tem de entrar em todos esses campos como nômade, se livrando dos lados
ruins e extraindo deles o que lhe interessa.
Fora da internet é até possível fazer circular uma revista como era a Fraude. Desde que
criemos uma rede de distribuição própria, que aprendamos a rachar despesas e que não
nos deixemos ser "colocados em pedestais". Quer dizer: é praticamente
impossível. :-)
Você estudou Hunter Thompson e agora
está estudando Hakim Bey. Pretende publicar algo sobre os dois?
Eu tenho um livro pronto sobre Gonzologia. Mas enchi o saco do assunto. Sério.
Acho que não o publicarei. É gastar muito dinheiro por nada.
O que você acha da descoberta
brasileira que o pensamento brasileiro como um todo tem feito de uma produção teórica
(e muito prática, também) mundial que não chegou ao Brasil devido às sanções
intelectuais dos anos Fernando?
Refere-se à coleção Baderna e ao situacionismo? Acho que chegou tarde no
Brasil. Se o pessoal tivesse menos preconceito contra a universidade, teria chegado nesses
autores antes e de maneira mais barata (os livros da Conrad são carésimos).
Quando falo em universidade, falo da PUC-SP. Não conheço o que se faz na área de
humanas nas outras. A PUC é um ambiente muito especial. Pena que o reitor está se
esforçando para acabar com a pós-graduação de lá.
Sempre é necessário esclarecer: na universidade, como em qualquer grupo, você
encontrará as coisas mais pela-saco. Porém, usando a estratégia nômade, você consegue
se movimentar nela com certa liberdade.
Nesta discussão, o intelectualismo
brasileiro se divide entre os acadêmicos do Mais! e o cabecismo bronzeado de Ipanema -
indies que baixam os MP3s de Harold Bloom antes do disco novo sair e o reacionarismo
Manoel Carlos que sente saudade do século 20 (Hollywood e ditadura, no mesmo balaio).
Nenhum destes grupos entende nada do que está acontecendo - ainda trata videogame como
entretenimento, ainda usa a internet basicamente pra mandar email e ler jornal, ainda
chama blog de diário, ainda acha que Kiss é rock e que música eletrônica não é
música. Como derrubar essa elite?
Eu faria umas nuances nessa avaliação. E também não quero mais derrubar
elites. Posso ser pior do que elas, nunca se sabe. O poder não me interessa. Quero
sabotar, tramar, conspirar, criar e recriar minha vida. E me associar livremente com quem
me afinar. Criar minhas TAZ.
Além disso, as elites produzem ótimas filhas. :-)
Existe diferença entre o erudito e o
nerd?
Só de assunto. A lógica é a mesma.
Pra que serve, hoje, o caderno de
cultura dos jornais?
Aqui em casa, pra forrar a gaiola dos passarinhos.
Dos autores brasileiros na ativa, quem
é imprescindível ler?
Marcelo Benvenutti. O provocador. |
|
diadotrabajo
Trilha sonora do feriado» "At the Chime of the
City Clock", Nick Drake
» "Top
Pocket Man", Chavez
» "Trouble",
Shampoo
» "Papa
Loves Mambo", Perry Como
» "Lucky
Star", Madonna
» "Sapo
na Banca", Záfrica Brasil
» "Baader-Meinhoff
Blues", Legião Urbana
» "Blauber
Lumumba", Klick
» "Paint
it Black", Netunos
» "Let
Me Ride", Dr. Dre
» "Iron
Maiden", Iron Maiden
» "Melô
do Spring Love", MC Fornalha
» "Qualé?",
Marcelo D2
» "Som
de Preto", Almickar & Chocolate
» "When
the Levee Breaks", Led Zeppelin
» "Where
Did You Sleep Last Night?", Nirvana
» "Sol
de Verão", Roupa Nova
» "Saturday",
De La Soul
» "One",
Vurla
» "Defeito
1 (O Gene)", Tom Zé
» "Love
Curse", Grenade
» "Dia
de Cão", Gerador Zero
» "Dama
Tereza", Instituto
» "Creep",
Afghan Whigs
» "Love
Athena", Olivia Tremor Control
» "Savoy
Truffle", Beatles
» "Lay
Down Sally", Eric Clapton
frasoutono
Uma estação de aspas legais
» "Não
há tipo pior de solidão do que a companhia de um paulista", Nelson Rodrigues
» "Pobre
é muito mais barato!", Millôr
» "All
art is quite useless", Oscar Wilde
» "Todo
homem é culpado do bem que ele não faz", Voltaire
» "Quanto
mais regras e leis são feitas, mais ladrões e desordeiros aparecerão", Lao-Tsé
» "O
que não pode ser previsto, não existe", Phineas Fogg
» "O
homem é a única criatura que recusa-se ser o que é", Albert Camus
» "Devemos
contemplar ações estéticas com certa semelhança com o terrorismo - cujo objetivo seja
alcançar a destrução de abstrações em vez da de pessoas, a liberdade em vez do poder,
o prazer em vez do lucro, a alegria em vez do medo", Hakim Bey
» "Não
há mais festa, nem carnaval: acho que eu fui enganado", Marcelo Nova, apud David
Byrne
» "To
live outside the law, you must be honest", Bob Dylan
» "Todo
homem é uma farsa. A diferença é que alguns admitem. Eu mesmo, nego", H.L. Mencken
» "Penso
que penso, logo penso que existo (Cogito cogito, ergo cogito sum)", Ambrose Bierce
» "Por
que você não escreve livros que as pessoas possam ler?", Nora Joyce, a seu marido
James
» "A
jornada é a recompensa", provérbio taoísta
» "A
vantagem em se ter uma memória ruim é que pode-se desfrutar-se várias primeiras vezes
para as mesmas coisas", Friedrich Nietzsche
» "Eu
não consigo escutar Wagner, pois me dá uma urgência de invadir a Polônia", Woody
Allen
» "It's
kinda fun do the impossible", Walt Disney
» "O
homem suporta tudo, menos a rotina", Goethe
» "If
your children ever find out how lame you really are, they'll gonna murder you in your
sleep....", Frank Zappa
» "Change
will do you good", Gang of Four
marchwaters
Se The Wall fosse um mês
» "Pick
Up the Pieces", Wilson das Neves
» "Baba
(DJ PM Só Love Extended Mix)", Kelly Key
» "Sambadrome",
Funk'N'Lata
» "Don't
Make Me Wait", Bomb the Bass
» "Kisses
on the Wind", Neneh Cherry
» "Feelings",
Karine Alexandrino
» "I
Beg Your Pardon", Kon Kan
» "Freestyle
Love", Stereo Maracanã
» "African
Rhythms", The Oneness of Ju-Ju
» "Dreadlock
Holiday", 10cc
» "Europpean
Son", Velvet Underground
» "Mexe
que Mexe", Furacão 2000
» "White
Rabbit", Jefferson Airplane
» "Out
of Time", Blur
» "Jorge
Maravilha", Chico Buarque
» "I
Want it All", Trans AM
» "As
Tortas e as Cucas", Júpiter Maçã
» "Carpet
Crawlings", Genesis
» "September
13th", Eumir Deodato
» "Dig
a Pony", Beatles
» "Aux
Arms Et Caetera", Serge Gainsbourg
» "Tere
Sahn", Chico Correa
» "More
Bounce to the Ounce", Roger + Zapp
» "Hey
Dee Jay", DJ Omena
» "Pop
Star", João Penca & seus Miquinhos Amestrados
» "Shake
Up (Jaddle Remix)", Grand Unified
* Depois eu ponho na ordem
e zipo tudo em algum lugar
hitofdasummer2003
Óculos escuros e cabelos ao vento *
» "Roadhouse
Blues", Doors
» "Ball
of Confusion", Temptations
» "Rainmaker",
Grenade
» "Good
Day", Jimi Tenor
» "Diabos",
Wado
» "See
You", Depeche Mode
» "O
Tolo dos Tolos", Ira!
» "Addicted
to Love", Robert Palmer
» "Na
Pista", Casino
» "Snip
Snap ", Goblin
» "Walking
on Thin Ice", Yoko Ono
» "Medicine
Man", Playgroup
» "Cross-Eyed
and Painless", Talking Heads
» "Argent
Trop Cher", Tarace Boulba
» "Highagain",
Stereo Maracanã
» "Say
Hello to Angels", Interpol
» "19
Rebellions", Asian Dub Foundation + Edy Rock
» "We
Rock Hard", Freestylers
» "Faz
Tempo", Nação Zumbi
» "Catete
Beats", Gerador Zero
» "Astawesalehu",
Lemma Demissew
» "Uptown
Top Rankin", Althea & Donna
» "Things
Are Getting Better", N*E*R*D
» "Pasta
Al Burro", Bugo
» "Mysteries
of Love", Fingers Inc.
» "Walking
on Sunshine", Katryna & the Waves
* Idem, ibidem
carrossel
"Estamos envoltos por som"
» Banda de Pífanos de Caruaru
No Século XXI, no Pátio do Forró
» Dub Side of the Moon
Vários
» Superbug
Holt Milk EP
» Girls Against Boys
House of GVSB
» Marcelo D2
À Procura da Batida Perfeita
» Walter Wanderley
Sucessos Dançantes em Ritmo de Romance
» Eugene McDaniels
Headless Heroes of the Apocalypse
» Nara Leão
A Opinião de Nara
» Pipodélica
Simetria Radial
» Grenade
Grenade (rough mix
carnavaldeluz
Filmes da vez
» Ghost in the Shell
Masamune Shirow
» Naked Lunch
David Cronenberg
» Videodrome
David Cronenberg
» Dead Zone
David Cronenberg
» Crash
David Cronenberg
» Dead Ringers
David Cronenberg
» Scanners
David Cronenberg
» The Fly
David Cronenberg
» Nueve Reinas
Fabián Bielinksy
» The Wicker Man
Robin Hardy
» Straight Story
David Lynch
» Matrix Reloaded
Andy e Larry Wachowsk
50 de 2002
Aos poucos eu vou
colocando as resenhas
- In Search of... - N*E*R*D
- Nação Zumbi - Nação Zumbi
- Blazing Arrow - Blackalicious
- The Private Press - DJ Shadow
- The Eminem Show - Eminem
- Ciclo da De.Cadência - Cidadão
Instigado
Rock clássico e épico nordestinos
fundem-se nos trocadilhos de Fernando Catatau e no caldo jazz-rock de sua banda. Nem de
raiz, nem diluidor, o Cidadão não apenas retoma a linha evolutiva da música nordestina
abandonada entre Paebirú e Todos os Olhos como acende o farol para a nova música
cearense, em plena ebulição.
- Cinema Auditivo - Wado
- Deadringer - RJD2
- Playgroup - Playgroup
O Roxy era uma boate nova-iorquina que
queria reinventar o princípio da disco num ponto de vista entre o electro, a new wave, o
hip hop e a world music. O Playgroup é como um parque temático musical sobre o Roxy. Sem
soar retrô.
- Nada Como Um Dia Após o Outro Dia -
Racionais MCs
- Fantastic Damage - El-P
O papa da Def Jux não está pra
brincadeira e transforma seu disco solo em um combate entre as forças do bem e do mal -
embora quase nunca saibamos quem é quem. Entre robôs que dançam break e gangues de rua
ciborgues, o produtor chega a apenas uma conclusão: que a fusão homem-máquina vai nos
dar uma dor-de-cabeça dos infernos.
- Mind Elevation - Nightmares on Wax
- Start Breaking My Heart - Manitoba
- Geogaddi - Boards of Canada
Música eletrônica étnica ou um
documentário em áudio sobre a vida selvagem dos loops e beats sintéticos?
Provavelmente, as duas coisas.
- Angles Without Edges - Yesterday's
New Quintet
- Antigamente Quilombos Hoje Periferia -
ZÁfrica Brasil
Equilíbrio hip hop, atitude HC,
sagacidade homem-fumaça: o rap de São Paulo aos poucos ganha novos contornos...
- EP - Casino
- In Between - Jazzanova
- Murray Street - Sonic Youth
Depois de tomarem diversos rumos pelos
anos 90 (da experimentação erudita ao hardcore, passando pela música aleatória, o
lo-fi, o krautrock, o grunge e a indústria fonográfica), Thurston, Kim, Lee e Steve
voltam à sua marca registrada, o noise rotatório e melancólico criado entre 86 e 89.
Com meia hora de duração, Murray... é o Kiss Me Kiss Me Kiss Me tardio da banda, que
finalmente se reconhece, à sua maneira, pop.
- All of the Above - J-Live
- Walking With Thee - Clinic
- Contraditório? - DJ Dolores
- Scorpio Rising - Death in Vegas
- Evil Heat - Primal Scream
- Sea Change - Beck
Beck divide-se entre discos coloridos e
monotônicos - estes últimos tendem a cair pro folk. E se One Foot in the Grave era azul
escuro e Mutations era cinza-furta-cor, Sea Change mistura uma sépia quase classicista
com um violeta lúdico, psicodélico, mas cético. Sinal de maturidade ou apenas mais uma
máscara?
- Concrete Dunes - Grandaddy
- Outubro ou Nada! - Bidê ou Balde
O grupo gaúcho larga de vez a jovem
guarda e volta às suas raízes (indie) rock, cobrando parentesco com a safra Strokes,
Hives e Interpol, mas sem esquecer que o DNA do rock brasileiro carrega Ultraje a Rigor e
Léo Jaime nos cromossomos.
- As Heard on Radio Soulwax, Pt. 2 -
2 Many DJ's
Um dos pais da geração bastarda, a
dupla inglesa prova que é possível discotecar hits batidos, clássicos imbatíveis e
batidões de diferentes idiomas numa festa irrepreensível.
- Are You Passionate? - Neil Young
- Amanhã É Tarde - Fellini
A maturidade fez a dupla Cadão e Thomas
perder um tanto da espontaneidade ingênua que era um dos charmes do grupo. Mas com ela,
veio uma segurança musical inédita, colocando o Fellini ao lado de seus contemporâneos
europeus. Para exportação.
- Out of Season - Beth Gibbons &
Rustin Man
- Yoshimi Battles the Pink Robots -
Flaming Lips
- Kittenz and thee Glitz - Felix da
Housecat
- Handcream for a Generation -
Cornershop
Música de protesto para a geração
pós-disco, o grupo indo-britânico propõe que a rave é a uma passeata
psicodélica que caminha memeticamente.
- Coleção Nacional - Instituto
A intenção original era montar um
coletivo sem fronteiras com o mais instigante pop nacional. Mas a megalomania do Instituto
peca ao tratar, como coadjuvantes, pesos pesados como BNegão, Zero Quatro e Kid Koala -
erro semelhante ao Orquestra Klaxon, de Max de Castro. Mas o grupo paulistano tem o tutano
musical que falta ao filho de Simonal e, mesmo com solavancos (o dub do final é
insuportavelmente vazio), o disco de estréia funciona. Resta enxugar a gordura e mirar o
alvo.
- Combatente - Stereo Maracanã
- Original Pirate Material - The
Streets
- Déjà-Vu - Metrô
- Gerador Zero - Gerador Zero
- Life On Other Planets - Supergrass
- I Might Be Wrong - Radiohead
Depois de dois discos
"difícies" (ou seria melhor dizer "vagos"? - Kid A tem momentos
brilhantes, mas Insomniac dá sono), Thom Yorke e sua tchurma voltam ao ponto progressivo
(Floyd + Genesis) de sua carreira e retomam as faixas da fase cabeça como se tivessem
parado em OK Computer. Um best-of (sem eletrônica) da fase eletrônica.
- Hate - Delgados
- Title TK - Breeders
- Panzertúnel - Objeto Amarelo
- The First Album - Miss Kittin &
The Hacker
Nojenta, vulgar, barata... A Madame
Hollywood se esforça pra baixar o nível em tom blasé e bases de funk carioca minimal.
Electro? Azedo demais pra rotularmos disso. Tente algo como "coluna social muderninha
em dias de ressaca".
- Now You Know - Doug Marstch
- Come with Us - Chemical Brothers
Longe do big beat dos primeiros discos, a
dupla desacelera o funk rumo ao electro (apontando a bússola para os Áfricas - o
continente e Bam) e abraça o lado folk e pastoril da psicodelia. O som de festa cede ao
da cabeça e os BPMs caem, mas a bola continua no alto. Mais alto que o sol.
- Disco novo - Kiko Zambianchi
Um pouco de rock anos 80, um pouco das
melodias do Teenage Fanclub, um acabamento Gallagheriano. Tudo que o Astromato devia ter
tentado, se quisesse ir para a rádio.
- Yankee Hotel Foxtrot - Wilco
- Everyone Who Pretended to Like Me Is
Gone - Walkmen
Um dos poucos clones do Radiohead que
não lembram o Toto.
ou dá ou desce
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Carta - Pero Vaz de Caminha
» Illuminatus Trilogy - Robert Anton Wilson & Robert Shea
» On
Liberty - John Stuart Mill (capítulos 1, 2, 3, 4 e 5)
» The Raven - Edgar Allen Poe (tradução de Machado
de Assis)
» Devil's
Dictionary - Ambrose Bierce
» Tao Te King
- Lao Tsé
» Contact
- Carl Sagan
» A Clockwok Orange - Anthony Burguess
» A
República - Platão
» Contos Fluminenses - Machado de Assis
» On the Road
- Jack Kerouac
» A
Volta Ao Mundo em 80 Dias - Jules Verne
» Neuromancer
- William Gibson
» The
Heart of Darkness - Joseph Conrad
» Lutando
na Espanha - George Orwell
» O
Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto
» Alice's
Adventure in Wonderland - Lewis Carroll
» Civil Disobecidience - H.D. Thoreau
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